Pronunciamento de Jorge Kajuru em 24/09/2024
Discurso durante a 138ª Sessão Deliberativa Extraordinária, no Senado Federal
Apoio ao Senador Eduardo Girão, candidato à Prefeitura de Fortaleza-CE, por ter sido retirado de um debate por ordem judicial. Críticas ao candidato à Prefeitura do município de São Paulo (SP) Pablo Marçal.
Celebração da redução da taxa de desemprego no Brasil e do aumento na criação de empregos formais em 2024, conforme dados do IBGE.
Anúncio da Sessão de Debates Temáticos, agendada para o dia 25 de setembro, com a finalidade de discutir os incêndios florestais e mudanças climáticas.
- Autor
- Jorge Kajuru (PSB - Partido Socialista Brasileiro/GO)
- Nome completo: Jorge Kajuru Reis da Costa Nasser
- Casa
- Senado Federal
- Tipo
- Discurso
- Resumo por assunto
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Atuação do Judiciário,
Eleições e Partidos Políticos:
- Apoio ao Senador Eduardo Girão, candidato à Prefeitura de Fortaleza-CE, por ter sido retirado de um debate por ordem judicial. Críticas ao candidato à Prefeitura do município de São Paulo (SP) Pablo Marçal.
-
Economia e Desenvolvimento,
Trabalho e Emprego:
- Celebração da redução da taxa de desemprego no Brasil e do aumento na criação de empregos formais em 2024, conforme dados do IBGE.
-
Mudanças Climáticas:
- Anúncio da Sessão de Debates Temáticos, agendada para o dia 25 de setembro, com a finalidade de discutir os incêndios florestais e mudanças climáticas.
- Publicação
- Publicação no DSF de 25/09/2024 - Página 11
- Assuntos
- Outros > Atuação do Estado > Atuação do Judiciário
- Outros > Eleições e Partidos Políticos
- Economia e Desenvolvimento
- Política Social > Trabalho e Emprego
- Meio Ambiente > Mudanças Climáticas
- Indexação
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- SOLIDARIEDADE, SENADOR, CANDIDATO, PREFEITO, PREFEITURA, FORTALEZA (CE), CENSURA, DEBATE, DECISÃO JUDICIAL.
- CRITICA, CANDIDATO, PREFEITO, PREFEITURA, SÃO PAULO (SP), PABLO MARÇAL.
- COMEMORAÇÃO, REDUÇÃO, TAXA, DESEMPREGO, CRIAÇÃO, EMPREGO, TRABALHO, LEVANTAMENTO, INSTITUTO BRASILEIRO DE GEOGRAFIA E ESTATISTICA (IBGE), CRESCIMENTO, PRODUTO INTERNO BRUTO (PIB), ECONOMIA.
- ANUNCIO, REALIZAÇÃO, SESSÃO ESPECIAL, SENADO, MEIO AMBIENTE, QUEIMADA, MUDANÇA CLIMATICA.
O SR. JORGE KAJURU (Bloco Parlamentar da Resistência Democrática/PSB - GO. Para discursar.) – Obrigado, como sempre, voz amada da nossa Paraíba – amada não pelos cabelos, pela credibilidade –, Veneziano Vital do Rêgo.
Brasileiras e brasileiros, minhas únicas vossas excelências, eu quero, de imediato, oferecer o meu apoio incondicional ao meu amigo pessoal, Senador Eduardo Girão, que vem a seguir, remotamente, de Fortaleza, onde ele sofreu brutais injustiça e censura no último debate de uma emissora de TV cearense – francamente, eu nem sei o nome da TV, e, assim que souber, é evidente que vou bater nela com vontade – e também na Justiça. Para mim, foi uma estupidez impressionante, jamais vista, porque o Senador Eduardo Girão, candidato a Prefeito de Fortaleza, participou do primeiro bloco do debate, e, de repente, ele foi retirado. Eu acho que nem no tempo da ditadura... Pelo amor de Deus!
E que fique bem claro aqui: o Eduardo Girão, de quem eu divirjo politicamente, às vezes, não é um Pablo Marçal. Ele não é nem aquela candidata tolinha do Partido Novo de São Paulo, que se serve de auxiliar do Marçal. E com o Marçal é evidente que o Girão não tem nada a ver.
Por falar em Marçal, eu quero discordar de muitos que o chamam de sociopata, psicopata. Ele não é nada disso; ele é picareta, mau-caráter, vigarista, sórdido! Ele não vale absolutamente nada. E eu costumo chamar esse tipo de gente de 17/1, de 17 de janeiro, que significa o quê? Significa 171. Se um sujeito desse participa de debate, por que um Eduardo Girão não tem o direito de participar de um debate?
Mas eu subo à tribuna, nesta terça-feira, 24 de setembro de 2024, para manifestar satisfação pelo quadro do emprego no Brasil, que, felizmente, só tem feito melhorar. Eu, que comecei a trabalhar com oito anos de idade, sei o quanto isso é importante.
Pois bem. O último levantamento divulgado pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística mostra que a taxa de desocupação, mais conhecida como taxa de desemprego, foi de 6,8% no trimestre encerrado em julho, segundo a Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios.
O índice de 6,8% fica bem abaixo do registrado no mesmo período do ano passado, que foi de 7,9%. Mais importante ainda: segundo o IBGE, essa é a menor taxa para um trimestre encerrado em julho desde o início da série histórica, em 2012.
Outro recorde atingido no trimestre encerrado em julho envolve a população ocupada, que, devido à alta de 1,2%, agora é estimada em 102 milhões de pessoas. Em contrapartida, Brasil brasileiro, o número absoluto de desocupados vem caindo: são 7,4 milhões de pessoas. Ainda é um enorme contingente, mas representa queda de 12,8% na comparação com o mesmo trimestre do ano passado.
O rendimento real de todos os trabalhos ficou estável no trimestre encerrado em julho. O valor é de R$3.206,00, que representa o crescimento de 4,8% no ano. Faço aqui tradução desse quadro favorável citando a Coordenadora de Pesquisas Domiciliares do IBGE, Adriana Beringui, abro aspas: "Temos uma melhoria importante da renda do trabalho e boa parte do consumo vem dessa renda. Há uma expansão do consumo das famílias, que gera mais demanda por bens e serviços e, por consequência, mais demanda por trabalho. O mercado de trabalho gera demanda para si próprio", fecho aspas.
Cabe aqui, então, lembrar a existência de um preceito econômico elaborado nos anos 1960 pelo economista norte-americano Arthur Okun, pelo qual o Produto Interno Bruto e a taxa de desemprego manteriam uma relação inversamente proporcional. Em outras palavras, senhoras e senhores, meus únicos patrões, o crescimento econômico aumenta à medida que aumenta a taxa de crescimento de emprego, ou seja, à medida que cai a taxa de desemprego. Que seja válido para o Brasil. A taxa de desemprego, em nosso país, fechou 2022 com 9,6%. Em 2023, primeiro ano do Governo Lula III, caiu para 7,8%. Agora, mais baixa ainda, está em 6,8%. Otimista como sempre, não tenho dúvida de que deve persistir o dinamismo do mercado de trabalho, fator decisivo para o crescimento da economia acima do esperado, apesar da torcida contrária de alguns setores, pois não generalizo.
Felizmente, como já cantou o meu amigo pessoal, o cearense Raimundo Fagner, na música Guerreiro Menino, "sem o seu trabalho, um homem não tem honra". Por isso, é preciso destacar: foram gerados 1,492 milhão postos com carteira assinada nos sete primeiros meses de 2024, mais do que em todo o ano passado, quando o número de empregos formais chegou a 1,483 milhão. Presidente Veneziano, minha torcida é só por mais um trabalho e por mais renda para todas as brasileiras e para os brasileiros.
Antes de agradecer, Presidente, quero anunciar, com muita satisfação, ao país inteiro que amanhã, a partir das 2 horas da tarde, a sessão será totalmente especial – e eu fui o propositor dela, prazerosamente – para um debate que, pela primeira vez na história do Senado Federal, será mundial, com especialistas dos maiores do Brasil e os maiores do mundo. No dia todo de amanhã, estaremos para a discussão mais importante do planeta neste momento: as queimadas, o meio ambiente, as questões ambientais.
Sei que Senadores estarão aqui presentes, cada um com o seu direito, democraticamente, de falar, mas o importante será mostrarmos amanhã – e eu vou fazer esse pedido aqui, antecipo – das três medidas que cada especialista, seja do Brasil, seja do exterior, canadense, americano, enfim, de qualquer lugar, que eles apresentem três medidas para que a gente tenha a solução desse tormento chamado queimadas, que chegam a quase 800 no Brasil neste momento. E que também respondam a uma frase preocupante de um especialista francês: ou o Brasil acaba com as queimadas, ou as queimadas acabam com o Brasil.
Agradecidíssimo.