Pela ordem durante a 150ª Sessão Deliberativa Ordinária, no Senado Federal

Em fase de revisão e indexação
Autor
Esperidião Amin (PP - Progressistas/SC)
Nome completo: Esperidião Amin Helou Filho
Casa
Senado Federal
Tipo
Pela ordem

    O SR. ESPERIDIÃO AMIN (Bloco Parlamentar Aliança/PP - SC. Pela ordem.) – Eu não posso deixar de reconhecer aqui a autoridade moral e política do Senador Omar Aziz pelas palavras que aqui proferiu. O meu pai nasceu no Líbano. Eu sou filho de imigrantes. A minha mãe, por circunstâncias da Primeira Guerra Mundial – a família dela fugiu da Itália, então atacada pelo Império Austro-Húngaro – e por um acidente de guerra, nasceu na Suíça, migrou de novo para Itália e, depois, veio para o Brasil, ela nasceu na Suíça. Então, como filho de imigrantes, eu não posso deixar de, em primeiro lugar, reconhecer a acuidade e a autoridade das palavras do Senador Omar Aziz e deplorar a loucura da guerra, a loucura, a insensatez que afeta o ser humano empregando tecnologia avançadíssima para fazer o mal e sem distinguir quem vai atingir.

    Então, muito mais do que uma colocação de juízo de valor, de pretender ser o justiceiro aqui ou de fazer justiça com as minhas palavras, eu quero que esta Casa se some a todos os esforços do Governo brasileiro e dos países que têm compromisso com a paz mundial para que essa maluquice seja interrompida, porque não tem explicação fazer matança indiscriminada em nome de um objetivo militar ou de segurança nacional. Todos os limites já foram alcançados.

    E a convenção que estabelece o que se classifica como genocídio é uma convenção da ONU de 1948. Todos os requisitos para enquadrar o que está acontecendo como genocídio – todos – já estão infelizmente satisfeitos, ou seja, estão preenchidos os requisitos nessas operações que acontecem na terra das religiões monoteístas. Senador Eduardo Braga, por ironia, o judaísmo, o islamismo e o cristianismo têm raízes lá. Todos se saúdam em nome da paz: "Shalom aleichem!". "Salaam aleikum!", a paz esteja contigo, e, infelizmente, caprichos indiscutivelmente maldosos. Eu não falo aqui de povo nenhum. Eu falo de líderes e, no caso específico, do líder do Estado de Israel, que o Brasil ajudou a criar, o Oswaldo Aranha.

    Esse povo criativo e inteligente está sendo dirigido por alguém...

(Soa a campainha.)

    O SR. ESPERIDIÃO AMIN (Bloco Parlamentar Aliança/PP - SC) – ... que, para preservar o poder e evitar o enfrentamento à Justiça, jamais fará força para encerrar a guerra.


Este texto não substitui o publicado no DSF de 30/10/2024 - Página 62