Pronunciamento de Jaques Wagner em 04/09/2024
Pela ordem durante a 130ª Sessão Deliberativa Ordinária, no Senado Federal
Pela ordem sobre a Mensagem (SF) (MSF) n° 42, de 2024, que "Submete à apreciação do Senado Federal, nos termos do art. 52, inciso III, alínea “d”, da Constituição, combinado com art. 4º, caput, da Lei Complementar nº 179, de 24 de fevereiro de 2021, o nome do Senhor GABRIEL MURICCA GALÍPOLO, para exercer o cargo de Presidente do Banco Central do Brasil, na vaga decorrente do término do mandato de Roberto de Oliveira Campos Neto em 31 de dezembro de 2024".
- Autor
- Jaques Wagner (PT - Partido dos Trabalhadores/BA)
- Nome completo: Jaques Wagner
- Casa
- Senado Federal
- Tipo
- Pela ordem
- Resumo por assunto
-
Atuação do Senado Federal,
Economia e Desenvolvimento,
Governo Federal:
- Pela ordem sobre a Mensagem (SF) (MSF) n° 42, de 2024, que "Submete à apreciação do Senado Federal, nos termos do art. 52, inciso III, alínea “d”, da Constituição, combinado com art. 4º, caput, da Lei Complementar nº 179, de 24 de fevereiro de 2021, o nome do Senhor GABRIEL MURICCA GALÍPOLO, para exercer o cargo de Presidente do Banco Central do Brasil, na vaga decorrente do término do mandato de Roberto de Oliveira Campos Neto em 31 de dezembro de 2024".
- Publicação
- Publicação no DSF de 05/09/2024 - Página 32
- Assuntos
- Outros > Atuação do Estado > Atuação do Senado Federal
- Economia e Desenvolvimento
- Outros > Atuação do Estado > Governo Federal
- Matérias referenciadas
- Indexação
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- MENSAGEM (MSG), INDICAÇÃO, SENADO, ESCOLHA, NOME, AUTORIDADE, CARGO PUBLICO, PRESIDENTE, BANCO CENTRAL DO BRASIL (BACEN), FIXAÇÃO, DATA, SABATINA, Comissão de Assuntos Econômicos (CAE), PLENARIO.
O SR. JAQUES WAGNER (Bloco Parlamentar da Resistência Democrática/PT - BA. Pela ordem.) – Presidente, eu quero na verdade, em primeiro lugar, parabenizá-lo.
É evidente que o próprio mercado – e eu vou me arriscar a dizer que o próprio atual Presidente do Banco Central – sabe da importância de a gente sinalizar ao mercado quem vai conduzir a política monetária brasileira. Ele já foi indicado, mas depende da aprovação desta Casa. Eu sinto que é um nome que não cria, em princípio, aresta com ninguém. Se dependesse da vontade do Líder do Governo, eu pediria a V. Exa. para fazê-lo até antes das eleições. E V. Exa., como sempre, ponderou que era melhor fazer após as eleições e elegeu o dia 8 de outubro, que eu acho absolutamente razoável.
Quero me dirigir, com muita vênia, ao Líder da Oposição, primeiro para dizer que o candidato, o indicado candidato tem percorrido já vários gabinetes – eu pedi a ele que visitasse todos os gabinetes –, e eu diria a V. Exa. que talvez, no dia de hoje, ele já tenha completado mais de 30 visitas e conversas. Seguramente ele falará, porque considero que é das mais importantes visitas, com V. Exa., como Líder da Oposição, e outros colegas de oposição que eu sei que já foram visitados.
Então, eu acho que é um tempo suficiente. O nome não é um nome – como se diz – tirado de uma cartola, porque já está há um ano como Diretor do Banco Central. Conseguiu construir uma relação inclusive com o atual Presidente, no respeito que ambos merecem, um indicado por quem era Presidente, e, portanto, coberto pela Constituição; o Galípolo, indicado pelo atual Presidente.
Eu só queria ressaltar, querido Marcos Rogério, que, independentemente de retórica, o Presidente que indicou o próximo Presidente – se esta Casa assim entender – do Banco Central foi talvez o único dos últimos Presidentes a manter um único Presidente do Banco Central, quando ainda não havia a figura da independência do Banco Central, por oito anos consecutivos. E não era ninguém das fileiras do PT ou da esquerda; ao contrário, era Henrique Meirelles, que hoje é conhecido, que vinha do mercado financeiro de fora do país e a quem eu agradeço a atuação no Banco Central, porque aprendi muito com ele e acho que ele deu uma bela contribuição ao Governo do Presidente Lula, que manteve a sua estabilidade. Eu era Ministro do Trabalho e perdi dois embates com ele quando eu queria que fosse feito um ganho real do salário mínimo. Ele defendeu o contrário, que achava que a economia não resistiria. O Presidente Lula, apesar da retórica, optou pela saída conservadora.
Então, eu quero só elogiar – é evidente que a ponderação do Líder da Oposição cabe à decisão de V. Exa., não minha –, apenas para dizer que eu acho que a data não era o meu sonho de consumo, mas eu concordo que V. Exa., como sempre, buscou a ponderação como magistrado que é desta Casa.