Pela ordem durante a 99ª Sessão Deliberativa Ordinária, no Senado Federal

Considerações sobre o Plano Real, 30 anos depois da sua implantação, e defesa de agilidade em relação às demandas do Estado do Rio Grande do Sul.

Repúdio ao ataque soviético que destruiu um hospital pediátrico em Kiev, Ucrânia, matando mais de 30 crianças. Cobrança de resposta do governo brasileiro a esse ataque.

Autor
Flávio Arns (PSB - Partido Socialista Brasileiro/PR)
Nome completo: Flávio José Arns
Casa
Senado Federal
Tipo
Pela ordem
Resumo por assunto
Economia e Desenvolvimento:
  • Considerações sobre o Plano Real, 30 anos depois da sua implantação, e defesa de agilidade em relação às demandas do Estado do Rio Grande do Sul.
Assuntos Internacionais:
  • Repúdio ao ataque soviético que destruiu um hospital pediátrico em Kiev, Ucrânia, matando mais de 30 crianças. Cobrança de resposta do governo brasileiro a esse ataque.
Publicação
Publicação no DSF de 10/07/2024 - Página 35
Assuntos
Economia e Desenvolvimento
Outros > Assuntos Internacionais
Indexação
  • REGISTRO, PLANO, ECONOMIA, REAL, DEFESA, MEDIDA, NATUREZA FISCAL, BENEFICIO, ESTADOS, ENFASE, ESTADO DO RIO GRANDE DO SUL (RS).
  • REPUDIO, ATAQUE, RUSSIA, HOSPITAL, CRIANÇA, KIEV, UCRANIA, COBRANÇA, POSIÇÃO, BRASIL.

    O SR. FLÁVIO ARNS (Bloco Parlamentar da Resistência Democrática/PSB - PR. Pela ordem.) – Sr. Presidente, em primeiro lugar, quero concordar com V. Exa. em relação aos quatro itens apontados. São muito importantes para o Brasil, não há dúvida. O Plano Real, 30 anos depois, olhando realmente, é a melhor política pública que poderia acontecer, particularmente para as pessoas mais empobrecidas, mais vulneráveis, bem como a agilidade que precisa haver em relação às demandas do Estado do Rio Grande do Sul e também uma solução definitiva, um encaminhamento, se não definitivo, mas melhor para os estados.

    Eu gostaria de acrescentar, Sr. Presidente, o terror que aconteceu ontem na Ucrânia, quando um míssil soviético atingiu o centro de Kiev e destruiu um hospital pediátrico que não atendia só crianças, mas era especializado em oncologia, também em hemodiálise e no atendimento... O argumento é de que – tradicional nas guerras que estão acontecendo – estava sendo apontado para uma fábrica de armamentos, mas destruíram o hospital com crianças. Nas fotografias que a gente vê, são cenas de horror...

    Já me manifestei ontem, particularmente, porque nós temos o Grupo Parlamentar Brasil-Ucrânia. Inclusive, o Senador Oriovisto Guimarães, aqui ao meu lado, também é da Vice-Presidência desse grupo; o Senador Sergio Moro tem sempre se manifestado, e por que isso? Porque dos 600 mil ucranianos no Brasil, 500 mil estão lá no Estado do Paraná, particularmente no sul do nosso estado.

     Eu quero dizer que esse míssil atingiu um hospital localizado a 2km da Embaixada do Brasil – a 2km da Embaixada do Brasil –, e o Senador Oriovisto me lembra que foram mais de 30 crianças mortas.

    Então, nós temos que ter, realmente, uma reação do Governo do Brasil muito mais contundente em relação à invasão da Ucrânia pela Rússia. Será que essa contundência aconteceria se a embaixada tivesse sido atingida? Poderia ter sido atingida ontem; a 2km de distância, o hospital foi atingido. Isto tem que ter, da nossa parte, uma... Inclusive, líderes europeus usaram uma palavra forte, que é a palavra "depravada": uma atitude depravada do Governo russo. Depravada – uma palavra forte, que diz tudo em relação à atitude que aconteceu.

    Amanhã, teremos uma audiência pública no grupo parlamentar, pela internet, com o Parlamento ucraniano. Os dois Parlamentos vão falar sobre a humanidade, sobre coisas que estão acontecendo, sobre onde é que as crianças estão sendo atendidas – nos metrôs, nas linhas de trem... porque todas as escolas estão destruídas. E o Brasil não se manifesta em relação a isso.

(Soa a campainha.)

    O SR. FLÁVIO ARNS (Bloco Parlamentar da Resistência Democrática/PSB - PR) – Então, tem que haver uma manifestação contundente em relação a esses fatos, como acontece, por exemplo, lá com Israel, com o Hamas, com a invasão de Gaza e coisas semelhantes. Tem que acontecer, porque não é possível o Brasil, dentro do cenário internacional, eventualmente passar a impressão de que está compactuando com essa situação depravada, conforme os líderes europeus já colocaram.

    Amanhã cedo, o novo Embaixador do Brasil na Ucrânia vai ser sabatinado na Comissão de Relações Exteriores. Tivemos a oportunidade de falar com ele hoje, e é uma pessoa que pode também ajudar nesse intercâmbio entre os dois países.

    Obrigado, Sr. Presidente.


Este texto não substitui o publicado no DSF de 10/07/2024 - Página 35