Pronunciamento de Magno Malta em 02/09/2024
Pela ordem durante a 127ª Sessão Especial, no Senado Federal
Sessão especial destinada a celebrar o centenário de Jaime Tomaz de Aquino, cearense que muito contribuiu para o desenvolvimento social e econômico do Estado do Ceará e do Brasil e se tornou o maior produtor de Caju do país.
- Autor
- Magno Malta (PL - Partido Liberal/ES)
- Nome completo: Magno Pereira Malta
- Casa
- Senado Federal
- Tipo
- Pela ordem
- Resumo por assunto
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Desenvolvimento Regional,
Economia e Desenvolvimento,
Homenagem:
- Sessão especial destinada a celebrar o centenário de Jaime Tomaz de Aquino, cearense que muito contribuiu para o desenvolvimento social e econômico do Estado do Ceará e do Brasil e se tornou o maior produtor de Caju do país.
- Publicação
- Publicação no DSF de 03/09/2024 - Página 92
- Assuntos
- Economia e Desenvolvimento > Desenvolvimento Regional
- Economia e Desenvolvimento
- Honorífico > Homenagem
- Matérias referenciadas
- Indexação
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- SESSÃO ESPECIAL, CELEBRAÇÃO, CENTENARIO, EMPRESARIO, CONTRIBUIÇÃO, DESENVOLVIMENTO SOCIAL, DESENVOLVIMENTO ECONOMICO, PRODUÇÃO, CAJU, ESTADO DO CEARA (CE).
O SR. MAGNO MALTA (Bloco Parlamentar Vanguarda/PL - ES. Pela ordem.) – Eu estou aqui no meu terceiro mandato. Desde o meio do meu segundo mandato, do meio do meu primeiro mandato, eu denuncio o ativismo judicial.
Do meio do meu primeiro mandato e do segundo, você não acha um discurso meu, sempre naquela tribuna ali – no tempo que eu fiquei fora foi feita essa rampa por conta da Senadora Mara Gabrilli... eu sempre bati no ativismo judicial, não é coisa nova na minha vida.
Eu o tive sempre na minha mira, durante todo o tempo do meu mandato e, com denodo, eu o cumpri, não só eu e os outros tantos, que tivemos para além do impeachment de Dilma, quando ainda só éramos três, quatro... eu enfrentei o ativismo judicial todo o tempo e todo o aparato de um Governo de esquerda.
E, neste momento em que o ativismo aumentou, com a vênia e o grande consórcio dessa aranha comunista, que colocou as patas no poder, nesse consórcio com o Poder Judiciário, eu tenho os meus processos. Em nenhum momento me acovardei. Como V. Exa., que, nos quatro anos que aqui não estive, V. Exa. foi uma voz, um arauto, como tantos outros que não estão aqui agora, como o Cleitinho e tantos outros que levantam a voz. Mas eu estou aqui, a Damares está aqui. Este Senador que, na tribuna está, chegou aqui substituindo o Marinho, já com um atrevimento peculiar de um cidadão brasileiro indignado com tudo o que está acontecendo, sem se preocupar com a investidura da imunidade parlamentar, para a qual, aliás, eu votei. Ao deixar esta Casa, eu votei e nós aprovamos, por unanimidade, a queda e a morte da imunidade parlamentar, que dorme na Câmara dos Deputados em berço esplêndido. E, ao votar aqui as decisões monocráticas que estão lá, quando eu me dirijo a Pacheco, eu também tenho que me dirigir ao Lira, que são as duas Casas.
Então, por isso, Sr. Presidente, eu não tolero injustiça com ninguém; não tolero injustiça. Se tem coisa que mexe comigo é injustiça, mas também não posso tolerar comigo. Eu sempre estive ao lado do país nas grandes lutas dele. Não só eu, mas outros. Alguns tem vontade e se sentem representados na fala de V. Exa., na minha fala. A gente escuta aqui no ouvido, dentro do gabinete, caminhando para o Plenário, saindo do Plenário, de Senadores que... Quem sabe da sua própria constituição física e emocional? Alguns tem os seus problemas, e é problema de cada um. Mas há uma indignação.
E estas duas coisas que foram votadas aqui, – a decisão monocrática e a legalização das drogas – foi porque o Plenário começou a cobrar. Eu comecei a cobrar dessa tribuna. Dessa tribuna, eu li um artigo do Pacheco, com ele sentado aqui, e ali começaram essas duas PECs. Então, há essa indignação do Plenário. Por isso, Sr. Presidente, eu faço a intervenção. Fiz e volto a fazer. A gente não pode meter o dedo no olho de todo mundo. Você precisa fazer ressalvas. E a ressalva é a forma mais digna de se respeitar quando alguém está só, mas que, em nome do que crê, não se curva e não se entrega.
É verdade que nós somos minoria aqui e eu estou falando em nome da minoria. Então, quando a gente cita esta Casa e eu cito aquela Casa, que eu cito o Lira, eu faço questão de dizer que lá tem uma geração de calebes e josués – quantas vezes V. Exa. já me ouviu falar isso? –, que é essa geração nova, do próprio Deputado Gayer. A geração de Calebe e de Josué são aqueles que vão possuir a terra. E digo: eu sou geração Moisés, estou subindo a montanha para desaparecer. Mas essa geração que está lá na Câmara, daquilo que padece aqui, eles não têm poder de domínio sobre eles lá. Até no nosso partido, se alguns votam de forma errada e vão para a plataforma do Governo... Mas nessa geração que chegou agora, absolutamente patriota, de nascença, eles não vão juntos, eles verbalizam, eles falam. E eu faço questão de ressaltá-los, exatamente para que não os puxem para a vala comum. Eu não levo ninguém para a vala comum e também não quero ir para a vala comum.
Já fiz debates homéricos e históricos aqui, e ainda vou continuar fazendo, sem medo – sem medo –, mas é preciso dar incentivo, força e respeitar aqueles que estão gritando, homens e mulheres, na Câmara dos Deputados, exigindo do Lira, e alguns com a ousadia de olhar nos olhos, de chamar pelo nome, e ainda tomar uma reprimenda, o que não existe, o que não existe também com esta Casa. Tem homens e mulheres aqui que sabem que são minoria plena, minoria mesmo, mas falam tão alto, sem medo, reverberam tão alto e sem medo, que a sociedade consegue enxergar.
Então, penso que essa é uma necessidade que temos. Essa é uma necessidade, porque não existe exército de um homem só. O que tem existido no Brasil é um homem só, que está falando, escrevendo e "desescrevendo", mas tenha certeza de que ele tem um grande suporte por trás de si.
Agradeço V. Exa. por me dar essa oportunidade porque é o seguinte: Quando eu estou engasgado, se eu não falo... Eu não corro o risco de infartar, não. Meu coração é muito forte. Mas até a hora de sair do engasgo, eu me inquieto, porque odeio injustiça.