Presidência durante a 113ª Sessão de Debates Temáticos, no Senado Federal

Presidência sobre o Requerimento (RQS) n° 438, de 2024, que "Requer realização de Sessão de Debates Temáticos destinada a discutir as Políticas Públicas para prevenção e tratamento do câncer de pulmão”.

Autor
Dr. Hiran (PP - Progressistas/RR)
Nome completo: Hiran Manuel Gonçalves da Silva
Casa
Senado Federal
Tipo
Presidência
Resumo por assunto
Saúde Pública:
  • Presidência sobre o Requerimento (RQS) n° 438, de 2024, que "Requer realização de Sessão de Debates Temáticos destinada a discutir as Políticas Públicas para prevenção e tratamento do câncer de pulmão”.
Publicação
Publicação no DSF de 14/08/2024 - Página 24
Assunto
Política Social > Saúde > Saúde Pública
Matérias referenciadas
Indexação
  • MANIFESTAÇÃO, PRESIDENCIA, SESSÃO DE DEBATES TEMATICOS, DEBATE, POLITICA PUBLICA, PREVENÇÃO, TRATAMENTO MEDICO, CANCER, DOENÇA PULMONAR.

    O SR. PRESIDENTE (Dr. Hiran. Bloco Parlamentar Aliança/PP - RR) – Parabéns! Parabéns, Weliton. Minas e o Brasil têm reconhecido o seu trabalho. Parabéns! Você nos inspira a todos.

    E, antes de passar para a minha fala, eu quero aqui registrar também a presença: da Sra. Presidente da Sociedade de Cirurgia Torácica do Rio Grande do Sul, Dra. Fabíola Perin – cadê ela? Dra. Fabíola, seja bem-vinda –; da Sra. Presidente da Sociedade Brasileira de Pneumologia e Tisiologia do Rio Grande do Sul, Manuela Cavalcanti, que está aqui presente; do Sr. Presidente da Associação Brasileira de Instituições Filantrópicas de Combate ao Câncer, Pascoal Marracini; do Sr. Presidente da Sociedade Brasileira de Pneumologia e Tisiologia, Ricardo Amorim Corrêa; do Sr. Superintendente do Hospital do Câncer de Muriaé, Sérgio Henriques; do Sr. Vice-Diretor Clínico do Hospital de Câncer de Muriaé, Bruno Bonani de Almeida Brito; do Sr. Secretário Científico da Sociedade Brasileira de Cirurgia Torácica, Daniel Bonomi; e da Sra. Diretora da Segunda Diretoria da Agência Nacional de Vigilância Sanitária, minha amiga querida Meiruze Sousa Freitas – um grande abraço.

    Na condição de Presidente da Frente Parlamentar da Medicina do Congresso Nacional, é com grande honra e responsabilidade que participo desta importante sessão de debates sobre o câncer de pulmão, uma das doenças que mais acometem e causam mortes no Brasil. A FPmed compreende a gravidade desse problema e se coloca à disposição para encontrar soluções para a criação de políticas públicas que possam melhorar ainda mais a qualidade de vida e aumentar a expectativa de vida dos brasileiros.

    Este tema que hoje nos reúne, infelizmente, não se limita a estatísticas frias. Por trás dos números, existem histórias de vida, famílias que enfrentam a doença com coragem e esperança depositada em cada avanço da ciência. É por elas e para que outras tantas não precisem travar a mesma batalha que dedicamos este espaço à construção de soluções mais eficazes.

    O câncer de pulmão é o segundo tipo mais comum no mundo, com 2,2 milhões de casos novos por ano. Isso corresponde a mais de 11% de todos os casos de câncer. Entre os homens, o câncer de pulmão é o tipo que ocupa a primeira posição e, entre as mulheres, a terceira.

    Estima-se que, no Brasil, para cada ano do triênio de 2023 a 2025, haverá 32.560 novos casos, um risco estimado de mais de 15 casos por 100 mil habitantes. Em 2020, ocorreram 28.618 óbitos por câncer de pulmão no Brasil, hoje o quarto tipo mais comum no país, excluindo o melanoma.

    O câncer de pulmão representa um grande desafio para a medicina moderna, sendo uma das principais causas de morte por câncer globalmente. Enfrentar a doença exige uma abordagem abrangente e multifacetada. A prevenção, sem dúvida, é o pilar fundamental. Precisamos intensificar as campanhas de conscientização sobre os fatores de risco, em especial o tabagismo. É fundamental também que o paciente seja visto em sua integralidade. O suporte psicológico, social e nutricional é essencial para que ele e sua família se sintam acolhidos e amparados durante todo o processo de enfrentamento da doença.

    Eu gostaria de citar aqui o exemplo de Roraima, que é o estado que eu tenho a honra de representar aqui no Senado, onde a luta contra o câncer enfrenta desafios únicos. Imaginem, senhoras e senhores, que, no nosso estado, hoje, nós ainda não temos o ciclo completo de tratamento de câncer. Nós estamos nós estamos agora implementando a nossa primeira unidade de rádio e braquiterapia, que ficou parada durante quatro anos, porque a empresa que fazia a obra abandonou essa obra em oito locais do Brasil. Era uma obra que foi contratada pelo Ministério da Saúde, e houve, inclusive, um empenho aí desde a gestão passada e agora para que nós pudéssemos reiniciar essa obra, que foi reiniciada com a presença da Ministra Nísia no nosso estado.

    Também quero fazer uma referência muito elogiosa em relação à nossa unidade de diagnóstico que nós implantamos lá com recursos meus e da ex-Senadora Ângela Portela. Implantamos uma unidade semelhante às duas que você implantou em Minas, meu querido amigo Weliton, e que faz um trabalho muito importante em relação a rastreamento, diagnóstico, tratamento precoce de câncer de mama; útero; e agora acabamos de implantar para câncer de pele, que é extremamente incidente naquela região de grande insolação, uma região equatorial. Fazemos um trabalho de rastreamento com carreta em todo o estado.

    Quero aqui também agradecer o trabalho que é feito e o apoio que nos é dado pela Fundação Pio XII, à pessoa do Henrique Prata, que está aqui representado pelo meu querido amigo Raphael, que nos ajuda muito lá.

    Senhoras e senhores, a luta contra o câncer de pulmão exige um esforço conjunto. Que este debate seja um espaço de construção de soluções eficazes, unindo o conhecimento científico e técnico à sensibilidade para com as necessidades dos pacientes e seus familiares. É também nosso dever como legisladores avaliar e propor medidas que fortaleçam a prevenção, como campanhas de conscientização sobre os riscos do tabagismo e da poluição ambiental, e que incentivem a adoção de hábitos de vida mais saudáveis.

    Além disso, devemos assegurar que avanços tecnológicos e científicos estejam ao alcance de todos, independentemente de sua condição socioeconômica. Que sejam acessíveis a todos os brasileiros indistintamente.

    Conto com a colaboração de todos os presentes para que este seja um debate rico e produtivo, que as ideias e as propostas aqui apresentadas possam contribuir para construir um futuro mais saudável para todos os brasileiros.

    Para encerrar, gostaria de agradecer a atenção de todos e desejar que esta sessão de debates possa iluminar ainda mais o tema da prevenção e do combate do câncer de pulmão, marcando também a abertura do 1º Congresso Brasileiro de Câncer de Pulmão, que será realizado nos dias 14 e 15, aqui, na capital federal.

    Eu agradeço, mais uma vez, em nome do nosso Presidente Pacheco, a presença de todos e, em seguida também, vou passar a palavra para o primeiro expositor, o nosso amigo Adriano Massuda, que é Secretário de Atenção Especializada à Saúde do Ministério da Saúde, representando aqui a nossa Ministra Nísia, por dez minutos.

    Pode ocupar a tribuna, por favor.


Este texto não substitui o publicado no DSF de 14/08/2024 - Página 24