Pela ordem durante a 130ª Sessão Deliberativa Ordinária, no Senado Federal

Pela ordem sobre a Mensagem (SF) (MSF) n° 42, de 2024, que "Submete à apreciação do Senado Federal, nos termos do art. 52, inciso III, alínea “d”, da Constituição, combinado com art. 4º, caput, da Lei Complementar nº 179, de 24 de fevereiro de 2021, o nome do Senhor GABRIEL MURICCA GALÍPOLO, para exercer o cargo de Presidente do Banco Central do Brasil, na vaga decorrente do término do mandato de Roberto de Oliveira Campos Neto em 31 de dezembro de 2024".

Autor
Marcos Rogério (PL - Partido Liberal/RO)
Nome completo: Marcos Rogério da Silva Brito
Casa
Senado Federal
Tipo
Pela ordem
Resumo por assunto
Atuação do Senado Federal, Economia e Desenvolvimento, Governo Federal:
  • Pela ordem sobre a Mensagem (SF) (MSF) n° 42, de 2024, que "Submete à apreciação do Senado Federal, nos termos do art. 52, inciso III, alínea “d”, da Constituição, combinado com art. 4º, caput, da Lei Complementar nº 179, de 24 de fevereiro de 2021, o nome do Senhor GABRIEL MURICCA GALÍPOLO, para exercer o cargo de Presidente do Banco Central do Brasil, na vaga decorrente do término do mandato de Roberto de Oliveira Campos Neto em 31 de dezembro de 2024".
Publicação
Publicação no DSF de 05/09/2024 - Página 31
Assuntos
Outros > Atuação do Estado > Atuação do Senado Federal
Economia e Desenvolvimento
Outros > Atuação do Estado > Governo Federal
Matérias referenciadas
Indexação
  • MENSAGEM (MSG), INDICAÇÃO, SENADO, ESCOLHA, NOME, AUTORIDADE, CARGO PUBLICO, PRESIDENTE, BANCO CENTRAL DO BRASIL (BACEN), FIXAÇÃO, DATA, SABATINA, Comissão de Assuntos Econômicos (CAE), PLENARIO.

    O SR. MARCOS ROGÉRIO (Bloco Parlamentar Vanguarda/PL - RO. Pela ordem.) – Sr. Presidente, cumprimento V. Exa. por compartilhar, com o Plenário do Senado Federal, a mensagem que envia o nome do novo indicado como Presidente do Banco Central, mas, como Líder da Oposição quero fazer uma ponderação com V. Exa.: não seria o caso de nós discutirmos esse tema da data no Colégio de Líderes do Senado Federal? Por uma razão óbvia: V. Exa. mesmo sublinhou que nós estamos agora dentro de um calendário eleitoral; portanto, os Senadores estão ou a maioria está nas suas bases, não estão presentes semanalmente aqui em Brasília.

    O próprio indicado está fazendo o movimento de visitar gabinete por gabinete para conversar com os Senadores, e se trata do Presidente do Banco Central, um cargo de extrema importância diante de um momento de extrema sensibilidade, e é preciso que esse indicado, antes de ser sabatinado na Comissão de Assuntos Econômicos, Sr. Presidente, tenha a oportunidade de conversar com o conjunto dos Senadores.

    Eu fui abordado pela imprensa insistentemente nos corredores do Senado: "Você recebeu o Galípolo? Você conversou com o indicado?". Eu falei assim: "Eu não recebi, não conversei. Ele está visitando os gabinetes, não me procurou. No dia em que for ao meu gabinete, certamente que será recebido". Eu não deixo de conversar com nenhum indicado, por mais divergência que se tenha; e eu antecipo: com relação à pessoa dele, nenhuma; tenho preocupações com a retórica daquele que o indicou. E confesso, por antecipação: preocupa-me muito mais o vício retórico daquele que patrocinou a sua indicação do que as práticas técnicas daquele que foi indicado para essa missão – pelo menos em face do que já presenciado nas reuniões do colegiado do Banco Central ao longo desses últimos meses.

    Mas eu penso que seria oportuno que os Senadores tivessem a oportunidade de ouvi-lo, porque, afinal de contas, qual é a missão que ele tem? A de ser um Presidente do Banco Central que manterá como prioridade a autonomia do Banco Central, na linha do que vem sendo praticado – não pelo Campos Neto –, na linha do que vem sendo uma prática, naquela casa, do colegiado, que, inclusive, tem lá pelo menos quatro indicados do atual Governo?

    Eu acho que essas preocupações estão com cada Senador que sabe da importância dessa indicação. Então, a ponderação que faço a V. Exa. é se não seria possível a gente fazer na semana seguinte à volta da eleição, para que se tivesse aqui pelo menos uma semana e ele pudesse nesse tempo... Obviamente, ele vai ter que falar mais com os Senadores que são do outro campo; aquele que é da base, enfim, já o conhece, já tem as suas escolhas. Mas dar a oportunidade de ele ser recebido e ter um diálogo com aqueles que têm preocupações com o que significa essa transição de uma Presidência para outra, porque o mandato do Campos Neto termina no dia 31 de dezembro. Portanto, nós não estamos aqui em uma janela temporal exígua: nós temos tempo razoável para fazer essa sabatina.

    A única ponderação que faço com V. Exa. – e considero uma ponderação de bom senso – é se a gente não poderia dar uma semana...

(Soa a campainha.)

    O SR. MARCOS ROGÉRIO (Bloco Parlamentar Vanguarda/PL - RO) – ... para que no pós-eleição a gente tivesse a condição daqueles Senadores que, de repente, não tiveram a oportunidade de dialogar com ele nesse período eleitoral o fizessem nessa semana; mesmo porque, se a Comissão de Assuntos Econômicos optar por fazer a sabatina na semana pós-eleição, vai ser na própria terça-feira, data que V. Exa. está sugerindo.

    É a ponderação muito respeitosa que faço a V. Exa., para um debate claro, transparente, mas muito oportuno em defesa do Brasil, da autonomia e da segurança que representa um indicado para o Banco Central.


Este texto não substitui o publicado no DSF de 05/09/2024 - Página 31