Pela ordem durante a 129ª Sessão Deliberativa Ordinária, no Senado Federal

Elogios à atuação do Senado Rodrigo Pacheco à frente da Presidêcia do Senado.

Considerações sobre a denúncia apresentada pela Folha de S.Paulo referente à conduta do ministro do Supremo Triunal Federal Alexandre de Moraes no inquérito das "fake news".

Autor
Beto Martins (PL - Partido Liberal/SC)
Nome completo: Jose Roberto Martins
Casa
Senado Federal
Tipo
Pela ordem
Resumo por assunto
Atividade Política, Atuação do Senado Federal:
  • Elogios à atuação do Senado Rodrigo Pacheco à frente da Presidêcia do Senado.
Atuação do Judiciário:
  • Considerações sobre a denúncia apresentada pela Folha de S.Paulo referente à conduta do ministro do Supremo Triunal Federal Alexandre de Moraes no inquérito das "fake news".
Publicação
Publicação no DSF de 04/09/2024 - Página 107
Assuntos
Outros > Atividade Política
Outros > Atuação do Estado > Atuação do Senado Federal
Outros > Atuação do Estado > Atuação do Judiciário
Indexação
  • ELOGIO, ATUAÇÃO, SENADOR, RODRIGO PACHECO, PRESIDENTE, SENADO.
  • COMENTARIO, DENUNCIA, FOLHA DE S.PAULO, MINISTRO, SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL (STF), ALEXANDRE DE MORAES, INQUERITO, NOTICIA FALSA.

    O SR. BETO MARTINS (Bloco Parlamentar Vanguarda/PL - SC. Pela ordem.) – Obrigado, Presidente. Obrigado também ao nobre colega que me cedeu este espaço antes da sua fala como orador.

    Eu queria ser breve – parafraseando aqui o meu colega Senador Flavio Azevedo, estou aqui na condição de novato –, mas é preciso ser dito: tive o privilégio já de ser Vereador, de ser Prefeito por duas vezes, fui Secretário do Estado de Santa Catarina por duas vezes, tenho 37 anos de vida profissional e 28 de vida pública, e, durante todo esse tempo, eu tive o privilégio de gozar da relação, no meu estado, com vários segmentos, especialmente com o setor produtivo, com os representantes da indústria, do comércio e de serviço.

    E eu queria dizer a todos que a minha fala aqui, Presidente, não é uma fala para puxar o saco da bancada, não é uma fala para fazer coro com algum modismo político. É importante que todos saibam que eu tenho pleno conhecimento do sentimento da população de Santa Catarina, que eu tenho pleno sentimento do que o eleitor que colocou aqui o Senador Jorginho Mello e que trouxe junto uma chapa que eu tenho certeza de que também contribuiu para sua vitória – e foram mais de 1,5 milhão votos –, eu quero que todos entendam que eu tenho a plena compreensão do que pensa Santa Catarina.

    Por isso, Senador Rodrigo Pacheco, eu queria que o senhor soubesse que faz parte da minha educação, que recebi de meu pai, Sr. Levy Ramos Martins, que eu sou a favor sempre do respeito e da educação.

    E eu estava ontem aqui, fazendo parte – até porque é normal que um Senador que chegou há menos tempo queira participar de todos os atos do Senado –, e o debate e o tema acabaram acontecendo também em torno dessa situação que envolve hoje o Ministro do Supremo Alexandre de Moraes. Eu quero dizer que ontem eu fiz uma fala e citei o seu nome, com absoluto e total respeito. E quero lhe dizer também que condeno veemente quando se falta com o respeito e quando se faz qualquer pronunciamento que afete não apenas a sua pessoa, mas a de qualquer outro colega que aqui está.

    E, hoje, ao final desta sessão, eu vejo que a minha fala ontem foi importante, teve eco e se completa com o que aconteceu hoje aqui, porque o que eu disse ontem, Senador Rodrigo Pacheco, foi que eu achava injusto, muito duro que ficasse sobre os seus ombros a decisão sobre se deve ou não investigar o que foi praticado pelo Ministro do Supremo, porque, em respeito a todos os outros oradores, mas para o povo catarinense, para o meu entendimento, aquilo que foi apontado pela Folha de S.Paulo, sim, a mim transparece que houve irregularidade, que houve indícios de possível abuso de poder.

    Então, o que eu disse ontem? Não é justo que fique sobre os ombros do Presidente do Senado o poder de decisão sobre isso. Vamos ouvir os Senadores, porque hoje o que Santa Catarina nos cobra...

    E outra coisa importante, Presidente: no primeiro dia, muito antes desses discursos calorosos, muito antes de qualquer outro ato que se está tomando em relação a isso, nós, os três Senadores de Santa Catarina, toda a bancada do Senado de Santa Catarina se posicionou com uma nota à imprensa, dizendo, no primeiro dia, quando saíram as notícias da Folha de S.Paulo, que éramos rigorosamente a favor de toda e qualquer investigação, porque é isso que vale para todo cidadão brasileiro. Eu, como empresário, eu, como Senador, estou sujeito à investigação.

(Soa a campainha.)

    O SR. BETO MARTINS (Bloco Parlamentar Vanguarda/PL - SC) – E eu quero defender, enquanto tiver o poder de falar como Senador da República, que o povo brasileiro possa saber que, sim, também um juiz do Supremo pode ser submetido a uma investigação, principalmente quando se tem indícios de que ele possa ter praticado alguma irregularidade.

    Mas eu só queria que o senhor soubesse que eu fui muito respeitoso, que serei sempre muito respeitoso. Eu lhe agradeço pela forma como o senhor me recebeu nesta Casa, mas lhe peço que, quando houver a oportunidade, o senhor tire dos seus ombros essa responsabilidade e passe aos Senadores, porque hoje aqui foi muito bom: alguns Senadores já se posicionaram e deixaram claro que são a favor, quem é contra. É isso que o povo catarinense quer ver. Eu penso, pelo meu sentimento de rua, pelo meu sentimento de onde transito e de rede social, que o povo brasileiro quer saber qual é a posição de cada Senador.

    E que vença a maioria.


Este texto não substitui o publicado no DSF de 04/09/2024 - Página 107