Discussão durante a 186ª Sessão Deliberativa Ordinária, no Senado Federal

Discussão sobre o Projeto de Lei (PL) n° 4932, de 2024, que "Dispõe sobre a utilização, por estudantes, de aparelhos eletrônicos portáteis pessoais nos estabelecimentos públicos e privados de ensino da educação básica".

Autor
Astronauta Marcos Pontes (PL - Partido Liberal/SP)
Nome completo: Marcos Cesar Pontes
Casa
Senado Federal
Tipo
Discussão
Resumo por assunto
Crianças e Adolescentes, Educação Básica, Saúde:
  • Discussão sobre o Projeto de Lei (PL) n° 4932, de 2024, que "Dispõe sobre a utilização, por estudantes, de aparelhos eletrônicos portáteis pessoais nos estabelecimentos públicos e privados de ensino da educação básica".
Publicação
Publicação no DSF de 19/12/2024 - Página 89
Assuntos
Política Social > Proteção Social > Crianças e Adolescentes
Política Social > Educação > Educação Básica
Política Social > Saúde
Matérias referenciadas
Indexação
  • DISCUSSÃO, PROJETO DE LEI, CRIAÇÃO, LEI FEDERAL, PROIBIÇÃO, UTILIZAÇÃO, APARELHO ELETRONICO, TELEFONE CELULAR, ESTUDANTE, ESTABELECIMENTO DE ENSINO, EDUCAÇÃO BASICA, ENSINO PARTICULAR, ENSINO PUBLICO, PERIODO, AULA, INTERVALO, OBJETIVO, SALVAGUARDA, SAUDE, SAUDE MENTAL, CRIANÇA, ADOLESCENTE, EXCEÇÃO, ACESSIBILIDADE, INCLUSÃO, GARANTIA, DIREITOS, MEDIDA, PREVENÇÃO, ACOLHIMENTO.

    O SR. ASTRONAUTA MARCOS PONTES (Bloco Parlamentar Vanguarda/PL - SP. Para discutir.) – Obrigado, Presidente.

    Eu trabalho com tecnologia, basicamente, a minha vida inteira. E uma coisa importante de se ressaltar é que a tecnologia, o celular ou qualquer outro tipo de tecnologia, primordialmente, é criada para auxiliar, melhorar a qualidade de vida e uma série de outros fatores positivos para o ser humano. Contudo, muitas vezes a tecnologia concorre com o desenvolvimento humano. É fácil a gente entender isso aí, por exemplo, no uso de GPS. Duvido que alguém, hoje em dia, navegue sem o GPS e, muitas vezes, para duas quadras, tem que usar o GPS. Se perder o GPS parece que não consegue raciocinar mais sobre como navegar para algum lugar.

    Isso acontece com o celular. O celular tem uma característica muito interessante. Ele aproxima quem está longe e afasta quem está perto. Muitas vezes você vê numa mesa, em algum lugar, as pessoas, cada um com um celular, ninguém conversa entre si e conversa com alguém, sei lá onde. E isso é bastante prejudicial para a formação dos jovens, quando eles não interagem, porque faz parte do desenvolvimento de competências, como o secretário sabe. Além do conhecimento, você tem que ter habilidade e atitude, e esse desenvolvimento do ser humano, ao longo desse tempo, muitas vezes é prejudicado pelo uso de tecnologia no horário errado.

    Outra coisa é a tendência natural do ser humano de sempre buscar a menor energia. Portanto, é muito mais fácil, em vez de eu pensar algum resultado, eu olhar no celular, digitar aqui e procurar a resposta. Eu lembro que, no nosso tempo, Omar, nós tínhamos que decorar a tabuada – lembra-se desse negócio? –, nós tínhamos que pensar nas coisas. Hoje em dia é muito mais fácil eu olhar rapidamente aqui e ver o resultado.

    Quero lembrar que a escola está desenvolvendo competências, e não é compatível, no momento da escola, a gente ter isso aqui. Existe, sim, a possibilidade de utilização didática de alguns aplicativos, coordenados pedagogicamente, para que sejam utilizados no momento correto. Usados da forma correta, eles podem ajudar bastante.

    E a gente tem que começar a pensar também na utilização de inteligência artificial na educação, que vai ser outra questão muito grande a ser tomada, porque aí é a utilização em nível 5, vamos chamar assim. A gente não pode deixar que a inteligência artificial substitua o cérebro das crianças, ela tem que ficar no seu lugar como auxiliar. Então, é outra coisa em que a gente vai ter que pensar muito no setor de educação para resolver.

    Mas eu acho muito meritório esse projeto.

    Obrigado.


Este texto não substitui o publicado no DSF de 19/12/2024 - Página 89