Pronunciamento de Flávio Bolsonaro em 17/07/2024
Discurso durante a 105ª Sessão Deliberativa Ordinária, no Senado Federal
Reflexão sobre o atentado sofrido pelo candidato à presidência dos Estados Unidos da América, Donald Trump, bem como sobre as causas desse tipo de violência política, no contexto norte-americano e brasileiro. Manifestação de solidariedade a Donald Trump e sua família. Comparação com o ataque ao Presidente Jair Bolsonaro, associando-o a uma suposta influência da extrema-esquerda. Críticas ao papel da mídia, que supostamente demoniza e desumaniza opositores políticos, estimulando o discurso de ódio.
Críticas a propostas de restrição ao acesso a armas e à regulação das redes sociais, vistas como formas de censura e controle.
- Autor
- Flávio Bolsonaro (PL - Partido Liberal/RJ)
- Nome completo: Flávio Nantes Bolsonaro
- Casa
- Senado Federal
- Tipo
- Discurso
- Resumo por assunto
-
Assuntos Internacionais,
Homenagem,
Imprensa:
- Reflexão sobre o atentado sofrido pelo candidato à presidência dos Estados Unidos da América, Donald Trump, bem como sobre as causas desse tipo de violência política, no contexto norte-americano e brasileiro. Manifestação de solidariedade a Donald Trump e sua família. Comparação com o ataque ao Presidente Jair Bolsonaro, associando-o a uma suposta influência da extrema-esquerda. Críticas ao papel da mídia, que supostamente demoniza e desumaniza opositores políticos, estimulando o discurso de ódio.
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Direitos Individuais e Coletivos:
- Críticas a propostas de restrição ao acesso a armas e à regulação das redes sociais, vistas como formas de censura e controle.
- Publicação
- Publicação no DSF de 18/07/2024 - Página 24
- Assuntos
- Outros > Assuntos Internacionais
- Honorífico > Homenagem
- Outros > Imprensa
- Jurídico > Direitos e Garantias > Direitos Individuais e Coletivos
- Indexação
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- SOLIDARIEDADE, CANDIDATO, PRESIDENCIA, EX-PRESIDENTE, ESTADOS UNIDOS DA AMERICA (EUA), PAIS ESTRANGEIRO, DONALD TRUMP, ATENTADO, TENTATIVA, HOMICIDIO, COMPARAÇÃO, ATAQUE, EX-PRESIDENTE DA REPUBLICA, JAIR BOLSONARO.
- CRITICA, IMPRENSA, INCENTIVO, DISCURSO DE ODIO, MANIPULAÇÃO.
- CRITICA, PROPOSTA, RESTRIÇÃO, PORTE DE ARMA, CENSURA, MIDIA SOCIAL.
O SR. FLÁVIO BOLSONARO (Bloco Parlamentar Vanguarda/PL - RJ. Para discursar.) – Presidente, eu não poderia deixar de vir aqui a esta tribuna do Senado hoje prestar a minha solidariedade ao futuro Presidente dos Estados Unidos Donald Trump e também à sua família, na pessoa do seu filho Donald Trump Jr., porque eu tenho lugar de fala – eu também tenho um pai que quase foi uma vítima fatal de um atentado de um ex-militante do PSOL, da extrema-esquerda, por razões políticas. E eu sei exatamente o que é ver ali o seu pai defendendo as bandeiras que acredita que são as melhores para o seu país e vir alguém contaminado de ódio – e eu vou explicar aqui, neste discurso, por que eu acho que chega a esse ponto, Senadora Rosana – tentar tirar a vida de uma outra pessoa por discordância política.
Aliás, ninguém pode imaginar que esse que tentou assassinar Donald Trump seja algum militante de direita. Eu acho que não tem dúvida – pelo menos para as pessoas que são normais, que têm mais de dois neurônios – de que se trata, assim como o Adélio aqui no Brasil, de um militante da extrema-esquerda, tentando assassinar um líder conservador de direita. Aliás, a esquerda é boa de matar: a esquerda é boa de matar feto, a esquerda é boa de matar de fome, a esquerda é boa de matar o povo de tanto pagar imposto, a esquerda é boa de matar os próprios companheiros, a esquerda é boa de matar a verdade e a esquerda é boa de tentar assassinar desafetos políticos.
Mas aí tem uma coisa chamada Deus, que às vezes impede que os seus planos malignos se concretizem. E essa é a primeira lição que a gente, ou pelo menos eu, tira do que aconteceu com Trump. Se alguém tinha alguma dúvida de que Deus existe, veja o discurso de um pastor, quatro meses antes do atentado, dizendo com detalhes o que aconteceria, inclusive anunciando que Deus tinha dado essa visão a ele. E foi exatamente o que aconteceu há poucos dias, como narrado por ele meses antes. E, se não fosse Deus tomando a providência de virar a cabeça de Donald Trump um pouquinho à sua direita, aquele tiro teria explodido o seu crânio. Então, eu acho que essa é a primeira lição que mais uma vez Deus nos dá, assim como fez com o Bolsonaro, que segurou aquela faca para que ela não rasgasse órgãos vitais do Presidente e o assassinasse de forma instantânea, também fez com Trump, ao promover aquele leve desvio da sua cabeça à direita.
A segunda reflexão que eu quero fazer neste discurso é o que leva a pessoa a fazer isso. E eu vejo um tripé muito claro: óbvio, a extrema-esquerda, com os seus discursos de ódio; parte da grande mídia que potencializa esses discursos; e algumas poucas pessoas que se acham as donas do Brasil e que tomam decisões com a força de suas canetas, mais letais do que armas, fuzis e facas, à revelia da Constituição, causando revolta em grande parte da população.
E como é que a extrema-esquerda faz isso? Eles rotulam os seus inimigos – é assim que eles consideram o adversário político, como inimigo – com títulos mentirosos. Foi assim o tempo inteiro com o Jair Bolsonaro: "Fascista", "nazista", acusando alguém que é a favor de menos Estado; acusando alguém que é a favor de o cidadão de bem estar armado para, inclusive, resistir, se preciso for, a um Governo ditatorial – é o contrário de nazista e fascista –; rotulando-o de antidemocrático. Como é antidemocrático alguém que sempre respeitou a Constituição Federal, alguém que sempre respeitou as decisões dos outros Poderes, que nunca tomou uma atitude drástica, nem de forma atentada? Ou de genocida: acusam de genocida alguém que garantiu a vacina da covid para todos os brasileiros, sem exceção, inclusive para os integrantes da extrema-esquerda. Todos vocês da extrema-esquerda tomaram vacina comprada pelo Presidente Bolsonaro. Como é que ele é genocida, negacionista? Quem quis tomar vacina neste país a teve à disposição.
E a grande mídia potencializa esses rótulos. Ela demoniza e desumaniza aqueles que pensam diferente da extrema-esquerda, ou seja, aqueles que se intitulam conservadores. Grande parte da mídia parou de publicar os fatos; publica o tempo inteiro as narrativas. Distorcem, adjetivam os fatos, torturam os fatos, para atingir esse suposto inimigo imaginário, na cabeça deles. Também tratam como inimigos quem é de direita. Alguém já viu a imprensa se referindo a mim, a V. Exa., Senadora Rosana, como de direita? Não. É sempre extrema-direita. Não tem direita no Brasil? Só tem esquerda, não tem direita? Aí pula direto para a extrema-direita? Vocês também têm parte, têm responsabilidade na construção desses estereótipos.
Eu faço aqui uma referência ao artigo publicado na Folha de S.Paulo – um dos veículos de maior circulação no país – desse Hélio Schwartsman, olha o título: "Por que torço para que Bolsonaro morra". E nós é que temos discurso de ódio? "Por que torço para que Bolsonaro morra." E você pega umas aspas aqui dele dentro do texto: "[...] a morte do presidente [referindo-se a Bolsonaro] torna-se filosoficamente defensável, se estivermos seguros de que acarretará um número maior de vidas preservadas". Tem alguma lógica isso? De onde vem o discurso de ódio? E qual a consequência disso aqui? Isso cria, no imaginário de algumas pessoas com a cabeça fraca, uma ideia de que há uma certa legitimidade em você pegar esses supostos inimigos e tentar tirar a vida deles, agredi-los.
E é por causa desse conjunto...
E aqui eu também incluo, Sr. Presidente, esses poucos que se acham os donos do poder, os donos do Brasil, porque eles também colaboram para isso aqui com as suas injustiças injustificáveis, rasgando a Constituição, dando penas para quem quebrou uma vidraça aqui do Congresso Nacional – algo que a extrema-esquerda cansou de fazer, inúmeras vezes, e nunca deu em nada –, condenando-os a 17 anos de cadeia, pena maior do que para estupradores, para chefe do tráfico de droga, para assassino. Nem esses monstros de verdade têm penas tão duras.
Eles cometem as maiores injustiças, rasgam a Constituição e ignoram a lei a título de defender a democracia. Eles estupram a democracia e dizem que estão defendendo a democracia. E aí não conseguem ir a um restaurante, não conseguem ir ao cinema sem serem abordados por alguém que quer tirar satisfação. E ainda acham que a culpa é da direita, não têm nem a humildade de fazerem uma autocrítica e entenderem que as pessoas ficam cada vez mais revoltadas por causa dos excessos deles, por causa das injustiças deles.
E aí, vem a extrema-esquerda com as soluções fáceis: "Bom, já que o atentado contra o Trump foi com fuzil, vamos restringir mais o acesso às armas", como se não fosse possível cometer um atentado com uma faca, como se não fosse possível cometer um atentado com uma panela de pressão cheia de prego.
(Soa a campainha.)
O SR. FLÁVIO BOLSONARO (Bloco Parlamentar Vanguarda/PL - RJ) – E de diversas outras formas.
Mas estamos aqui, no Legislativo, para impedir que isso aconteça, porque hoje quem tem acesso à arma, autorizado, são os traficantes, os assassinos, os estupradores. Esses têm arma liberada. Agora, o cidadão ordeiro não, o que cumpre a lei. Se você não quer ter acesso a uma arma, tudo bem, é uma escolha sua; mas não tente impedir ou tirar o direito daqueles que estão preparados para isso, obedecem aos requisitos legais e podem usar essa arma para defender a própria vida, a sua família, a sua propriedade ou até inocentes, como você que quer restringir o acesso a uma arma de uma pessoa de forma legal.
E, para concluir, Presidente, eu digo que a outra solução que a extrema-esquerda adora trazer é a regulação das redes sociais, é a censura à internet. E por que o ódio...
(Soa a campainha.)
O SR. FLÁVIO BOLSONARO (Bloco Parlamentar Vanguarda/PL - RJ) – ... todo – vou concluir, Presidente – à internet livre? Porque a grande mídia perdeu o monopólio da informação, não consegue mais manipular a opinião pública. Imagina se não fosse a internet hoje, talvez as manchetes até agora seriam "Donald Trump cai no palco após supostos barulhos de tiros"; ou as manchetes dariam conta de que não foi o povo que salvou o próprio povo lá no início da tragédia no Rio Grande do Sul; ou ainda estariam prevalecendo aqui aquelas manchetes "o Governo Lula aumenta impostos, veja como isso é bom para você".
Inclusive, o Governo acaba de anunciar que quer regulamentar as redes sociais, depois de haver uma enxurrada de memes sobre o "Ministro Taxade", e ainda acusando que há uma espécie de quem financia, quem produz esses memes. Não, meus amigos. Deixe-me contar um segredo para vocês: esse é o trabalhador, o cidadão humilde, comum, que está revoltado e que agora tem acesso às coisas pela internet e que vocês querem censurar.
(Soa a campainha.)
O SR. FLÁVIO BOLSONARO (Bloco Parlamentar Vanguarda/PL - RJ) – É a livre manifestação da vontade do povo. Quem quer calar o povo como é que a gente chama? De ditador. Não vamos permitir essa ditadura aqui no Brasil.
Então, Presidente, as mentiras, as fake news não se combatem com censura; combatem-se com a verdade.
E que os milagres de Deus que salvaram Bolsonaro e Trump sirvam de reflexão sobre quem são os responsáveis pela escalada da intolerância no Brasil e no mundo, que tem como resultado prático, como resultado real, atentados contra as vidas apenas de lideranças conservadoras e de direita.