Pronunciamento de Jorge Kajuru em 04/09/2024
Discurso durante a 130ª Sessão Deliberativa Ordinária, no Senado Federal
Considerações sobre a notícia divulgada pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) de que o PIB brasileiro teve crescimento de 1,4% no segundo trimestre deste ano, em comparação com o primeiro.
- Autor
- Jorge Kajuru (PSB - Partido Socialista Brasileiro/GO)
- Nome completo: Jorge Kajuru Reis da Costa Nasser
- Casa
- Senado Federal
- Tipo
- Discurso
- Resumo por assunto
-
Economia e Desenvolvimento,
Governo Federal:
- Considerações sobre a notícia divulgada pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) de que o PIB brasileiro teve crescimento de 1,4% no segundo trimestre deste ano, em comparação com o primeiro.
- Publicação
- Publicação no DSF de 05/09/2024 - Página 21
- Assuntos
- Economia e Desenvolvimento
- Outros > Atuação do Estado > Governo Federal
- Indexação
-
- ELOGIO, INFORMAÇÃO, DIVULGAÇÃO, INSTITUTO BRASILEIRO DE GEOGRAFIA E ESTATISTICA (IBGE), REFERENCIA, CRESCIMENTO, PRODUTO INTERNO BRUTO (PIB), INDUSTRIA, BRASIL, TRIMESTRE, ANO, ATUALIDADE, COMPARAÇÃO, PERIODO, ANTERIORIDADE, GOVERNO FEDERAL, LUIZ INACIO LULA DA SILVA, MINISTERIO DO PLANEJAMENTO E ORÇAMENTO (MPO), SIMONE TEBET, MINISTERIO DA FAZENDA (MF), FERNANDO HADDAD.
O SR. JORGE KAJURU (Bloco Parlamentar da Resistência Democrática/PSB - GO. Para discursar.) – A sua é sete. Mentira, passou de 10 hoje.
Bom, primeiro, eu agradeço ao meu querido amigo Líder Humberto Costa, que teria o direito de tempo de Liderança.
E um abraço especial. Estou com saudade de você, lá na minha casa, na sua casa, para a gente bater papo. Você sabe o tanto que eu o respeito. Você é a voz da segurança pública do Rio Grande do Norte, Capitão Styvenson Valentim. Eu estive no seio da sua família, tenho saudades do Victor. Então, fico feliz de revê-lo aqui nesta quarta-feira.
Antes de mais nada, eu quero encher a minha boca para dizer que Rodrigo Pacheco é o maior Presidente da história deste Congresso Nacional!
Eu fui cabo eleitoral dele, sou cabo eleitoral dele, sou admirador dele, por todas as suas virtudes, por sua honradez irretocável, e não posso concordar com formas desrespeitosas, como ontem aconteceu aqui no Plenário, para um homem da envergadura moral de Rodrigo Pacheco. Ele foi fundamental e decisivo durante a pandemia, deu exemplos nesta Casa e a gente precisa respeitá-lo e deixá-lo à vontade para, quando ele entender que há prova cabal e irrefutável para qualquer tipo de pedido, que ele assim aja.
Portanto, Presidente Rodrigo Pacheco, eu, Kajuru, encho a boca e não tenho nenhuma dificuldade, seja qual for a reação, em qualquer lugar do Brasil, pelo que eu penso, de repetir orgulhosamente: você é o maior Presidente da história do Congresso Nacional, e o seu destino político, ou jurídico, será o que Deus lhe reservar e o que você merece.
Brasileiras e brasileiros, minhas únicas vossas excelências, é gigantesco, também, o prazer com que subo à tribuna hoje, 4 de setembro de 2024, para me pronunciar sobre a bela notícia divulgada ontem pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística. O Produto Interno Bruto (PIB), soma de toda a riqueza produzida no país, teve crescimento de 1,4% no segundo trimestre deste ano, na comparação com o primeiro trimestre.
Em relação ao segundo trimestre, no ano passado o crescimento do nosso PIB foi de 3,3%. Além do contentamento com o fato de a economia ter crescido 1,4%, no segundo trimestre de 2024, fico feliz também ao constatar que o número supera com folga a previsão dos analistas ligados ao mercado financeiro – por isso sempre penso o contrário de tudo o que eles falam. É mais ou menos como um economista quando dá uma opinião, a minha é contrária –, para os quais o PIB não iria além de 0,9%. Tolinhos, ou antipatriotas!
Seguem coerentes esses analistas. Afinal, quando o Governo Lula 3 assumiu, eles previam um crescimento inferior a 1% para o ano passado. Perderam feio, tolinhos. O PIB do Brasil fechou 2023 com alta de 2,9%, índice que já não dá para duvidar, pode sim se repetir em 2024.
É preciso ressaltar que a elevação do nosso Produto Interno Bruto em 1,4% no segundo trimestre deste ano, coloca o Brasil como o terceiro, empatado tecnicamente com o segundo, com o maior crescimento do PIB entre os países do G20, grupo que reúne, senhoras e senhores, as maiores economias do mundo, atrás apenas da Indonésia e da Índia, respectivamente, com 3,8% e 1,9%.
Não é pouca coisa, sobretudo se levarmos em conta a qualidade do nosso crescimento com os investimentos subindo 2,1%. Destaque também para o desempenho da indústria, com alta de 1,8%.
Não tenho dúvida de que isso já resulta do programa "Nova Indústria Brasil", tocado com absoluta competência pelo Ministro do setor, o honradíssimo e histórico Vice-Presidente da República, Geraldo Alckmin. Outro detalhe importante: a economia teve desempenho acima do esperado. Apesar de o setor agropecuário ter diminuído 2,3% na comparação entre o segundo e o primeiro trimestre do ano, quando este recuo sazonal for superado, o crescimento do PIB certamente terá um novo estímulo.
Por tudo isso, é fundamental afirmar que estão acontecendo mudanças nas projeções do PIB potencial. O índice de crescimento, sem causar inflação, girava em torno de 1%, e o Fundo Monetário Internacional já subiu para 2,5%.
A Ministra do Planejamento, irretocável Simone Tebet, é mais otimista. Em entrevista hoje, ela declarou que o país pode crescer até 3% sem bater na inflação, desde que se isso dê pela diversidade, o que é plausível no quadro atual. Mesma opinião tem o Ministro da Fazenda, também irretocável e inigualável Fernando Haddad, para quem os dados positivos da economia já resultam de um ciclo virtuoso gerado por um ajuste fiscal feito corretamente em cima de quem, por muito tempo, deixou de pagar impostos.
Abro aspas para o Ministro Haddad: "Quando você faz o ajuste sobre os mais pobres, derruba o consumo e o investimento. Ninguém vai investir sem ter para quem vender. Agora a pessoa está investindo, pois tem para quem vender. O Brasil está crescendo com baixa inflação." Fecho aspas.
Concluo com frase que já disse nesta tribuna em 2023: muitos analistas econômicos do mercado financeiro precisam trocar a bola de cristal, ou mudem de emprego, seus tolinhos!
Agradecidíssimo.
O SR. PRESIDENTE (Styvenson Valentim. Bloco Parlamentar Independência/PODEMOS - RN) – Obrigado, Senador Kajuru.
Concordamos com a sua manifestação inicial em relação à Presidência do Senado, o Senador Rodrigo Pacheco, mas o que é pedido pelos demais Senadores... Não esquecendo, Senador Kajuru, que quem coloca o Presidente é quem está em baixo, nas cadeiras; e quero lembrar que o pedido talvez seja pertinente ou insistente, porque desde 2019 a gente vem tentando isto: colocar de volta os Poderes nos seus lugares.
Senador Kajuru, já que o senhor é de Goiás, o senhor não foi convidado para o aniversário do Gusttavo Lima? O senhor não foi convidado, porque o Ministro Nunes Marques está lá. Isso eu acho bem preocupante em relação às relações.
O SR. JORGE KAJURU (Bloco Parlamentar da Resistência Democrática/PSB - GO) – Irmão, você gosta de me provocar. Desculpe-me, eu nasci na bossa nova, eu fui criado em Paris, aprendi a ouvir Édith Piaf, Nina Simone, B. B. King, Ray Charles, Stevie Wonder, Ivan Lins, Tom Jobim, Vinicius de Moraes, e eu não dou conta de ouvir Gusttavo Lima; e eu sou de Goiás. E eu tenho uma frase que serve para ti: existe o meu gosto e o mau gosto. (Risos.)