Discurso durante a 94ª Sessão Deliberativa Ordinária, no Senado Federal

Manifestação contra o suposto populismo incendiário do atual Presidente da República e defesa da independência e autonomia do Banco Central.

Crítica ao posicionamento do Presidente Lula sobre a guerra na Ucrânia, ao seu suposto apoio a grupos como Hamas e Hezbollah, e laços com ditaduras e organizações criminosas.

Apelo para que o Senado Federal atue como freio aos supostos excessos cometidos de forma reiterada pelo STF. Denúncia sobre o tratamento de presos como o ex-Diretor da Polícia Rodoviária Federal, Silvinei Vasques, que estaria há meses sem acusação formal.

Autor
Izalci Lucas (PL - Partido Liberal/DF)
Nome completo: Izalci Lucas Ferreira
Casa
Senado Federal
Tipo
Discurso
Resumo por assunto
Economia e Desenvolvimento, Governo Federal:
  • Manifestação contra o suposto populismo incendiário do atual Presidente da República e defesa da independência e autonomia do Banco Central.
Assuntos Internacionais, Conflito Bélico, Governo Federal, Terrorismo:
  • Crítica ao posicionamento do Presidente Lula sobre a guerra na Ucrânia, ao seu suposto apoio a grupos como Hamas e Hezbollah, e laços com ditaduras e organizações criminosas.
Atuação do Judiciário:
  • Apelo para que o Senado Federal atue como freio aos supostos excessos cometidos de forma reiterada pelo STF. Denúncia sobre o tratamento de presos como o ex-Diretor da Polícia Rodoviária Federal, Silvinei Vasques, que estaria há meses sem acusação formal.
Publicação
Publicação no DSF de 04/07/2024 - Página 19
Assuntos
Economia e Desenvolvimento
Outros > Atuação do Estado > Governo Federal
Outros > Assuntos Internacionais
Outros > Conflito Bélico
Outros > Terrorismo
Outros > Atuação do Estado > Atuação do Judiciário
Indexação
  • CRITICA, PRESIDENTE DA REPUBLICA, MANIPULAÇÃO, DADOS, ECONOMIA, DEFESA, AUTONOMIA, BANCO CENTRAL DO BRASIL (BACEN).
  • CRITICA, PRESIDENTE DA REPUBLICA, LUIZ INACIO LULA DA SILVA, MANIFESTAÇÃO, UCRANIA, APOIO, GRUPO TERRORISTA, HAMAS, HEZBOLLAH, DITADURA, TRAFICO INTERNACIONAL, DROGA, ENTORPECENTE.
  • CRITICA, JUDICIARIO, SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL (STF), PRESO, SILVINEI VASQUES, AUSENCIA, ACUSAÇÃO.

    O SR. IZALCI LUCAS (Bloco Parlamentar Vanguarda/PL - DF. Para discursar.) – Sr. Presidente, Sras. e Srs. Senadoras e Senadores, hoje vou falar aqui sobre o populismo incendiário de Lula e dizer que esse populismo é vela apagada. O populismo da esquerda incendiária não mais atrai nem com cochicho ao pé do ouvido, também não mais encanta. O mundo e o Brasil querem a verdade, o melhor para todos é a paz. Mas o Brasil de Lula parece insistir na vela que se apagou e tenta acendê-la a qualquer custo. O Brasil de Lula e da esquerda considera que a luta entre o bem e o mal é travada por palavras de impacto e não por ações, ou seja, contem quantas vezes o Lula diz a frase "Eu acho", vejam seus discursos e o tanto que ele acha. Na verdade, ele não acha nada. O Presidente Lula, mestre em oratória tosca de um passado cujas palavras o colocavam como um fervoroso defensor dos mais vulneráveis, adotou a linguagem mais clássica do populismo para justificar uma guerra. Lula queria guerra contra aqueles que hoje sabem colocar o Brasil dos brasileiros nos trilhos, na evolução e nas oportunidades para as próximas gerações.

    Daí a sua briga e inversão de valores contra o Banco Central, pintando-o como o dragão da maldade e posicionando-se como se santo guerreiro o fosse. Ele se acha e sempre não acha nada. Ele é aquele que vem libertar o povo oprimido, só que ninguém acredita mais no santo guerreiro Lula, que traz para si e para os seus, tudo e, para o povo que trabalha e produz, nada. Para ele, a culpa é do empreendedorismo, daqueles que produzem e geram empregos, e o Banco Central é o bicho-papão, descrito como o grande vilão, responsável por todas as mazelas econômicas que afligem o país.

    Meus amigos e minhas amigas, aqueles que nos ouvem aqui nesta Casa e em cada lar do Brasil, para o empreendedorismo – aqueles que abrem negócios, geram emprego –, é o Banco Central de cada país, em todos os países desenvolvidos, que traz o sinal de alerta não só para as oportunidades, mas também para a inflação, que mina a renda das pessoas, e, principalmente, dá o alerta dos perigos que nos cercam como viventes de uma nação. É por um Banco Central independente e autônomo que saberemos como estamos na economia para viver, educar nossos filhos, empreender, poupar e, sobretudo, ter a garantia de um futuro melhor. Se sobem as taxas ou se baixam as taxas de juros, isto mostra como estamos em relação à economia interna e mostra a nossa situação em relação ao mundo. Esconder não é o remédio; trabalhar, desenvolver e fazer é o melhor remédio. Não roubar é a grande cura.

    Essas sugestões, infelizmente, não fazem parte deste Governo que aí está. Por isso, manipular dados é tudo que a esquerda falida quer, mas de nada adianta mascarar os dados. Em algum momento, essa conta, essa dívida nos chegará e chegará para você assalariado, para você que produz e gera emprego; chegará às famílias e aos aposentados. Para Lula, não existe isso. Ele acha que ele é o mundo, ele não paga contas, por isso ele é risível. A população não o respeita e sequer lhe dá valor; a não ser aqueles interessados que, pela oportunidade de abrir as nossas fronteiras para o tráfico e para o roubo de nossas riquezas, estarão com ele sempre. Os criminosos sempre estarão juntos com os seus, mesmos que depois se matem.

    Por isso, por se manifestar sobre a guerra da Ucrânia e Rússia em favor dos terroristas, do Hamas, do Hezbollah, por sua amizade com as Farc e as ditaduras que usam o Brasil como rota de tráfico de drogas, Lula agora faz parte da família que, no passado, conhecíamos como máfia. Tem até um filme, conhecem O Poderoso Chefão? Se você que me ouve nunca assistiu a esse filme, assista-o, você vai aprender como os representantes da política podem se corromper.

    Hoje, Lula começou este caminho e já nos colocou abaixo do nível do mundo que quer paz, que chora por aqueles, inclusive brasileiros, que foram mortos por terroristas sanguinários e, diariamente, pelos que são cooptados e mortos pelas drogas e pelo tráfico em nosso país.

    Lula, com a sua habilidade quase teatral, às vezes claramente confusa, apreendida durante suas oportunidades nos sindicatos do país, hoje precisa de seu cochicho, o ponto auricular da Janja, tirando-o da boca da garrafa de água, até para disfarçar suas falas desencontradas.

    Que país é esse, cujo Líder maior não tem a população a seu favor nas cidades e na nação? Que país é esse que seu Líder sequer tem solução, mas contenção, não agrega, não tem população e sequer fala coisa com coisa em qualquer nação ou reunião?

    Não é possível que, ao ouvir e ver, todos aqui nesta Casa de Leis não tenham essa percepção. É faz de conta, senhoras e senhores? Mas hoje, aqui nesta Casa de Leis para a qual fui eleito Senador, ainda acredito que esta Casa seja um dos três Poderes de nossa República e que hoje está de cócoras sobre os outros Poderes, especialmente aquele que não foi escolhido pelo povo.

    Eu peço a todos que foram eleitos que se levantem e façam o trabalho para o qual foram eleitos. Legislem e façam valer as leis. Isso aqui não é apenas tribuna, isso aqui deve ser trabalho e ação. É isso que o povo brasileiro espera de todos nós. E o Senado Federal é do Poder que pode fazer essa mudança, essa diferença de dar e cobrar do Supremo Tribunal Federal a sua real contribuição de fazer valer as leis votadas, defendidas e de acordo com a nossa Constituição.

    Não cabe ao Supremo definir, cabe ao Supremo dizer o que é e o que não é constitucional em leis. Por isso, é ir contra a nossa lei maior em todos os seus aspectos.

    Sei que eu sou Senador da República, mas, embora faça parte da minoria desta Casa maior, representarei a população em cada canto deste país com dignidade e, enquanto isso, se não me calarem por força, representarei a população de nosso Distrito Federal e de nosso povo em todo o país.

    Sinto muito, Presidente, aqui o Senador Chico Rodrigues; sinto muito pelo Presidente Rodrigo Pacheco, pelo seu silêncio, mas nunca vou calar a voz do povo, a voz da rua. É pelas vozes da rua que aqui estamos, tanto eu, quanto você, quanto ele.

    Esse é principalmente o meu recado aqui para todos...

(Soa a campainha.)

    O SR. IZALCI LUCAS (Bloco Parlamentar Vanguarda/PL - DF) – ... e tudo que ouço da população. É pelo povo e pelo país que clama, fala e quer ser ouvido, que aqui estou e porque aqui estamos.

    Presidente, eu falei ontem sobre o Filipe, e hoje mais cinco Senadores foram visitar lá o nosso ex-Diretor da Polícia Rodoviária Federal, Silvinei. Não podemos continuar admitindo, Presidente, que essas pessoas fiquem presas 11 meses, 8 meses, 10 meses, sem ter nada sequer, qualquer documento que comprove qualquer coisa com relação a elas. Então não é possível que o Supremo continue mandando nesta Casa, uma pessoa apenas fazendo com que as leis não sejam aplicadas. Ele que deveria...

(Interrupção do som.)

(Soa a campainha.)

    O SR. IZALCI LUCAS (Bloco Parlamentar Vanguarda/PL - DF) – ... preservar e cumprir a Constituição é o primeiro que não a cumpre.

    Então, este Senado precisa reagir. O Supremo Tribunal Federal e também o CNJ, que é o Conselho Nacional de Justiça, não pode fazer absolutamente nada contra o Supremo Tribunal, Senador Girão, nada. A única Casa, o único Poder que pode, de fato, interferir, colocar nos trilhos a nossa Constituição, a legislação é o Senado Federal. Então, é inadmissível o Senado ficar com esse silêncio, não é?

    As pessoas sendo totalmente desprezadas, e quem foi lá à prisão sabe, o cara há 11 meses esperando a boa vontade de um despacho de um ministro que sequer teve voto.

(Soa a campainha.)

    O SR. IZALCI LUCAS (Bloco Parlamentar Vanguarda/PL - DF) – Então, eu lamento que o Senado fique calado durante tanto tempo, mas precisamos reagir. Não podemos continuar admitindo esse tipo de coisa.

    Muito obrigado, Presidente.


Este texto não substitui o publicado no DSF de 04/07/2024 - Página 19