Presidência durante a 59ª Sessão Especial, no Senado Federal

Sessão Especial destinada a homenagear as instituições que trabalham pela vida, pela família e pela dignidade humana e celebrar a realização da 18ª Marcha Nacional pela Vida.

Críticas á prática do aborto e a propostas de sua legalização no Brasil.

Autor
Damares Alves (REPUBLICANOS - REPUBLICANOS/DF)
Nome completo: Damares Regina Alves
Casa
Senado Federal
Tipo
Presidência
Resumo por assunto
Homenagem:
  • Sessão Especial destinada a homenagear as instituições que trabalham pela vida, pela família e pela dignidade humana e celebrar a realização da 18ª Marcha Nacional pela Vida.
Crianças e Adolescentes, Mulheres, Saúde:
  • Críticas á prática do aborto e a propostas de sua legalização no Brasil.
Publicação
Publicação no DSF de 10/06/2025 - Página 28
Assuntos
Honorífico > Homenagem
Política Social > Proteção Social > Crianças e Adolescentes
Política Social > Proteção Social > Mulheres
Política Social > Saúde
Matérias referenciadas
Indexação
  • SESSÃO ESPECIAL, HOMENAGEM, TRABALHO, INSTITUIÇÕES, PROMOÇÃO, VIDA, FAMILIA, DIGNIDADE, CELEBRAÇÃO, EVENTO, MES, JUNHO, COMBATE, ABORTO.

    A SRA. PRESIDENTE (Damares Alves. Bloco Parlamentar Aliança/REPUBLICANOS - DF) – Boa tarde.

    Eu, se fosse o Senador Girão, não dava a Presidência para mim, não, Girão. (Risos.)

    Eu não vou fazer discurso. Nós vamos ouvir os nossos convidados. O Girão fará o discurso, em nome de todos os Senadores, mas eu quero cumprimentar todos vocês.

    E eu fiquei, daqui de cima, olhando alguns rostinhos de décadas de caminhadas juntos. Que alegria tê-los aqui! E que alegria, Girão, a gente poder ter este espaço no Senado para homenagear esses guerreiros e guerreiras; e, por um período, fomos tachados de loucos, fundamentalistas, fanáticos, mentirosos; por um período, fomos até chamados de criminosos. E tem um monte de criminoso aqui; tem até gente que respondeu a processo criminal ao meu lado aqui. Era um momento em que nós não tínhamos voz, em que este Congresso jamais nos ouviria, mas nós estávamos nos bastidores fazendo o nosso papel, do nosso jeito. Pasmem, senhores, já fomos chamados de criminosos, de loucos! O Congresso Nacional, por muitos momentos, não queria nos ouvir.

    Lembro-me da Constituinte, quando estávamos nos bastidores pedindo que o art. 5º da Constituição trouxesse ali que a vida é inviolável desde a concepção. Aí os Constituintes diziam: "É redundância; a vida é inviolável. Esta é uma nação que nunca vai querer a legalização do aborto, porque é uma nação toda pró-vida"; e não colocaram na Constituição, porque era uma redundância, porque o Brasil era pró-vida e porque a gente jamais teria o risco da legalização do aborto no Brasil.

    Em 1988, a Constituição foi promulgada. Em 1991, chega o primeiro projeto no Congresso Nacional: "Vamos descriminalizar o aborto". Então, não era redundância quando nós pedíamos para constar na nossa Constituição que a vida era inviolável desde a concepção. Éramos jovens nos corredores, ativistas. Eu me lembro bem de Paulo, Miranda, Lenise, os ativistas que hoje já estão com cabelos brancos.

    O SR. PAULO FERNANDO (Fora do microfone.) – Ou pintados...

    A SRA. PRESIDENTE (Damares Alves. Bloco Parlamentar Aliança/REPUBLICANOS - DF) – Alguns pintados, né, Lenise? E depois a gente foi para a luta, a gente foi para o enfrentamento. Não foi fácil em alguns momentos.

    Lembro-me de que, em 2009, dois guerreiros foram abatidos, dois Deputados Federais que ousavam dizer que eram pró-vida – em 2009 –; e lá estava eu e Paulo como advogados dos dois, dois Deputados suspensos do PT, porque eles eram contra o aborto. Pasmem com a forma como lidavam com todos nós pró-vida – suspensos de partido; respondíamos a processos, acusações; éramos tirados dos nossos cargos, porque nós éramos perigosos!

    A gente jamais imaginava, há 20 anos, que um dia o Senado fosse parar uma tarde para homenagear as instituições de homens e mulheres que tudo o que querem e tudo o que queriam era proteger bebês.

    Nós resistimos às calúnias, às perseguições, resistimos aos processos, alguns foram embora, mas as nossas conexões vieram.

    Eu me lembro que eu conheci o Dr. Humberto em Brasília por meio de Jonathan, dos Estados Unidos – olha só! – e, hoje, estamos aqui, na mesa.

    Em 1998, conheci o Paulo, que estava aqui nos bastidores do Congresso. Fui conhecendo todo mundo, e essa conexão nos trouxe aqui.

    Parabéns, defensores da vida! Parabéns, instituições que permaneceram resistindo!

    Neste período de tanta perseguição, mesmo debaixo de tantas críticas, vocês salvaram milhares de crianças nesta nação e resistimos bravamente. (Palmas.)

    Estamos em 2025 – olha que lindo! –, e os projetos estão todos arquivados, por enquanto. Vão querer ressuscitar todos, mas esse time cresceu, saímos dos bastidores para os lugares de poder e de decisão e estamos aqui.

    Parabéns a todas as instituições!

    Eu não vou citar nomes porque vou ser infeliz, porque vou esquecer alguns nomes, mas parabéns por tudo que vocês estão fazendo.

    Mas, me permitam, eu tenho aqui uma poesia que acabou de chegar às minhas mãos, Senador Girão, que foi escrita por um jovem, um jovem de Brasília, um jovem pró-vida, apaixonado. Ele escreveu essa poesia para este evento, Evandro, o nosso querido Evandro:

Um grito do fim.

O aborto é um roubo da vida,

o nascituro é perseguido

por uma causa perdida.

O aborto é um roubo infinito,

luzes foram apagadas,

uma vida por um fio,

o útero ficou vazio.

Um corpo despedaçado,

vida desfalecida,

o coração não bate mais...

restam apenas feridas.

Amontoado de células,

apenas um feto,

nada disso é correto.

Direitos reprodutivos,

em detrimento do ser vivo.

Há quem crie teorias mirabolantes:

"Meu corpo, minhas regras",

gritam as militantes.

Vejam que coisa insana,

existe até campanha,

para acabar com a vida humana,

mas aborto é lama,

não jardim.

É eugenia silenciosa,

um grito do fim.

    Parabéns, Evandro, linda inspiração. (Palmas.)

    Eu termino essa minha fala – não é discurso, é só uma falinha – dizendo da felicidade de ter o Conselho Federal de Medicina nesta Mesa, porque teve um tempo que a gente não pôde contar com o CFM, mas hoje nós temos... (Palmas.)

    ... homens corajosos, valorosos no CFM, que defendem a vida desde a concepção.

    Obrigada, doutor.

    Todos vocês, a vida esteve sob risco em muitos momentos e aqui, nesta Casa, gente, era aborto e eugenia. Lembram desse período? Eram ataques à vida em todas as instâncias e nós resistimos bravamente.

    Que Deus os abençoe!

    Vamos ouvir agora, neste momento, pois concedo a palavra à Sra. Deputada Federal Chris Tonietto, Deputada pelo Estado do Rio de Janeiro e Presidente da Frente Parlamentar Mista contra o Aborto e em Defesa da Vida, por cinco minutos.

    Fique à vontade. Você pode ficar à esquerda ou à direita.

    A SRA. CHRIS TONIETTO (Fora do microfone.) – À direita.

    A SRA. PRESIDENTE (Damares Alves. Bloco Parlamentar Aliança/REPUBLICANOS - DF) – À direita. (Risos.) Gostei. (Pausa.)


Este texto não substitui o publicado no DSF de 10/06/2025 - Página 28