Pronunciamento de Magno Malta em 08/07/2025
Pela ordem durante a 76ª Sessão Deliberativa Ordinária, no Senado Federal
Críticas ao Presidente Lula por sua política externa e suas supostas ligações com o crime organizado.
Cobrança da instalação de uma CPMI para investigar fraudes e descontos indevidos nas aposentadorias do INSS.
- Autor
- Magno Malta (PL - Partido Liberal/ES)
- Nome completo: Magno Pereira Malta
- Casa
- Senado Federal
- Tipo
- Pela ordem
- Resumo por assunto
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Governo Federal,
Relações Internacionais:
- Críticas ao Presidente Lula por sua política externa e suas supostas ligações com o crime organizado.
-
Regime Geral de Previdência Social:
- Cobrança da instalação de uma CPMI para investigar fraudes e descontos indevidos nas aposentadorias do INSS.
- Publicação
- Publicação no DSF de 09/07/2025 - Página 90
- Assuntos
- Outros > Atuação do Estado > Governo Federal
- Soberania, Defesa Nacional e Ordem Pública > Relações Internacionais
- Política Social > Previdência Social > Regime Geral de Previdência Social
- Indexação
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- CRITICA, GOVERNO FEDERAL, PRESIDENTE DA REPUBLICA, LUIZ INACIO LULA DA SILVA, VISITA, PRESIDENTE KENNEDY (ES), ARGENTINA, CRISTINA KIRCHNER, LIGAÇÃO, CRIME ORGANIZADO.
- SOLICITAÇÃO, INSTALAÇÃO, COMISSÃO PARLAMENTAR MISTA DE INQUERITO (CPMI), INSTITUTO NACIONAL DO SEGURO SOCIAL (INSS), FRAUDE, DESVIO, APOSENTADO, PENSIONISTA.
O SR. MAGNO MALTA (Bloco Parlamentar Vanguarda/PL - ES. Pela ordem.) – Eu só queria fazer um registro muito importante.
No Brasil, tudo está normalizado. Nós temos aqui uma democracia relativa, em que o Ministro da Justiça pode entrar na favela, pode o Presidente entrar na favela, colocar o boné da facção, e, enquanto o Brasil vai pegando fogo, ele vai lá e... Quando diz que o Trump não pode atacar a soberania do Brasil, ele entra na Argentina – com o nosso dinheiro, aliás – e participa do movimento Cristina Livre.
Ele não estaria violando a soberania da Argentina? Esse indivíduo não tem assessor. Ou... Eu não vou usar a palavra que eu queria usar. Porque quem está alinhado com ditadores e ditaduras, o que nós sabemos... Esse evento dele no Rio de Janeiro, mundial, esse fiasco, porque não veio ninguém... À mesa estavam ele e seus assessores. O Xi Jinping não veio, não veio o Putin, e um representante do Irã, que chegou lá de forma meio escondida, esse país tirano, que mata homossexuais, que oprime mulheres...
Ouvi o discurso, agora, da Leila, da Senadora Dorinha. O Irã mata mulheres, oprime mulheres. Lá, mulheres precisam andar vestidas de preto e tão somente com uma tarja no olho para que possam enxergar, e aquelas que desobedecem ou, na sua maneira de quererem ser livres, ficam com um fio de cabelo de fora, são chicoteadas, porque tem 600 mil homens com a polícia ética no Irã, e que são os amigos do Brasil hoje, não com a nossa vênia, Sr. Presidente. Não me representam, acho que também nem V. Exa., nem o povo do Brasil; representam eles mesmos, a esquerda, o conluio deles, porque hoje um consórcio malvado que comanda este país é que tem relação com o crime organizado, tem relação com o Irã.
Eu fiquei até com pena porque o Xi Jinping nem veio, o Putin nem veio, deixou o pobre na mão, só tinha ele, os assessores na mesa, coitado, coitado, coitado. E o Brasil virou o pária do mundo, o Brasil virou o pária do mundo.
E agora esta semana, enquanto este Brasil está pegando fogo e esse homem cometendo atrocidade, você vê o Ministro da Defesa, o Múcio, dizendo que daqui a pouco nós teremos marinheiro sem navio. Está faltando combustível para as aeronaves da FAB, não falta combustível para buscar uma condenada, uma ladra no Peru, para poder fazer um resgate muito rápido, porque ela é um arquivo vivo, Sr. Presidente, condenada na Lava Jato de lá por roubo, o marido está preso, e o outro ex-Presidente se suicidou, para entender a gravidade de tudo isso. Não com a minha vênia, dizendo que é o Brasil que está fazendo: mentira. É um conluio de esquerda, o Brasil não se mete nisso.
O povo brasileiro é conservador, como é conservador contra o jogo, a jogatina, e V. Exa. é contra também. São 82% do Brasil contra, 18% tão somente dizem que são a favor. Isso nunca vai passar aqui. Enquanto tudo isso está acontecendo, ele, o Presidente da República, pode posar de salvador das favelas ou da favela...
(Soa a campainha.)
O SR. MAGNO MALTA (Bloco Parlamentar Vanguarda/PL - ES) – ... em São Paulo, foi na Favela do Moinho, território dominado pelo PCC. Enquanto Tarcísio faz um grande trabalho de enfrentamento ao crime, corajosamente, com o Derrite, enfrentando o PCC de frente, desmantelando ações do crime organizado, o Presidente vai lá na Favela do Moinho, território do PCC. A visita, em que era importante para o Brasil como um todo essa visita do Presidente, organizada por uma ONG presidida pela irmã do traficante Léo do Moinho, chefão do crime na região? Tudo armado, uma ONG investigada, facção no comando e político em cima do palanque, junto com o Presidente da República.
(Soa a campainha.)
O SR. MAGNO MALTA (Bloco Parlamentar Vanguarda/PL - ES) – No fim, Sr. Presidente, quem paga essa conta é o povo honesto, que não tem ONG para esconder bandido. Até quando, é a minha pergunta, o crime organizado vai mandar na agenda desse desgoverno? Eu diria que vai mandar sempre porque é um consórcio de que todos eles fazem parte. A minha pergunta é quando nós vamos nos livrar disso.
E eu só penso numa coisa, do ponto de vista humano nós não temos saída, nós só temos uma saída: uma ação de intervenção divina. Fora disso, eu não acredito. Nós estamos num cerco, nós estamos num charco, num lodo, nós estamos numa terra movediça, o Brasil.
Faz 60 dias, Sr. Presidente, do assalto do INSS, do roubo aos velhinhos, do roubo aos novinhos também que se aposentaram, às pessoas que dependem de pensão. São 60 dias, ninguém fala nada do assalto, a CPMI não foi instalada ainda. Por quê, Sr. Presidente?
E o ex-Ministro me deu de presente semana passada um processo: ele me processou por calúnia e difamação, porque ele declarou que sabia o que estava acontecendo, e eu fiz um discurso duro. Eu repito todas as palavras e, na hora em que for depor nesse processo que ele pôs contra mim, vou falar mais coisa ainda. Eu tenho mais coisa para falar. Ele foi demitido por corrupção e foi demitido também no Governo Dilma, quando era Ministro do Trabalho, por corrupção, duas vezes. Tem alguém aí para me desmentir? Eu dou um aparte. Tem alguém aí? Não tem ninguém para me desmentir, mestre? Não tem ninguém? Eu estou doido para depor. Estou doido – doido –, porque eu já juntei mais coisa desse cidadão corrupto. Vou falar de novo: corrupto, corrupto, corrupto!
(Interrupção do som.)
O SR. MAGNO MALTA (Bloco Parlamentar Vanguarda/PL - ES. Fora do microfone.) – E que venham os processos. Que venham...
(Soa a campainha.)
O SR. MAGNO MALTA (Bloco Parlamentar Vanguarda/PL - ES) – Estou encerrando, Sr. Presidente.
O SR. PRESIDENTE (Laércio Oliveira. Bloco Parlamentar Aliança/PP - SE) – Pois não.
O SR. MAGNO MALTA (Bloco Parlamentar Vanguarda/PL - ES) – E que venham os processos.
A mim, Sr. Presidente, para me calar diante de um quadro dantesco que vive no Brasil, para calar a minha boca... Eu sempre gosto de dizer "'cala a boca' já morreu; quem manda na minha boca sou eu", mas, no meu caso, só se matar. Se não matar, eu vou gritar todo dia.