Discurso durante a 33ª Sessão Deliberativa Ordinária, no Senado Federal

Análise comparativa entre as ações do Governo Bolsonaro no enfrentamento à estiagem que atingiu o Rio Grande do Sul em 2022 e do Governo Lula diante das enchentes que ocorreram no mesmo Estado em 2024, enfatizando o papel desempenhado por S. Exa. e pelo Ministro dos Transportes, Sr. Renan Filho, ante esses eventos climáticos extremos.

Autor
Jorge Kajuru (PSB - Partido Socialista Brasileiro/GO)
Nome completo: Jorge Kajuru Reis da Costa Nasser
Casa
Senado Federal
Tipo
Discurso
Resumo por assunto
Calamidade Pública e Emergência Social, Economia e Desenvolvimento, Governo Estadual, Governo Federal, Meio Ambiente:
  • Análise comparativa entre as ações do Governo Bolsonaro no enfrentamento à estiagem que atingiu o Rio Grande do Sul em 2022 e do Governo Lula diante das enchentes que ocorreram no mesmo Estado em 2024, enfatizando o papel desempenhado por S. Exa. e pelo Ministro dos Transportes, Sr. Renan Filho, ante esses eventos climáticos extremos.
Publicação
Publicação no DSF de 07/05/2025 - Página 35
Assuntos
Política Social > Proteção Social > Calamidade Pública e Emergência Social
Economia e Desenvolvimento
Outros > Atuação do Estado > Governo Estadual
Outros > Atuação do Estado > Governo Federal
Meio Ambiente
Indexação
  • ANALISE, COMPARAÇÃO, PLANO DE AÇÃO, GOVERNO FEDERAL, EX-PRESIDENTE DA REPUBLICA, JAIR BOLSONARO, PRESIDENTE DA REPUBLICA, LUIZ INACIO LULA DA SILVA, SECA, INUNDAÇÃO, ESTADO DO RIO GRANDE DO SUL (RS), ENFASE, PAPEL, ORADOR, MINISTRO, MINISTERIO DOS TRANSPORTES (MTR), RENAN FILHO.

    O SR. JORGE KAJURU (Bloco Parlamentar da Resistência Democrática/PSB - GO. Para discursar.) – Amigo Chico Rodrigues, referência indiscutível da nossa amada Roraima, brasileiras e brasileiros, minhas únicas vossas excelências, sou justo e creio que é insofismavelmente correto fazer aqui esse registro de reconhecimento, da tribuna do Senado Federal, nesta terça-feira, 6 de maio de 2025, para falar sobre a tragédia provocada pelas chuvas do Rio Grande do Sul, lá no nosso estado gaúcho, completando um ano.

    Lá estive várias vezes, fui um Parlamentar dos poucos, inclusive entre os gaúchos. Há o reconhecimento do estado por este fato: repassei, de minhas emendas, R$5 milhões para o povo do Rio Grande do Sul, entregues nas mãos do Governador tucano. Também entreguei de presente uma casa para um casal com um filho, quando lá participei com Paulo Paim, com o General Hamilton Mourão e com Leila do Vôlei, da nossa Comissão, que fazia parte de cuidados com o Rio Grande do Sul.

    Eu tomo aqui a decisão de discorrer a respeito, depois da conversa que tive dias atrás com um ministro acima de todas as médias e que vai ficar na história sem nenhuma dúvida – dos Transportes, Renan Filho –, uma revelação indiscutível do Governo Lula 3 e, como executivo, repito, acima de todas as médias. Ele me mostrou com números o quanto sensibilidade social, empatia e bom senso podem fazer diferença na maneira de agir dos governantes e como isso impacta o bem-estar dos governos e dos governados.

    O exemplo usado foi o que aconteceu nos últimos anos no Rio Grande do Sul, uma das unidades da Federação que mais tem sofrido com os eventos climáticos extremos. Em curto período, o estado sofreu com dois fenômenos climatológicos diferentes e se deparou com reações bem distintas dos responsáveis pelo poder central.

    Em 2022, o Rio Grande do Sul foi alvo de severa estiagem, com mais de seis meses sem chuva. Apesar das muitas dificuldades vivenciadas pelos gaúchos, elas não sensibilizaram o então Presidente da República Jair Bolsonaro, que vivia às turras com os Governadores, ainda em consequência da postura negacionista durante a pandemia da covid-19. Isso quem está falando é alguém que gosta de Jair Bolsonaro e o tem como amigo. Eu sou crítico de Lula, porque não vou ser de Bolsonaro?

    O Rio Grande do Sul teve de se virar praticamente sozinho ao enfrentar as consequências de forte queda na produção agrícola, determinante da significativa retração do Produto Interno Bruto. A queda do PIB gaúcho em 2022, na comparação com o ano anterior, foi de 2,6%.

    O tempo passou e, em 2024, o Rio Grande do Sul sofreu com outro evento climático extremo: as enchentes provocadas por chuvas torrenciais que causaram alagamentos, destruição e mortes, uma catástrofe com mudança essencial no enfrentamento. Ao contrário do que aconteceu dois anos antes, em 2024 o sofrimento do povo gaúcho – que testemunhei pessoalmente, como disse, integrando a Comissão que se formou no Senado e visitou algumas das áreas atingidas, eu me emocionei várias vezes e vi também emocionados Leila do Vôlei e os demais companheiros – não foi ignorado pelo Governo central.

    O Poder Executivo federal mostrou-se presente e agiu: interrompeu por três anos o pagamento da dívida do Rio Grande do Sul; suspendeu o pagamento dos juros desta mesma dívida; criou créditos especiais para empresas e produtores rurais; destinou recursos para que as famílias pudessem recuperar suas casas; mobilizou os ministérios para recuperar a malha rodoviária, reconstruir pontes e realizar obras estruturantes; e ainda criou um fundo especial para o desenvolvimento de projetos de prevenção, mitigação e preparação para desastres climáticos.

    O montante da ajuda já se aproxima dos R$100 bilhões entre transferências ao estado, aos municípios e aos cidadãos gaúchos, recursos que impactaram positivamente em áreas como saúde, educação e infraestrutura. Ou seja, o Governo Federal foi decisivo na colaboração com o resiliente povo do Rio Grande do Sul, que contou também com a solidariedade dos brasileiros de todas as regiões, inclusive do exterior, e eu consegui mais de cem empresários americanos e portugueses que enviaram doações.

    E a população gaúcha reagiu como era de se esperar, com muito trabalho e dedicação, reconhecimento e gratidão. E o resultado: o Produto Interno Bruto do Rio Grande do Sul, em 2024, cresceu 4,9% em relação ao ano anterior. Repito: o PIB gaúcho, em 2024, ano de sua maior tragédia climática, subiu 4,9%, pátria amada. Um índice superior ao do PIB brasileiro, que alcançou 3,4%, senhoras e senhores, meus únicos patrões. Isso, em grande parte, foi possível por causa da preocupação social que marca o Governo Lula 3, pela qual é o maior responsável o Ministro dos Transportes, Renan Filho, repito, um dos expoentes e homem de referência para qualquer governo deste país e do planeta.

    Fica aí, então, a lição para os que apontam simetrias onde elas não existem, comparam o que é naturalmente distinto e fazem a pregação de que político é tudo igual. Uma ova! Em meio a tanta desinformação, é preciso ficar atento para perceber que as diferenças existem e se mostram mais evidentes nos momentos de crise, quando os governados precisam, de fato, contar com seus governantes.

    Agradecidíssimo, Presidente Chico Rodrigues, meus amigos, minhas amigas do Senado Federal, e aqui tenho 80 deles, e há apenas um que, evidentemente, não cumprimento e cujo nome não cito, de tão desprezível e tão "polichinclo" que é. Como nunca leu gibi, ele nem sabe o que significa a palavra "polichinclo". E não adianta ir ao Aurélio, você teria que ler os diálogos entre Nietzsche e Sócrates.

    E, como o Marcio Bittar, meu amigo pessoal, lembrava de Sócrates aqui, vamos dizer a este companheiro, cujo nome prefiro não citar, que não era o Sócrates da seleção brasileira, que Girão também, assim como o Bittar, amava ver jogar futebol, mas o Sócrates filósofo grego.

    Tem que se ter um pouco de humor para começar a semana e desejar Deus e saúde a todos e todas e, principalmente, ao Brasil inteiro e a esses nossos maiores patrimônios deste Senado Federal, que são os funcionários e as funcionárias.

    O Marcos do Val está aqui. Só se esqueceu de agradecer porque permutei contigo.

(Soa a campainha.)

    O SR. JORGE KAJURU (Bloco Parlamentar da Resistência Democrática/PSB - GO) – Mas não precisa, você é meu amigo, não precisa.

    Girão, prazer em te rever. Com Deus, estamos juntos aqui. Você sabe que eu gosto de ti e de todo o teu gabinete, exceto do teu assessor Chico, que, entre todos os defeitos, é mulherengo.

    Agradecidíssimo.


Este texto não substitui o publicado no DSF de 07/05/2025 - Página 35