Discurso durante a 138ª Sessão Deliberativa Extraordinária, no Senado Federal

Comentários a respeito do discurso do Presidente Lula na Assembleia Geralda ONU, em Nova York, com destaque para a situação da emergência climática e para a fome e a insegurança alimentar no mundo.

Autor
Paulo Paim (PT - Partido dos Trabalhadores/RS)
Nome completo: Paulo Renato Paim
Casa
Senado Federal
Tipo
Discurso
Resumo por assunto
Assuntos Internacionais, Desenvolvimento Social e Combate à Fome, Governo Federal, Mudanças Climáticas:
  • Comentários a respeito do discurso do Presidente Lula na Assembleia Geralda ONU, em Nova York, com destaque para a situação da emergência climática e para a fome e a insegurança alimentar no mundo.
Publicação
Publicação no DSF de 25/09/2024 - Página 8
Assuntos
Outros > Assuntos Internacionais
Política Social > Proteção Social > Desenvolvimento Social e Combate à Fome
Outros > Atuação do Estado > Governo Federal
Meio Ambiente > Mudanças Climáticas
Indexação
  • COMENTARIO, PRESIDENTE DA REPUBLICA, LUIZ INACIO LULA DA SILVA, ORGANIZAÇÃO DAS NAÇÕES UNIDAS (ONU), MEIO AMBIENTE, MUDANÇA CLIMATICA, CRITICA, CUMPRIMENTO, ACORDO, AUMENTO, EMISSÃO, GAS CARBONICO, NECESSIDADE, ASSISTENCIA FINANCEIRA, RECURSOS FINANCEIROS, PAIS, PAIS SUBDESENVOLVIDO, INUNDAÇÃO, ESTADO DO RIO GRANDE DO SUL (RS), SECA, REGIÃO AMAZONICA, ORGANIZAÇÃO DAS NAÇÕES UNIDAS PARA A ALIMENTAÇÃO E AGRICULTURA (FAO), COMBATE, FOME, DESNUTRIÇÃO.

    O SR. PAULO PAIM (Bloco Parlamentar da Resistência Democrática/PT - RS. Para discursar. Por videoconferência.) – Boa tarde, Presidente Veneziano Vital do Rêgo, Sras. Senadoras e Srs. Senadores!

    Hoje, Presidente, o Presidente Lula discursou na Assembleia Geral da ONU, em Nova York, na abertura do debate dos Chefes de Estado e de Governo. Ele abordou temas de fundamental importância, como a crise climática, guerras, fome, reforma de instituições, reforma da ONU, América Latina, democracia, inteligência artificial, entre outros.

    Sobre as guerras, eu quero dizer que elas são inaceitáveis. Nada justifica. O mundo precisa de paz e amor.

    Por tradição, cabe ao Brasil abrir os discursos no encontro anual dos líderes de mais de 190 países. E assim o fez o Presidente Lula.

    A comitiva brasileira era composta pela Primeira-Dama, Janja; pelos Presidentes do Senado, Rodrigo Pacheco, e da Câmara, Arthur Lira; pelo Ministro das Relações Exteriores, Mauro Vieira; e pelo Assessor Especial e ex-Chanceler Celso Amorim. Ministros, como Fernando Haddad, da Fazenda, e Marina Silva, do Meio Ambiente, também estão em Nova York.

    Vou falar de dois pontos, Presidente, abordados pelo Presidente Lula, para não me alongar aqui a respeito de tudo que ele falou.

    Sobre o clima, resumidamente, Lula disse: "O planeta já não espera para cobrar da próxima geração e está farto de acordos climáticos que não são cumpridos. Está cansado de metas de redução de emissão de carbono negligenciadas e do auxílio financeiro aos países pobres que nunca chega". Segundo ele, "o negacionismo sucumbe ante as evidências do aquecimento global [e] 2024 caminha para ser o ano mais quente da história moderna", fecho aspas.

    O Presidente Lula também mencionou a tragédia climática no meu Estado do Rio Grande do Sul e a situação da Amazônia: "No sul do Brasil, tivemos a maior enchente desde 1941. A Amazônia está atravessando a pior estiagem em 45 anos. Incêndios florestais se alastraram pelo país e já [...] [consumiram] 5 milhões de hectares apenas no mês de agosto".

    Lula disse ainda que o seu Governo não terceiriza responsabilidades nem abdica de sua soberania. Abro aspas: "Já fizemos muito, mas sabemos que [...] [há muito, muito, muito ainda por fazer]. Além de enfrentar o desafio da crise climática, lutamos contra quem lucra com a degradação ambiental. Não transigiremos com ilícitos ambientais, com o garimpo ilegal e com o crime organizado", fecho aspas, palavras do Presidente.

    Lula também chamou a atenção dos líderes mundiais para a questão da fome e da insegurança alimentar, cobrando esforços para erradicar esse flagelo. Segundo a agência das Nações Unidas para a Alimentação e a Agricultura, FAO, "O número de pessoas passando fome ao redor do planeta aumentou em mais de 152 milhões desde 2019", vejam bem, logo ali. "Isso significa que 9% da população mundial (733 milhões de pessoas) estão subnutridas. O problema é especialmente grave na África e na Ásia, mas também persiste em partes [outras] da América Latina". Abro aspas: "Mulheres e meninas são a maioria das pessoas em situação de fome no mundo. Pandemias, conflitos armados, eventos climáticos e subsídios agrícolas dos países ricos ampliam o alcance desse flagelo", fecho aspas.

    Em novembro, o Brasil lançará, no Rio de Janeiro, a Aliança Global contra a Fome e a Pobreza. Essa iniciativa será um dos principais resultados da presidência brasileira no G20 e estará aberta a todos os países do mundo.

    Portanto, senhoras e senhores, ficam os meus cumprimentos ao Presidente Lula pela fala nas Nações Unidas. Ele foi claro em sua fala. Foi um recado aos líderes mundiais, abordando temas essenciais para a sobrevivência do planeta.

    Essas questões estão conectadas aos direitos humanos, o que torna urgente sua priorização em ações globais e coletivas. Elas são decisões políticas que precisam ser tomadas agora com extrema, extrema urgência. O tempo está se esgotando. Estamos tratando das gerações presentes e futuras. A vida pede socorro. A responsabilidade é de todos.

    Era esta a síntese, Sr. Presidente Veneziano Vital do Rêgo, que aqui eu faço do que falou o Presidente Lula no dia de hoje na ONU.

    Obrigado, Presidente.


Este texto não substitui o publicado no DSF de 25/09/2024 - Página 8