Discurso durante a 167ª Sessão Deliberativa Ordinária, no Senado Federal

Em fase de revisão e indexação
Autor
Izalci Lucas (PL - Partido Liberal/DF)
Nome completo: Izalci Lucas Ferreira
Casa
Senado Federal
Tipo
Discurso

    O SR. IZALCI LUCAS (Bloco Parlamentar Vanguarda/PL - DF. Para discursar.) – Obrigado, Presidente.

    Srs. Senadores, Sras. Senadoras, Presidente, em vez de anunciar cortes significativos e duradouros nos gastos, o Governo gasta em festividades culturais sem público e ainda passa vergonha com o xingamento da Primeira-Dama na COP 20. Não é vergonha alheia, é vergonha nossa. Mesmo com a pressão do Banco Central sobre a necessidade de uma política fiscal sólida, o Governo Lula mantém um discurso de gastos, ignorando os impactos econômicos e ameaçando a estabilidade financeira do país. Se o Brasil fosse uma orquestra, o maestro estaria perdido no compasso.

    O Comitê de Política Monetária (Copom), do Banco Central, emitiu mais de um alerta. Mostrou que a desafinação é grande e audível. A batuta do maestro foi um pedido desesperado por seriedade fiscal.

    Srs. Senadores e Sras. Senadoras, a decisão de elevar a taxa Selic para 11,85% ao ano mostra o engajamento do Banco Central em controlar a inflação. Mas o discurso de membros do Governo, especialmente o Presidente, parece seguir uma trilha sonora própria, desafinada e alheia às graves implicações econômicas dos seus atos.

    A realidade é clara: a inflação acumulada já rompeu o teto da meta para 2024, com projeções alarmantes que indicam um futuro de mais juros e menos crescimento. E o Banco Central, em tom quase pedagógico, nota por nota, relembra que apenas uma abordagem séria e estrutural pode estabilizar a dívida e dar fôlego à economia.

    Contudo, o discurso do Governo é permeado de promessas de gastos sem critério, é desafinado, o que inevitavelmente conduz o país a uma deterioração das expectativas econômicas, com projeções alarmantes que indicam um futuro de mais juros e menos crescimento, mas o discurso do Governo é permeado de promessas de gastos sem critério, o que inevitavelmente conduz o país à deterioração da expectativa econômica. É nota para tudo quanto é lado e sinfonia só desafinada.

    O Banco Central não está pedindo cortes superficiais ou meros adiamentos de despesa. Ele clama por uma mudança estrutural, uma revisão completa de uma política fiscal inchada e ineficaz, que hoje opera em contraponto com os esforços de controle monetário. Mas, enquanto o Banco Central defende o uso responsável dos recursos e a necessidade de uma política fiscal austera, o Governo prioriza eventos e promessas populistas. E, nessa dança caótica, quem paga o preço é o cidadão brasileiro, cuja renda já é corroída pela inflação crescente.

    Senhoras e senhores, é curioso observar como, em vez de assumir a responsabilidade e endereçar a crise fiscal, o Governo opta por uma narrativa dissonante que ignora a necessidade de ajustes profundos. Sabemos que, nos bastidores, o Ministro da Fazenda e o Vice-Presidente reafirmam um compromisso raso com a responsabilidade fiscal, enquanto o Presidente Lula adota uma postura de festa e gastos, insistindo em financiar projetos valiosos que não cabem em um Orçamento que já está no limite.

    A ironia de discutir financiamentos para festas culturais em um momento de contenção fiscal é apenas mais uma nota dissonante em uma partitura do maestro que deveria priorizar o equilíbrio e a sustentabilidade econômica. Não tem batuta ou não sabe como usá-la, é maestro de mentirinha. Notas dissonantes não são boas para o ouvido, a não ser que sejam tão bem agregadas que a dissonância nos traga algo a sentir e a pensar. Não é o caso. Essa nota que ora temos que ouvir não é música, é barulho ensurdecedor. O resultado dessa postura paradoxal é a criação de uma espiral de descrédito dos investidores, atentos ao desenrolar dessa incoerência política. Reagiram elevando a curva dos juros futuros, e o Tesouro paga um preço altíssimo para financiar a sua dívida. Atenção: em vez de promover um ambiente de segurança para os investidores, o Governo flerta com políticas irresponsáveis, que minam a confiança e afastam o capital necessário para o desenvolvimento sustentável do Brasil.

    O Banco Central, por sua vez, avisa que, caso o Governo continue no ritmo atual, prolongará o ciclo de alta de juros, uma medida impopular, mas indispensável para controlar a inflação. Quando o Executivo se recusa a fazer a sua parte e aposta na festa e mais luxo no Alvorada, agora com a cachoeira para a dança das carpas, o mercado já vê o Brasil como um risco maior. O cenário atual exige ações decisivas e cortes reais dos gastos públicos. Assim, enquanto o Banco Central soa o alarme com rigor técnico e analítico, o país segue tocando a sinfonia desastrosa. Com cada nota vem um novo desvio, com cada som um roteiro de irresponsabilidade, e o futuro da sinfonia de um Brasil mais rico, próspero e democrático torna-se ainda mais longe e sombrio.

    Nesses últimos dias, um dos mais importantes jornais do mundo, o The Wall Street Journal, divulgou artigo que coloca o Brasil desgovernado por Lula.

    A publicação do The Wall Street, conhecido por sua seriedade e por pautar o debate global sobre economia e política, colocou Lula como símbolo do declínio econômico e antidemocrático do Brasil e da América Latina e, sobretudo, uma ameaça à estabilidade da região.

    O artigo faz uma análise profunda e implacável da gestão petista, apontando para um cenário de desordem econômica, incompetência administrativa e autoritarismo disfarçado de democracia. Enquanto Lula tenta vender ao mundo a narrativa de que seu Governo é voltado para os pobres, os números não mentem: o Brasil está mergulhado em uma crise fiscal, inflação em alta e fuga de investimentos, tudo em consequência direta das políticas desastrosas do PT.

    O artigo não poupa palavras ao descrever Lula como um dos principais responsáveis pelo colapso das economias da América Latina. Sob a sua liderança, o Brasil, que já foi visto como uma potência emergente, está hoje à beira do abismo econômico.

     Para o The Wall Street, Lula não é apenas um problema para o Brasil, mas uma ameaça global, pois sua influência corrosiva se espalha como uma doença pela América Latina.

(Soa a campainha.)

    O SR. IZALCI LUCAS (Bloco Parlamentar Vanguarda/PL - DF) – O artigo deixa bastante clara a aproximação de Lula com os regimes autoritários de Nicolás Maduro e Daniel Ortega, afirmando que a sua postura mina os valores democráticos e envia um péssimo recado ao mundo.

    O Brasil, sob o PT, paga preço alto com suas políticas populistas que estão levando-o a um cenário de desindustrialização, aumento da pobreza e estagnação econômica. Enquanto isso, o Presidente continua distribuindo benesses para aliados políticos, ampliando privilégios para sindicatos e expandindo o Estado inchado e ineficiente.

    O artigo afirma: "Lula está construindo um ambiente hostil para negócios, desestimulando o empreendedorismo e espantando capitais estrangeiros".

(Interrupção do som.)

(Soa a campainha.)

    O SR. IZALCI LUCAS (Bloco Parlamentar Vanguarda/PL - DF) – Além disso, o jornal também expõe o ataque (Fora do microfone.) à liberdade de expressão. A tentativa de censura às redes sociais e as perseguições a opositores são evidências de que o Governo atual não tolera críticas e busca transformar o Brasil em um Estado controlado pelo PT.

    Sr. Presidente, para terminar, o resultado de tudo isso é o declínio moral e democrático.

    O texto termina com um alerta: Lula não é apenas uma ameaça ao Brasil, mas ao mundo. Sua visão de um Estado centralizador e aliado a regimes autoritários é um modelo falido que pode levar toda a América Latina ao colapso. E mais: enquanto Lula continuar no poder, o Brasil estará destinado ao fracasso, e a região, ao retrocesso.

(Soa a campainha.)

    O SR. IZALCI LUCAS (Bloco Parlamentar Vanguarda/PL - DF) – Para finalizar, como cidadão brasileiro, representante da população nesta Casa Maior, eu quero aqui dizer a todos, cujos votos elegeram os Senadores de seu estado, que entrem em contato com eles e peçam-lhes que atuem em nome do povo brasileiro antes que o completo desastre aconteça. É aqui que está a representação das instituições legais e institucionais. Que façam valer o seu voto.

    Muito obrigado, Presidente.


Este texto não substitui o publicado no DSF de 27/11/2024 - Página 81