Pronunciamento de Sergio Moro em 26/03/2025
Discurso durante a 6ª Sessão Solene, no Congresso Nacional
Sessão Solene do Congresso Nacional destinada ao lançamento da Agenda Legislativa do Agro CNA 2025, convocada pelo Presidente do Congresso Nacional, em atendimento ao Requerimento do Congresso Nacional nº 3, de 2025.
- Autor
- Sergio Moro (UNIÃO - União Brasil/PR)
- Nome completo: Sergio Fernando Moro
- Casa
- Congresso Nacional
- Tipo
- Discurso
- Resumo por assunto
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Agropecuária e Abastecimento { Agricultura , Pecuária , Aquicultura , Pesca },
Comércio,
Meio Ambiente,
Trabalho e Emprego:
- Sessão Solene do Congresso Nacional destinada ao lançamento da Agenda Legislativa do Agro CNA 2025, convocada pelo Presidente do Congresso Nacional, em atendimento ao Requerimento do Congresso Nacional nº 3, de 2025.
- Publicação
- Publicação no DCN de 27/03/2025 - Página 90
- Assuntos
- Economia e Desenvolvimento > Agropecuária e Abastecimento { Agricultura , Pecuária , Aquicultura , Pesca }
- Economia e Desenvolvimento > Indústria, Comércio e Serviços > Comércio
- Meio Ambiente
- Política Social > Trabalho e Emprego
- Matérias referenciadas
- Indexação
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- SESSÃO SOLENE, CONGRESSO NACIONAL, LANÇAMENTO, AGENDA LEGISLATIVA, CONFEDERAÇÃO DA AGRICULTURA E PECUARIA DO BRASIL (CNA), ANO CIVIL, DEBATE, ASSUNTO, RELEVANCIA, ECONOMIA NACIONAL, EXPORTAÇÃO, EQUILIBRIO, BALANÇA COMERCIAL, EMPREGO, RENDA, GARANTIA, SEGURANÇA, SEGURANÇA ALIMENTAR, MUDANÇA CLIMATICA.
O SR. SERGIO MORO (Bloco/UNIÃO - PR. Para discursar. Sem revisão do orador.) – Bom dia a todos.
Quero cumprimentar, primeiro, todos os integrantes da mesa, na pessoa do Senador Eduardo Gomes; a nossa incrível Senadora Tereza Cristina, liderança aqui no agro, do Congresso Nacional; o Deputado e nosso amigo do Paraná, Pedro Lupion, também à frente da FPA; o João Martins, da CNA; o Sr. Schreiner; todas as lideranças rurais aqui presentes, tomo a liberdade de cumprimentá-las todas na pessoa do representante do meu estado, da Faep, o Ágide Meneguette; Senadores, Senadoras e representantes do agro.
Olha, nós vivemos num país em que às vezes parece que não temos nem lei nem justiça, mas nós temos que reconhecer o que nós temos de positivo, e um grande marco positivo do nosso país é o agro. O agro mostra toda a sua pujança, toda a sua força, toda a sua importância para o país com essa supersafra. Mesmo com todas as dificuldades, mesmo com insegurança, mesmo às vezes com um juízo negativo por parte de algumas autoridades governamentais, mesmo não sendo reconhecido, o agro vai salvar o Brasil da recessão neste primeiro semestre e talvez até contribuir com um saldo de crescimento positivo ao final deste ano, mas vai adiar um momento muito ruim dentro da nossa economia.
Mas a grande pergunta que nós fazemos é: até quando? Até quando que o agro consegue manter essa pujança dentro de um ambiente que muitas vezes é hostil? E, apesar dessa pujança, agora nós temos um desafio ainda maior em nível internacional, porque em nível internacional nós temos um cenário de bastante incerteza. Há quem fale já em recessão internacional, há o problema das tarifas que tem assombrado a economia brasileira. E, nesse cenário, nós temos que fazer nossa lição de casa: as contas públicas têm que ser colocadas no lugar, porque isso afeta diretamente a nossa economia – os juros lá em cima, e aí não há Plano Safra que aguente um juro de quatorze e tantos por cento, o subsídio tem que ser cada vez maior, e a economia não se segura, não se sustenta. E a gente sabe que nem todo mundo consegue o crédito necessário ali dentro do Plano Safra.
Como se não bastasse, nós voltamos a um tempo que imaginávamos que estava superado. Eu vivi isto lá no Paraná, Senadora Tereza, o tempo em que se invadia a terra e que tinha insegurança jurídica e não tinha reintegração, não tinha justiça. A gente reclama, e com razão, de algumas injustiças que nós estamos vendo hoje aqui no Supremo Tribunal Federal – e todos nós ficamos chocados esta semana. Isto não tem a ver com o agro, mas tem que se dizer: a injustiça que é uma pena de 14 anos para aquela senhora, mãe de família, que pintou no batom. E, claro, não tem nada a ver com o agro, mas essa é uma coisa que traz insegurança para nós também. Se podem fazer isso com essa pessoa, podem fazer isso com qualquer outra pessoa dentro deste país.
Mas não é só essa denegação de justiça que acontece. No nosso Estado do Paraná – o Ágide sabe – tem terra invadida e não tem reintegração, e quando tem uma reintegração, de repente, vem lá uma decisão que gera a suspensão.
Enfim, nós temos que valorizar o agro não só no discurso...
(Soa a campainha.)
O SR. SERGIO MORO (Bloco/UNIÃO - PR) – ... mas dentro das políticas públicas.
Nós temos aqui que reconhecer que o Congresso, liderado por pessoas como a Tereza, como o Lupion, nesse campo, pelo menos, do agro, tem aprovado uma agenda legislativa positiva, muito por conta da pujança do setor, também do esforço das lideranças do setor privado, e nós temos avançado.
Mas nós temos também que começar a nos indagar até quando a pujança do agro consegue resistir nesse cenário desafiador. É um cenário que é ilustrado pelo fato de que, se vai ter algo que vai reduzir a inflação de alimentos nesse ano no país, vai ser essa supersafra. E, ainda assim, eu tenho certeza de que não vai ter reconhecimento do Governo Federal. Ao contrário, o Governo Federal já encontrou o culpado: "É o produtor de ovo, ambicioso, que manipula o preço e o joga para cima, para, de alguma forma, prejudicar a população e o Governo".
(Soa a campainha.)
O SR. SERGIO MORO (Bloco/UNIÃO - PR) – Um discurso absolutamente falso, falaz e que não reflete o valor que nós devemos dar ao agro brasileiro.
Mas os senhores e as senhoras podem ter certeza de que essa injustiça não passa despercebida e de que há aqui os defensores, no Congresso, do agro brasileiro. Vamos continuar lutando!
Muito obrigado. (Palmas.)