Discurso durante a 130ª Sessão Deliberativa Ordinária, no Senado Federal

Cobrança ao Ministério da Gestão e Inovação em Serviços Públicos da transposição dos servidores dos antigos territórios federais para o quadro funcional da União.

Autor
Lucas Barreto (PSD - Partido Social Democrático/AP)
Nome completo: Luiz Cantuária Barreto
Casa
Senado Federal
Tipo
Discurso
Resumo por assunto
Administração Pública, Servidores Públicos:
  • Cobrança ao Ministério da Gestão e Inovação em Serviços Públicos da transposição dos servidores dos antigos territórios federais para o quadro funcional da União.
Publicação
Publicação no DSF de 05/09/2024 - Página 26
Assuntos
Administração Pública
Administração Pública > Agentes Públicos > Servidores Públicos
Indexação
  • COBRANÇA, MINISTERIO DA GESTÃO E DA INOVAÇÃO EM SERVIÇOS PUBLICOS (MGI), MINISTRO, Esther Dweck, GOVERNO FEDERAL, PROMESSA, CAMPANHA, PORTARIA, TRANSPOSIÇÃO, QUADRO DE CARREIRA, SERVIDOR PUBLICO CIVIL, ORIGEM, TERRITORIO NACIONAL, DESTINAÇÃO, CATEGORIA FUNCIONAL, UNIÃO, ESTADO DO AMAPA (AP).

    O SR. LUCAS BARRETO (Bloco Parlamentar da Resistência Democrática/PSD - AP. Para discursar.) – Quero cumprimentar o nosso Presidente Styvenson Valentim, do glorioso Rio Grande do Norte. Meu pai é de lá também, de Barcelona, então já viu que nós temos um parentesco aí, no Amapá a gente chama de conterrâneo.

    Sr. Presidente, eu volto mais uma vez a esta tribuna, agora com profunda preocupação, porque nós chegamos ao mês de setembro e é inadmissível que as promessas feitas pelo Ministério da Gestão em relação à transposição dos optantes dos ex-territórios ao quadro da União ainda não tenham sido cumpridas.

    O compromisso do Governo era claro: todos os processos da Emdesur seriam julgados até o final de agosto de 2024. No entanto, o que temos: apenas 71 processos analisados até agora, 71, Sr. Presidente, de um total de 700, quando deveríamos ter tudo concluído até o mês passado.

    A promessa do Governo não foi cumprida. Eles prometeram que 700 processos seriam julgados em agosto e todos publicados no Diário Oficial da União em setembro. E o que temos? Apenas 71 julgados. Como irão cumprir promessa de todos em portaria agora de setembro se sequer saíram em ata? Um desrespeito com os servidores, Sr. Presidente, com o povo do Amapá, com todos os que aguardam por uma solução.

    E eu faço aqui ainda um apelo: que os 48 processos da Emdesur que foram deferidos antes da suspensão dos julgamentos, em 2021, sejam convalidados e incluídos na portaria prometida para esta sexta-feira. As exclusões arbitrárias, a seleção a dedo dos processos a serem contemplados e a falta de transparência, tudo isso é inaceitável.

    Sra. Ministra Esther Dweck, pergunto: teremos mesmo a superportaria que está prometida para o dia 6, para a próxima sexta? Chama atenção que a comissão tenha parado seus trabalhos por duas semanas no último mês, alegando que seus técnicos estavam ocupados com a preparação dessa portaria. Então se espera uma superportaria, inclusive contemplando os 31 processos residuais daquela indevidamente suspensa portaria em março de 2023, que continha 1.134 contemplados. Assim o Governo finalmente daria fim ao escandaloso fatiamento, que tanto criticamos aqui nesta tribuna ao longo dos últimos 18 meses.

    A portaria prevista para 6 de setembro precisa resolver as questões pendentes como os processos do Grupo 992, que também vem sendo sistematicamente excluído das atas e portarias há mais de um ano, mesmo com decisão judicial favorável, mesmo com determinação do Tribunal de Contas da União, esses processos continuam sendo ignorados.

    Sras. e Srs. Senadores, isso é uma afronta. E não para por aí, ainda há um grupo de servidores, o Grupo 1.050, que parece estar sendo preterido por critérios econômicos. Após a nossa cobrança, relativa ao Grupo 1.050, 14 processos foram publicados, mas, mais uma vez, eles foram esquecidos e não deram continuidade ao julgamento do grupo. E eu não posso aceitar, Sr. Presidente, que servidores sejam tratados dessa forma.

    Quero destacar também a situação dos servidores vinculados à Emenda Constitucional 79, de 2014, e à Prefeitura de Macapá: ainda restam 53 processos pendentes. Esses servidores aguardam, há 18 meses, uma resolução. Pergunto: por que estão sendo excluídos? Seria por estarem vinculados à Prefeitura de Macapá, que é administrada pelo Prefeito Furlan, de quem eles são oposição? E aqui eu quero registrar, Sr. Presidente, que o nosso Prefeito de Macapá, o nosso Prefeitão Dr. Furlan, na última pesquisa que saiu na Globo, tem 91% de intenção de voto, 96% de aprovação de ótimo e bom, 4% de regular e 0% de péssimo e ruim. Então, é um fenômeno, é o fruto do trabalho dele e da Dra. Rayssa – eles são dedicados. E ele tem aqui, no Senado Federal, a gente, a nossa bancada, que também trabalha lá com ele. A gente participa realmente, mas a população de Macapá aprova o trabalho dele e é por isso que ele foi e é o melhor Prefeito do Brasil em avaliação. Então, fica aqui este registro. Quero cumprimentar o Dr. Furlan pela performance.

    Quero destacar também, Sr. Presidente, que não vamos descansar até que aqueles que dedicaram suas vidas ao serviço público tenham o que é de direito: a tão sonhada transposição ao quadro da União. Chegou a hora de o Governo cumprir sua palavra, já passou da hora de resolver a situação dos Grupos 1.050 e 992 da Emdesur, os referentes ao art. 29 e aos vinculados à Prefeitura de Macapá, incluídos os remanescentes da Emenda Constitucional 79, de 2014. É hora de dar aos servidores de Macapá o que é deles por direito.

    Eu continuarei aqui, Sr. Presidente, vigilante e cobrando as devidas providências até que as promessas sejam cumpridas, o direito deles seja garantido e a justiça seja feita.

    Obrigado, Sr. Presidente. Nossas saudações lá do Amapá e do nosso Prefeitão Furlan a todo o Estado do Rio Grande do Norte.


Este texto não substitui o publicado no DSF de 05/09/2024 - Página 26