Pronunciamento de Izalci Lucas em 26/03/2025
Discurso durante a 6ª Sessão Solene, no Congresso Nacional
Sessão Solene do Congresso Nacional destinada ao lançamento da Agenda Legislativa do Agro CNA 2025, convocada pelo Presidente do Congresso Nacional, em atendimento ao Requerimento do Congresso Nacional nº 3, de 2025.
- Autor
- Izalci Lucas (PL - Partido Liberal/DF)
- Nome completo: Izalci Lucas Ferreira
- Casa
- Congresso Nacional
- Tipo
- Discurso
- Resumo por assunto
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Agropecuária e Abastecimento { Agricultura , Pecuária , Aquicultura , Pesca },
Comércio,
Meio Ambiente,
Trabalho e Emprego:
- Sessão Solene do Congresso Nacional destinada ao lançamento da Agenda Legislativa do Agro CNA 2025, convocada pelo Presidente do Congresso Nacional, em atendimento ao Requerimento do Congresso Nacional nº 3, de 2025.
- Publicação
- Publicação no DCN de 27/03/2025 - Página 88
- Assuntos
- Economia e Desenvolvimento > Agropecuária e Abastecimento { Agricultura , Pecuária , Aquicultura , Pesca }
- Economia e Desenvolvimento > Indústria, Comércio e Serviços > Comércio
- Meio Ambiente
- Política Social > Trabalho e Emprego
- Matérias referenciadas
- Indexação
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- SESSÃO SOLENE, CONGRESSO NACIONAL, LANÇAMENTO, AGENDA LEGISLATIVA, CONFEDERAÇÃO DA AGRICULTURA E PECUARIA DO BRASIL (CNA), ANO CIVIL, DEBATE, ASSUNTO, RELEVANCIA, ECONOMIA NACIONAL, EXPORTAÇÃO, EQUILIBRIO, BALANÇA COMERCIAL, EMPREGO, RENDA, GARANTIA, SEGURANÇA, SEGURANÇA ALIMENTAR, MUDANÇA CLIMATICA.
O SR. IZALCI LUCAS (Bloco/PL - DF. Para discursar. Sem revisão do orador.) – Sr. Presidente, Sras. Senadoras e Srs. Senadores, Presidente da CNA, meu querido João Martins da Silva Junior, quero cumprimentar a minha querida Senadora e sempre Ministra Tereza Cristina – você ficou muito bem ali, Cristina, na Presidência, antes de o Eduardo chegar –; cumprimentar também a nossa Deputada Marussa Boldrin e o Deputado Federal Pedro Lupion, que é o nosso Presidente da Frente Parlamentar do Agro; cumprimentar também o José Mário, que é o nosso Vice-Presidente da CNA; e cumprimentar cada um dos presidentes das federações.
Como o tempo é breve, quero aqui, mais uma vez, parabenizar a Senadora Tereza e a Deputada Marussa pela iniciativa.
E também quero agradecer a todo o Sistema S de um modo geral, em especial o Senar, pelo apoio, pela qualificação profissional. O Governo não tem feito a sua parte, porque... O Governo, quando não atrapalha, já ajuda muito, mas, lamentavelmente, eles atrapalham demais. Basta ver a agenda. Se a gente pegar a agenda legislativa, aqui tem: o que apoia, o que apoia parcialmente e o que não apoia. E podem verificar que, na agenda, o que não apoia ou é do Partido dos Trabalhadores ou é do Executivo. É incrível! Hoje, nós não temos mais mão de obra qualificada, nem no campo, nem na cidade. Então, a responsabilidade da qualificação agora fica com os empresários.
Eu aprendi aqui que sabedoria é saber reconhecer o óbvio, óbvio. Eu fui o Presidente da Comissão que aprovou a MP 879, que gerou a lei 13.465, da regularização fundiária.
Quando o Presidente Zequinha fala que a Amazônia não tem escritura, não é a Amazônia, não! Aqui no DF ninguém tem escritura. Aqui na área rural, ninguém tem escritura. Tem o PAD/DF, que está aqui desde 1982. Essa terra não valia nada, eles vieram para cá e hoje tem uma produtividade maravilhosa. E agora querem cobrar 28 mil o hectare, coisa que na época, Tereza, quando você foi Ministra, nós entregamos mais de mil escrituras no Incra a duzentos e poucos reais, porque o objetivo da lei não era especular, era titularizar. E, para fazer investimento, você tem que ter o título. Ninguém investe, ninguém faz nenhum projeto se não tiver escritura.
É óbvio que nós temos que aprovar a regularização fundiária. É óbvio que as pessoas têm que ter o título de propriedade para poder pegar financiamento, para poder investir. É óbvio que nós temos que ter uma política de qualificação profissional. Hoje, você não consegue mais ninguém. Está aqui o Jaime... O Jaime apresentou o projeto, porque hoje o Bolsa Família... Nós temos mais Bolsa Família no Brasil do que carteira assinada. Se você precisar de alguém hoje para ganhar até R$3 mil, você não consegue. As pessoas não querem mais trabalhar.
Somente 20% dos nossos jovens do ensino médio entram na faculdade; 80% ficam na geração nem-nem, que não estuda e não trabalha, e não foram qualificados. E essa pauta da qualificação profissional – e também tive o privilégio de presidir a Comissão do Novo Ensino Médio – tinha este objetivo, de fazer como fazíamos antes, que era a qualificação no ensino médio, para os jovens saírem de lá com uma profissão. Hoje, você não consegue mais ninguém. Imaginem na área rural a dificuldade que é para encontrar hoje alguém para trabalhar!
(Soa a campainha.)
O SR. IZALCI LUCAS (Bloco/PL - DF) – Então, isso é papel do Governo.
O nosso problema hoje também é da porteira para fora, não tem infraestrutura. E eu não poderia deixar aqui de lembrar e sempre elogiar o meu ex-amigo – né? Porque faleceu, mas continua no coração de todo mineiro e de quem acompanhou aqui a trajetória dele –, meu amigo Eliseu Alves, Alysson Paolinelli, que tiveram a ousadia de mandar alguns pesquisadores para fora, alguns estudantes e fizeram a revolução do agro. Hoje, um dos orgulhos nossos do Brasil é o agro, que você fala com a boca cheia; a Embrapa, que fica com o pires na mão todo ano para ter orçamento. Este ano deu uma melhoradazinha, mas, até o ano passado, Sr. Presidente, 70% do orçamento era emenda parlamentar.
Então, a gente precisa reconhecer o óbvio, parabenizar realmente a participação de todos...
(Soa a campainha.)
O SR. IZALCI LUCAS (Bloco/PL - DF) – ... o Presidente pela atuação; a confederação; o Pensar Agro, que tem contribuído muito. Vocês inovaram, inclusive, o processo das frentes parlamentares aqui, porque as Comissões, que eram tradicionalmente a discussão aqui nesta Casa, viraram questão partidária, ideológica. Então, o que funciona hoje no Congresso Nacional são as frentes parlamentares. E está de parabéns, porque foi a primeira frente que hoje faz a diferença, a Frente Parlamentar da Agropecuária!
Então, parabéns pela iniciativa e vida longa ao agro!
Obrigado. (Palmas.)