Discurso durante a 84ª Sessão Não Deliberativa, no Senado Federal

Indignação com as supostas violações aos direitos humanos e ao devido processo legal no julgamento, pelo STF, do ex-Presidente Jair Bolsonaro e de outras lideranças do campo conservador. Apoio à estratégia do Deputado Federal Eduardo Bolsonaro em defesa da anistia aos acusados pelos atos de 8 de janeiro de 2023. Censura contra a política externa do Governo Federal.

Destaque à COP 30, organizada pelo Governo Federal, na cidade de Belém-PA.

Autor
Marcio Bittar (UNIÃO - União Brasil/AC)
Nome completo: Marcio Miguel Bittar
Casa
Senado Federal
Tipo
Discurso
Resumo por assunto
Atuação do Judiciário, Governo Federal, Relações Internacionais:
  • Indignação com as supostas violações aos direitos humanos e ao devido processo legal no julgamento, pelo STF, do ex-Presidente Jair Bolsonaro e de outras lideranças do campo conservador. Apoio à estratégia do Deputado Federal Eduardo Bolsonaro em defesa da anistia aos acusados pelos atos de 8 de janeiro de 2023. Censura contra a política externa do Governo Federal.
Assuntos Internacionais, Meio Ambiente:
  • Destaque à COP 30, organizada pelo Governo Federal, na cidade de Belém-PA.
Aparteantes
Wellington Fagundes.
Publicação
Publicação no DSF de 05/08/2025 - Página 22
Assuntos
Outros > Atuação do Estado > Atuação do Judiciário
Outros > Atuação do Estado > Governo Federal
Soberania, Defesa Nacional e Ordem Pública > Relações Internacionais
Outros > Assuntos Internacionais
Meio Ambiente
Indexação
  • CRITICA, SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL (STF), VIOLAÇÃO, DIREITOS HUMANOS, JULGAMENTO, EX-PRESIDENTE DA REPUBLICA, JAIR BOLSONARO, CENSURA, BLOQUEIO, MIDIA SOCIAL, EX-DEPUTADO, DEPUTADO FEDERAL, DANIEL SILVEIRA.
  • ELOGIO, DEPUTADO FEDERAL, EDUARDO BOLSONARO, ATUAÇÃO, ESTADOS UNIDOS DA AMERICA (EUA).
  • CRITICA, GOVERNO FEDERAL, PRESIDENTE DA REPUBLICA, LUIZ INACIO LULA DA SILVA, POLITICA EXTERNA, ESTADOS UNIDOS DA AMERICA (EUA), IMPOSIÇÃO, TARIFAS, COMERCIO EXTERIOR, PROXIMIDADE, IRÃ, CHINA, CUBA, VENEZUELA, AUTORITARISMO, DITADURA.
  • APOIO, ANISTIA, TENTATIVA, GOLPE DE ESTADO, MANIFESTAÇÃO COLETIVA.
  • CRITICA, REALIZAÇÃO, COP30, BELEM (PA), MINISTRO DE ESTADO, MARINA SILVA, MINISTERIO DO MEIO AMBIENTE E MUDANÇA DO CLIMA, LOBBY, ORGANIZAÇÃO NÃO-GOVERNAMENTAL (ONG).

    O SR. MARCIO BITTAR (Bloco Parlamentar Democracia/UNIÃO - AC. Para discursar.) – Sr. Presidente Humberto, muito obrigado pela concessão da palavra. Quero agradecer ao Senador Izalci, meu ex-colega na Câmara Federal por ter me cedido, trocado comigo a ordem das nossas inscrições. Agora, quem assume é o nosso ex-Vice-Presidente Veneziano, que contou com o meu humilde voto nas duas vezes.

    Esta Casa tem essa característica, e a gente aprende que algum colega tem um ponto de vista muito forte, muito convincente, a pessoa defende... você vê que a pessoa está defendendo aquilo que acredita e, de repente, a gente é obrigado a fazer o contraponto, e isso não significa nada mais do que pontos de vista divergentes que precisam ser todos eles respeitados.

    Sr. Presidente, eu falo principalmente também para, além dos colegas presentes, a audiência da TV Câmara. O interessante é que, quando a esquerda, notadamente a Presidente do PT, a Gleisi Hoffmann, o Lindbergh Farias, o ex-advogado, hoje Ministro Zanin – aliás, muito competente, queria que ele fosse o advogado do nosso time, à época como advogado do Presidente Lula – não faltaram rodadas dessa turma da esquerda a denunciar mundo afora o que eles consideravam, no Brasil, uma quebra, uma violação dos direitos humanos. Eles diziam que o Presidente Lula estava preso irregularmente, que não teria sido... que era uma prisão política.

    E, veja, Eduardo Bolsonaro, quando vai aos Estados Unidos, quando sai do Brasil – porque se aqui ficasse estaria preso; mais um Deputado Federal, assim como Daniel Silveira, seria Eduardo Bolsonaro preso, isso está claro –, quando o Eduardo Bolsonaro também se utiliza do mesmo expediente de ir para fora do Brasil denunciar violações gravíssimas de direitos humanos aí isso é irregular.

    E há uma diferença, Sr. Presidente, agora Izalci: quando a Gleisi Hoffmann, quando o ex-advogado do Presidente Lula, quando essa turma toda – inclusive a Gleisi chegou a fazer entrevista na Al Jazeera, no Irã –, quando eles foram defender, era alguém que foi processado pelo juiz natural, que era a primeira instância, condenado na primeira instância, ratificado na segunda instância e ratificado na terceira instância e, mesmo assim, a esquerda foi com caravanas, mundo afora, denunciar a perseguição que, na cabeça deles, estava sofrendo o ex-Presidente, agora de novo Presidente Lula, e tudo isso era tranquilo.

    Agora, veja: Eduardo Bolsonaro não está nos Estados Unidos defendendo alguém ou pessoas que passaram pelo processo legal pelo qual passou o ex-Presidente. Não! Aqui, sim, os direitos humanos estão sendo violados.

    Sr. Presidente, quem é que não sabe que para todos os que estão sendo julgados no Supremo Tribunal Federal na batelada o princípio da individualização da pena foi jogado na lata do lixo? Estão julgando à batelada, é uma "tantada" de pessoas que foram presas injustamente por algo que não cometeram. Fizeram uma depredação alguns deles, mas não cometeram o crime pelo qual estão chegando a pagar 14 anos, 17 anos de cadeia, é o que estão pegando essas pessoas. Não ser julgado no juízo correto, juiz natural, Sr. Presidente, isso sim é violação dos direitos humanos. A censura que, infelizmente, voltou ao Brasil...

    Veja, o Presidente Hugo Motta, todo mundo aqui no Congresso comenta isso. Ele assumiu o compromisso de pautar a anistia na Câmara Federal e, misteriosamente, silenciou-se. Alguns dizem que foi após uma matéria, envolvendo uma prefeitura no estado natal do Presidente da Câmara Federal. Esse é o modus operandi que nós estamos vendo no Brasil. Olha o caso do ex-Deputado Federal Daniel Silveira.

    Inclusive, Sr. Presidente, quero dizer que, na conta desse Deputado, carrega também uma cruz a Câmara Federal. Não foi só o Ministro que autorizou a prisão dele, não. A Câmara Federal, quando votou, entregando-o às feras... Então, se acontecer o pior – porque agora ele está com um problema na perna, pedindo –, como foi com o Clezão, que já morreu e não tem volta mais –, a Câmara vai carregar essa cruz porque ela, de forma covarde, votou para liberar o Deputado Federal Daniel para que ele fosse preso. Dizem que teria tido um acordo entre a Câmara e o Ministro Alexandre de Moraes de que ele passaria uma semana na cadeia, e está até hoje. Está até hoje! E repito: hoje ele está pedindo para ser atendido. Fotografias, ontem e hoje nos jornais, dão conta de uma infecção.

    E eu espero – mas espero de todo o meu coração – que ele não tenha o mesmo destino que teve o Clezão, que acabou morrendo na prisão depois de os médicos, tantas vezes, terem pedido que ele pudesse ser liberado e ir para sua residência.

    Censura prévia, Sr. Presidente! Quem não sabe que o mesmo Ministro, que é o Relator do caso do dia 8 de janeiro, mandou derrubar perfis? Se você derruba perfis, é censura prévia porque não é um fato determinado. Você não sabe o que a pessoa vai colocar no seu perfil uma hora depois, quanto mais no dia seguinte. Além disso, o mesmo Ministro mandou peticionar cidadãos norte-americanos, empresas norte-americanas em uma flagrante irregularidade.

    Então, quando Eduardo Bolsonaro sai do Brasil – porque aqui ele acabaria, como eu já disse, na prisão, o enredo estava completamente montado –, ele vai para fora do Brasil denunciar a violação dos direitos humanos no nosso país.

    Sr. Presidente, não é possível que a nossa liberdade de expressão esteja tolhida. Quantos Senadores da República temem – temem! Eu vejo, aqui no Senado, colegas que vêm aqui e compram o mesmo discurso oficial do PT. E qual o discurso oficial do PT, Sr. Presidente? "Não! O problema hoje do Brasil é o Donald Trump". Sr. Presidente, esse é um discurso comprado. E vários colegas que não são do PT sabem disso, como eles sabem que a China já negociou, está fechando acordo, que a Rússia também, que o Japão já fechou acordo, que a União Europeia já fechou acordo, que a Coreia já fechou acordo, que a Nova Zelândia já fechou acordo. As tarifas que o Donald Trump impôs não foram só ao Brasil, foram ao mundo. Agora, o único país do mundo, cujo Presidente – até hoje, até hoje de forma irresponsável – ainda não buscou seriamente um acordo é o Presidente Lula. Ora, ele provoca Donald Trump desde a campanha, chamando a possível, naquela época, eleição de Donald Trump como a ascensão do novo nazifascismo, e ontem o Edinho, assumindo – ex-Prefeito de Araraquara – a presidência do PT, diz a mesma coisa. Ora, eles se aliam ao eixo do mal, eles se aliaram claramente...

    O Lula agora, no quinto mandato – porque ele teve três e a Dilma, dois, foram cinco mandatos –, tirou completamente a máscara. Ele é aquilo ali, só que no começo, em 2003, ele deu uma disfarçada, mas o time dele são aqueles ditadores: é o Partido Comunista chinês, é o Partido Comunista cubano, é a esquerda da Venezuela, é essa turma. Mas, mesmo sendo dessa turma, Sr. Presidente, a Venezuela, por exemplo, não aceitou receber os navios iranianos, mas o Brasil aceitou. E sabe quem orientou na época e pediu que o Presidente Lula não os recebesse? O Joe Biden, que era um ex-Presidente norte-americano meio à esquerda. Então, o Presidente Lula, sozinho, porque é o único que está defendendo a criação de outra moeda contra o dólar... Não é a China, não é a Rússia, não é a África do Sul; é o Lula. Então, ele ameaça os Estados Unidos, se alia aos seus inimigos, como o Irã, por exemplo, que é financiador de ditadura, Hezbollah e companhia ilimitada, e não quer reação, Sr. Presidente?

    Então, na verdade, o que o Presidente Lula e o PT acharam é um bode expiatório, assim como Cuba, 70 anos de comunismo. Um conhecido morou lá por dois anos e comeu carne um dia. Tem lugar que não tem papel higiênico, Sr. Presidente. Os médicos que saíram de Cuba, no Mais Médicos, só voltaram para lá obrigados. O senhor acha mesmo, Presidente, que quase 20% dos cubanos do planeta se refugiaram? Quantos escolheram arriscar sua vida? Quantos morreram naquela travessia perigosíssima para fugir do sistema? Mas a culpa não é dos comunistas; a culpa é dos Estados Unidos.

    A Venezuela, que na década de 80 era o país mais promissor da América Latina, o candidato número um para entrar no grupo dos países ricos, quebrou, faliu. Mas a culpa não é do Hugo Chávez, a culpa não é do Maduro – dois que estão governando há quase 30 anos –; não, a culpa são dos Estados Unidos. O Lula, o PT e o Psol não estão preocupados, Sr. Presidente, em resolver o problema do Brasil, eles estão preocupados em se perpetuar no poder, mesmo que para isso signifique o Brasil arrasado, arrebentado, no caminho que está da Venezuela.

    Quero terminar esse tema, Sr. Presidente, dizendo o seguinte: compreendo exatamente a estratégia correta do Deputado Eduardo Bolsonaro, que está pagando o preço de se separar do pai dele, que está com tornozeleira eletrônica, praticamente em uma prisão domiciliar: não pode sair no final de semana, não pode sair à noite, não pode dar entrevista, porque, se der entrevista... Veja: isso não é violação dos direitos humanos? Olha que loucura: ele não pode dar entrevista, porque a entrevista vai ao ar e, se qualquer um de nós, qualquer pessoa pegar trecho dessa entrevista e puser no seu canal, nas suas mídias sociais, ele pode responder por aquilo que eu, por exemplo, faça em uma matéria com ele. Isso não é violação dos direitos humanos? Isso não é uma demonstração da tirania? É claro o que é.

    Mas eu quero deixar claro a quem está nos assistindo – e aí eu falo, Sr. Presidente, à nossa direita, ao imenso exército conservador que nós temos no Brasil – que, quando Eduardo Bolsonaro, de forma clara, diz que nós não podemos, Sr. Presidente, brigar com todo mundo ao mesmo tempo, ele está correto!

    Se nós fôssemos para as ruas como fomos ontem, Sr. Presidente, pedindo a cabeça dos 11 Ministros do Supremo Tribunal Federal, mais a do Presidente da Câmara, mais a do Presidente do Senado, Sr. Presidente, sabe o que nós conseguiríamos? Nada!

    Já ensinava o meu pai, quando fui trabalhar com ele na roça, com 14 anos de idade: "meu filho, quando você for enfrentar um homem, um debate sério, se você não estiver preparado para qualquer coisa, deixe uma válvula de escape, porque, se você encantoar um adversário e ele não tiver para onde escapar, por medo ou por coragem, ele vai ter que te enfrentar".

    Então, essa estratégia, meu querido colega Izalci, está correta.

    Perdoem-me, colegas nossos, que eu respeito, bem-intencionados, mas não é hora de assinar impeachment de um monte de Ministros. Não é hora! Nós queremos mesmo é que este país volte ao eixo. Nós queremos mesmo é que ele se pacifique.

    E vejam: quando Eduardo Bolsonaro diz, lá dos Estados Unidos, Sr. Presidente...

    E eu sou um que me coloco aqui e entendo que a direita brasileira tem que ser mais disciplinada, apoiar e dar força ao Eduardo.

    E qual é a palavra de ordem, Sr. Presidente? Nós temos um Ministro que está sendo sancionado. O que nós esperamos, Sr. Presidente? Que o Supremo Tribunal Federal, os outros Ministros... que haja um recuar diante da possibilidade de o Brasil inteiro ir para o fundo do poço e que uma pressão, que a gente lê nos jornais, nos rodapés, sobre o Congresso Nacional deixe de existir para que o Hugo Motta cumpra com a sua promessa. Ele prometeu, em campanha, pautar a anistia! Essa é a solução.

    Portanto, meu querido Wellington, do nosso Mato Grosso querido, onde eu já morei, eu quero repetir: o comportamento, a liderança do Eduardo Bolsonaro nos Estados Unidos, a estratégia que ele está defendendo está correta.

    Nós que fazemos oposição, nós que somos de direita, conservadores, nós temos que ter a estratégia adequada, a disciplina. Se nós trabalharmos em direção contrária, nós estaremos enfraquecendo o trabalho e a liderança do Deputado Eduardo Bolsonaro nos Estados Unidos.

    Portanto, essa é a estratégia correta. Concentra força. Foi preciso que os Estados Unidos, que é o guardião da liberdade do mundo, se posicionasse.

    E agora, Sr. Presidente, o que nós devemos fazer aqui? Somarmo-nos à estratégia do Eduardo Bolsonaro para que Hugo Motta se sinta tranquilo, com o Supremo Tribunal Federal voltando para o seu quadrado, voltando para a sua casa, e deixe que o Congresso Nacional paute a anistia.

    Aí cada Deputado Federal e, depois, cada Senador da República vai se posicionar, vai se justificar e prestar conta ao Brasil e também aos seus eleitores. Essa é a estratégia correta.

    Eu quero aqui parabenizar Eduardo Bolsonaro e dizer a ele e aos que nos assistem: eu estou disciplinadamente seguindo a orientação correta da estratégia correta liderada por Eduardo Bolsonaro.

    Termino, Sr. Presidente, dizendo...

    O Sr. Wellington Fagundes (Bloco Parlamentar Vanguarda/PL - MT) – Marcio Bittar...

    O SR. MARCIO BITTAR (Bloco Parlamentar Democracia/UNIÃO - AC) – Pois não.

    O Sr. Wellington Fagundes (Bloco Parlamentar Vanguarda/PL - MT) – ... meu Senador, gostaria de não o interromper. Se for possível, quero um aparte ao seu pronunciamento.

    O SR. MARCIO BITTAR (Bloco Parlamentar Democracia/UNIÃO - AC) – É um prazer. Por favor.

    O Sr. Wellington Fagundes (Bloco Parlamentar Vanguarda/PL - MT. Para apartear.) – Logo após V. Exa., eu também vou fazer o meu pronunciamento e, claro, não deixarei de abordar o que V. Exa. está colocando, mas eu quero aqui parabenizá-lo sempre pela coragem e firmeza.

    Somos irmãos, né?

    O SR. MARCIO BITTAR (Bloco Parlamentar Democracia/UNIÃO - AC) – Sim.

    O Sr. Wellington Fagundes (Bloco Parlamentar Vanguarda/PL - MT) – V. Exa. morou no Mato Grosso também, e o Acre hoje o tem como Senador.

    Eu quero aqui também registrar que V. Exa. vai se filiar ao nosso PL.

    O SR. MARCIO BITTAR (Bloco Parlamentar Democracia/UNIÃO - AC) – Isso mesmo.

    O Sr. Wellington Fagundes (Bloco Parlamentar Vanguarda/PL - MT) – No dia 22. Posso anunciar, né?

    O SR. MARCIO BITTAR (Bloco Parlamentar Democracia/UNIÃO - AC) – Claro! Pode.

    O Sr. Wellington Fagundes (Bloco Parlamentar Vanguarda/PL - MT) – Dia 22, nós do PL...

    E aí eu faço, Senador Marcio Bittar, porque a minha história de vida se confunde também com o PL. O partido completa 40 anos de existência, esse novo PL, fundado por Álvaro Valle, e eu me filiei a ele também há 40 anos e tive a oportunidade de perpassar por seis mandatos como Deputado Federal, pelo PL, sempre pelo PL; uma vez, como Senador; e agora, novamente, mais um mandato como Senador. Já vivi no PL também momentos de altos e baixos e tenho certeza de que este é um grande momento e um bom momento que o PL está vivendo.

    A chegada do Presidente Bolsonaro fez com que o PL pudesse ser o maior partido do Brasil. O nosso Presidente Izalci, em exercício, também aqui compõe o PL. Claro, nós precisamos continuar crescendo, porque a população brasileira sabe que nós estamos no caminho certo: o PL quer o desenvolvimento sustentado do país e quer que a nossa juventude tenha perspectiva para o futuro – e é isso que nós estamos defendendo.

    E o Presidente Bolsonaro, mesmo com todo o seu histórico, com a luta por receber uma facada, mesmo assim, do hospital se manteve ativo na campanha eleitoral e foi Presidente da República. Depois disso, quantas e quantas cirurgias ele sofreu? Agora, na última, foram 12 horas num centro cirúrgico, e não demorou muito, mesmo contra a indicação médica, ele estava nas ruas.

    O SR. MARCIO BITTAR (Bloco Parlamentar Democracia/UNIÃO - AC) – É verdade.

    O Sr. Wellington Fagundes (Bloco Parlamentar Vanguarda/PL - MT) – E, como ele diz, ele não quer poder, ele quer um Brasil com poder, um Brasil que tenha condições de ser uma nação forte para ajudar todos os brasileiros que querem realmente fazer desta nação uma nação de liberdade.

    Democracia se faz com liberdade. Quando você tira a liberdade de um cidadão, você o está matando.

    Então, infelizmente, hoje a gente vê o Presidente Bolsonaro numa situação em que não foi julgado, não foi condenado, já está com a tornozeleira, não pode falar.

(Soa a campainha.)

    O Sr. Wellington Fagundes (Bloco Parlamentar Vanguarda/PL - MT) – Na semana passada, eu estava conversando com ele. Criaram o tal recesso, que é ilegal – por que recesso branco se nós não votamos a LDO? –, exatamente para esvaziar a Esplanada, para que, sobre essas decisões que estão sendo tomadas, o povo brasileiro não pudesse receber a denúncia da oposição.

    E, mais uma vez, nós tivemos a presença da população ontem, de que eu vou falar também. Não vou delongar demais, porque eu preciso também ter o meu espaço, mas vamos falar do que foi o dia de ontem.

    Com certeza, V. Exa., então, cumpre o seu papel dessa tribuna. Eu agradeço-lhe muito e quero aqui, em nome de todos os filiados e de todos os Parlamentares do PL, recebê-lo não só de braços abertos, mas com um abraço bem apertado. Tenho certeza de que V. Exa. vai contribuir muito com o nosso país, com o bolsonarismo.

    Querem calar o Presidente Bolsonaro, mas eu tenho dito: "Olha, o bolsonarismo está no coração, está na alma dos brasileiros, não tem como o calar. Ele existe e vai perpassar por décadas e décadas com essa linha da direita. De forma muito clara, nós queremos exatamente um país liberal, um país que possa criar, cada vez mais, oportunidades".

    Foi um homem que passou e gerenciou o país na pandemia e fez a maior distribuição de recursos para estados e municípios. E aí é importante dizer – eu já falei isso aqui e repito –: o Presidente Bolsonaro, naquele momento, largou a posição ideológica e foi lá à Rússia conversar com o Putin...

    O SR. MARCIO BITTAR (Bloco Parlamentar Democracia/UNIÃO - AC) – Verdade.

    O Sr. Wellington Fagundes (Bloco Parlamentar Vanguarda/PL - MT) – ... para que o Brasil não deixasse de ter os nossos fertilizantes. E, se a Rússia fechasse as portas dos fertilizantes, parava o Brasil, porque o Brasil é um país rural, parava o comércio, porque, se parar o campo, para a cidade.

    Então, o Presidente Bolsonaro foi um estadista; ele foi lá, conversou e garantiu a importação, porque aquilo era extremamente importante para o país. Então, eu acho que estadismo é isso. Um Presidente que tem a questão ideológica trabalha a sua questão ideológica, mas, se tem um problema para a nação, ele vai lá resolver e não vai ficar batendo boca.

    O SR. MARCIO BITTAR (Bloco Parlamentar Democracia/UNIÃO - AC) – Muito bem.

    Eu agradeço o seu aparte e estou esperando V. Exa. no Estado do Acre, no dia 22 – e o Senador Izalci também, meu colega já da Câmara Federal –, para fazermos juntos essa filiação.

    O Senador Wellington dá um excelente exemplo. O Presidente Bolsonaro – ideologias à parte – foi negociar na Rússia; agora o Lula, não, e aí ele não consegue sair da ideologia. Mas, como eu disse, se tem alguém feliz com o que está acontecendo, é o Lula, é o PT, porque querem fazer como Cuba ou como Venezuela e arrumar um adversário, um inimigo externo para justificar a sua própria incompetência.

    Quero terminar, Sr. Presidente, dizendo que, ontem, no Brasil, ficou provado o que a Senadora Damares disse aqui na semana passada: não existe mais um só Bolsonaro; hoje nós somos milhões de bolsonaros. O Presidente Bolsonaro ontem, injustiçado, um homem que, se tivesse roubado este copo com água, Sr. Presidente, já teriam descoberto, porque ninguém foi mais vasculhado do que ele...

    Então, se tem uma coisa que está provada, é que o Presidente Bolsonaro é um homem sério, íntegro, honesto, que está sendo injustiçado – tornozeleira no pé é para humilhar –; mesmo assim, a nação brasileira saiu às ruas ontem, provando, no dia de ontem, que não adianta quererem eliminar o Bolsonaro; o movimento que ele inaugurou vai passar por décadas e veio para ficar.

    Por fim, Sr. Presidente, quero apenas fazer um comentário breve. Vinte e cinco países assinaram um documento pedindo para transferir a sede da COP. Olhem que incompetência! É interessante como a esquerda vence na narrativa. A Marina é tida como alguém que se preocupa com o meio ambiente, e o Lula diz que também é, mas em quais governos o Brasil bateu recorde de queimada? Nos Governos do Lula e da Marina. Neste Governo agora, que já é o quinto do PT, a Marina e o Lula bateram o recorde, que já era deles.

    Agora, além disso, não conseguem ter a competência para organizar uma COP; não tem infraestrutura; está uma fortuna ir para lá. Isso, Sr. Presidente – e aí eu concluo –, é justificar aquilo que eu disse várias vezes: estão gastando bilhões do dinheiro público brasileiro, mais de R$6 bilhões, para fazer uma COP em que países ricos que estão colonizando a Amazônia brasileira, através de ONGs que recebem dinheiro milionário para nos segregar, vão vir aqui para deixar tarefa para nós fazermos.

    Eu disse, repito e termino: a Marina Silva virou a maior lobista de ONGs deste país e, talvez, do mundo. E em tudo que mexe é incompetência: estão aí 25 países registrando uma carta pedindo para mudar a sede; se acontecer, não será a primeira vez que a gente não consegue sequer organizar essa fantasia.

    Muito obrigado, Sr. Presidente.


Este texto não substitui o publicado no DSF de 05/08/2025 - Página 22