Pronunciamento de Humberto Costa em 03/12/2024
Comunicação inadiável durante a 172ª Sessão Deliberativa Ordinária, no Senado Federal
Comentários sobre o crescimento econômico brasileiro, em tese, consistente do último trimestre e considerações sobre o conjunto de medidas recentemente anunciado pelo Ministro da Fazenda, Fernando Haddad. Críticas aos integrantes do mercado financeiro por insistir no corte de gastos públicos, principalmente aqueles destinados à população em vulnerabilidade.
- Autor
- Humberto Costa (PT - Partido dos Trabalhadores/PE)
- Nome completo: Humberto Sérgio Costa Lima
- Casa
- Senado Federal
- Tipo
- Comunicação inadiável
- Resumo por assunto
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Economia e Desenvolvimento,
Governo Federal:
- Comentários sobre o crescimento econômico brasileiro, em tese, consistente do último trimestre e considerações sobre o conjunto de medidas recentemente anunciado pelo Ministro da Fazenda, Fernando Haddad. Críticas aos integrantes do mercado financeiro por insistir no corte de gastos públicos, principalmente aqueles destinados à população em vulnerabilidade.
- Publicação
- Publicação no DSF de 04/12/2024 - Página 17
- Assuntos
- Economia e Desenvolvimento
- Outros > Atuação do Estado > Governo Federal
- Indexação
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- BRASIL, CRESCIMENTO ECONOMICO, PRODUTO INTERNO BRUTO (PIB), INDUSTRIA, CONSTRUÇÃO CIVIL, PROGRAMA MINHA CASA MINHA VIDA (PMCMV), CONSUMO, FAMILIA, CRITICA, BANCO CENTRAL DO BRASIL (BACEN), JUROS, TAXA SELIC, ELOGIO, MINISTRO DE ESTADO, MINISTERIO DA FAZENDA (MF), FERNANDO HADDAD, ISENÇÃO, IMPOSTO DE RENDA, MERCADO FINANCEIRO, COTAÇÃO, MOEDA ESTRANGEIRA, DOLAR.
O SR. HUMBERTO COSTA (Bloco Parlamentar da Resistência Democrática/PT - PE. Para comunicação inadiável.) – Sr. Presidente, Sras. Senadoras, Srs. Senadores, público que nos acompanha pelos serviços de comunicação do Senado e que nos segue pelas redes sociais.
Sr. Presidente, o Brasil registra mais um trimestre de crescimento econômico consistente, segundo dados do IBGE divulgados na manhã de hoje, mostrando assim a trajetória virtuosa que estamos trilhando sob o Governo do Presidente Lula.
O último trimestre marcou, em relação aos três meses anteriores, 0,9% de expansão do Produto Interno Bruto, a 15ª alta seguida, novamente em valor superior ao que era esperado pelo mercado, que estava na casa de 0,8%. Entre 36 países, fomos o oitavo que mais cresceu, ao lado da China e à frente dos Estados Unidos, do Japão e de países da União Europeia.
Em relação ao mesmo período de 2023, crescemos 4%. Somente nos sete primeiros meses deste ano, a marca é de 3,3%, puxados, especialmente, pelo setor de serviços, pela indústria e pela agropecuária. Na indústria, especificamente, a construção civil tem mostrado um extraordinário desempenho, como prova da expansão do setor imobiliário e de projetos exitosos na área de moradia popular, como o que empreendemos com o Minha Casa, Minha Vida.
É preciso destacar também que já são 14 meses consecutivos em que o consumo das famílias sobe, mostrando que o recorde histórico de empregos, de empresas abertas e de aumento de renda tem levado as pessoas a comprarem mais, a consumirem mais e a promoverem o aquecimento da atividade econômica. Em valores correntes, o nosso Produto Interno Bruto já totaliza R$3 trilhões. São vitórias reiteradamente conquistadas a despeito da extorsiva e indecente taxa básica de juros, uma das maiores do planeta, que tenta asfixiar a nossa economia e prejudicar o nosso crescimento. Ainda assim, estamos dando constantes e expressivas demonstrações de solidez e consistência econômica, além de responsabilidade fiscal.
O conjunto de medidas recentemente anunciado pelo Ministro da Fazenda, Fernando Haddad, é coerente com essa linha, dada a sua ampla dimensão política e social, que reduz a expansão dos gastos, ao tempo em que promove uma louvável reforma na renda. Vamos trabalhar para eliminar distorções, como as havidas com os escandalosos supersalários, regimes previdenciários descolados da realidade e em benefícios sociais desvirtuados, a exemplo dos de prestação continuada, que foram criados para amparar idosos pobres e cresceram de R$30 bilhões para R$120 bilhões, nos últimos anos, por falta de regras mais claras para a sua concessão.
Ao mesmo tempo, iremos isentar do Imposto de Renda aqueles que ganham até R$5 mil, levando quem recebe R$50 mil ou mais – e hoje pagam pouco ou nada – a contribuírem com até 10% dos seus rendimentos. É um critério de justiça tributária e social que levará 100 mil brasileiros a pagarem mais para que 36 milhões de pessoas possam pagar menos.
(Interrupção do som.)
(Soa a campainha.)
O SR. HUMBERTO COSTA (Bloco Parlamentar da Resistência Democrática/PT - PE) – ... divulgados demonstram a extraordinária vitalidade da nossa economia, das nossas contas, as insofismáveis conquistas sociais que temos amealhado. Por isso, esse histrionismo do mercado financeiro que faz o dólar disparar e as bolsas caírem, que pressiona por uma taxa de juros sempre elevada, que não encontra respaldo em dados fáticos nem tem lastro na realidade, não pode ser visto como outra coisa que não a forma de rentistas se darem bem a partir desse capital vadio que cresce na especulação, sem produzir rigorosamente nada ao país.
Vou concluir, Sr. Presidente.
É a vilania de quem quer cortes e mais cortes, especialmente sobre os mais pobres, de quem quer comprar estatais...
(Soa a campainha.)
O SR. HUMBERTO COSTA (Bloco Parlamentar da Resistência Democrática/PT - PE) – ... na bacia das almas, de quem quer embolsar os polpudos dividendos da Petrobras sem qualquer preocupação com o Brasil.
São os velhacos de sempre, hoje nomeados como "faria limers". Não enganam ninguém, nem vão pautar o nosso Governo e as nossas políticas, que venceram as eleições e serão implementadas conforme a vontade soberana do nosso povo.
Muito obrigado, Sr. Presidente,
Muito obrigado, Sras. Senadoras e Srs. Senadores.