O SR. PRESIDENTE (Jorge Kajuru. PSB - GO) - Declaro aberta a Sessão Solene do Congresso Nacional destinada a comemorar os 90 anos do programa histórico A Voz do Brasil.

    A presente sessão foi convocada pelo Presidente do Congresso Nacional, Senador Davi Alcolumbre, em atendimento ao Requerimento nº 13, de 2025, de autoria dos Senadores Angelo Coronel, Ciro Nogueira, Humberto Costa, e dos Deputados Federais Marx Beltrão, Cleber Verde, Charles Fernandes e Guilherme Uchoa.

    Compõem a Mesa desta sessão solene, juntamente com esta simples Presidência, o Sr. Deputado Federal Charles Fernandes. Desde já agradeço a sua presença e o privilégio de tê-lo nesta Mesa. Da mesma forma eu me refiro ao Sr. Deputado Federal Cleber Verde, já aqui a postos, ao Sr. Deputado Federal Márcio Jerry e ao Sr. Deputado Federal Marx Beltrão. Estes foram os escolhidos e aqui estão.

    Aproveitando que já há um pouquinho de gente ainda de pé, digo que agora realmente é para todos ficarmos de pé. Prazerosamente, chegou a hora da execução do nosso Hino Nacional.

(Procede-se à execução do Hino Nacional.)

    Eu adoro quebrar o script. Uma salva de palmas para a Banda do Exército Brasileiro! (Palmas.)

    Convido todos a assistirem à apresentação de trecho da ópera O Guarani, de Carlos Gomes, tema musical do programa A Voz do Brasil, que também será aqui executado pela Banda do Exército Brasileiro.

(É executado trecho da ópera O Guarani.) (Palmas.)

    Brasileiros e brasileiras, minhas únicas "vossas excelências", é com muita alegria que o Congresso Nacional celebra hoje os 90 anos do programa histórico A Voz do Brasil.

    De minha parte, a satisfação é total. Estar aqui é uma honra para quem começou a carreira profissional no rádio, aos 8 anos de idade. E aqui, de forma objetiva, só para trazer um pouco de bom humor, quero contar uma história de quando eu, filho único de uma merendeira de grupo escolar, era locutor de rádio e locutor do serviço de alto-falantes em Cajuru, próximo a Ribeirão Preto, em São Paulo.

    Eu amava tanto ouvir o programa A Voz do Brasil, que na hora do almoço, na sala, esperando o almoço com a mamãe, a Dona Zezé, eu falava assim: "Em Brasília, 19 horas". E a minha mãe dizia: "Meu filho, são onze e meia". "Não, mãe, é porque eu adoro A Voz do Brasil. Eu quero esperar para ouvir A Voz do Brasil". E eu ouvia, rigorosamente, todo dia, naquele tempo em que o programa era transmitido, todo dia, rigorosamente às 7 horas da noite. Depois do meu programa, eu ia para a praça, para o coreto da cidade, para anunciar notas de falecimento.

    Uma das minhas gafes históricas foi contada ao Jô Soares, em 2002, em seu programa da TV Globo, e ele riu sem parar. Eu contei que cheguei atrasado para anunciar as notas de falecimento, peguei uma nota e comecei a falar a hora do enterro, a hora do velório e tal. O rapaz que estava ao meu lado me auxiliando, o Gilmar, simplesmente falou assim: "Kajuru, você leu a nota errada. Essa nota que você leu foi a de 3 horas da tarde, e agora já são 4 horas da tarde". Então, eu soltei a seguinte gafe: "Gente, já são 4 horas da tarde, mas quem der uma corridinha ainda pega o finalzinho do enterro".

    Eu considero um presente dos céus participar de tão significativa celebração, que envolve todos que fazem parte do mundo da comunicação em nosso País.

    Senador, orgulhosamente, pelo Estado de Goiás, na condição de Presidente desta sessão, agradeço a escolha do Presidente Davi Alcolumbre.

    Cumprimento todos os funcionários e dirigentes que participaram ou trabalharam no programa. As senhoras e os senhores produziram e continuam a realizar um dos mais importantes marcos da mídia nacional. Estamos falando do programa de rádio em funcionamento mais antigo do Hemisfério Sul, um noticiário que inaugurou no Brasil a comunicação pública de ampla escala. E este, minhas senhoras e meus senhores, é motivo para comemoração.

    O programa A Voz do Brasil foi a semente deste amplo movimento atual de interação direta de Presidentes, Parlamentares, Ministros e autoridades com o povo brasileiro. Hoje, o programa é um símbolo da transparência do poder público e da responsabilidade dos governantes com a sociedade. É o momento em que os brasileiros se informam sobre os principais acontecimentos dos três Poderes: Executivo, Legislativo e Judiciário. Cada um deles tem seus próprios canais de comunicação, mas só A Voz do Brasil consegue reunir tudo isso numa síntese clara e acessível que chega a todo o País.

    O programa A Voz do Brasil é mais do que apenas um canal de divulgação de notícias oficiais: é um instrumento de unificação e de integração nacional, que contribui para o fortalecimento de nossa identidade enquanto brasileiros. A programação dialoga com as necessidades locais e convida os brasileiros a participarem ativamente da construção de um País verdadeiramente democrático. Um bom exemplo disso é que o programa traz notícias e informações de todas as cinco regiões, do Acre à Paraíba, do Amapá ao Rio Grande do Sul. É uma preocupação que raramente se vê nas emissoras privadas, cujo foco acaba privilegiando os grandes centros urbanos.

    Brasileiras e brasileiros, cerca de quatro gerações de brasileiros receberam e continuam a receber o programa A Voz do Brasil em seus lares, um programa que contou e registrou praticamente a metade da história do Brasil independente. E não teria ficado 90 anos no ar se não tivesse sido capaz de se reinventar. A linguagem ficou mais acessível e novas tecnologias foram incluídas. Hoje, A Voz não está apenas no rádio: está na TV, na Internet, nas redes sociais e em aplicativos de celular. Até mesmo a vinheta do programa passou a transmitir a riqueza das manifestações culturais do Brasil. A grandiosa abertura da ópera O Guarani, de Carlos Gomes, passou a ser reproduzida em versões de forró, choro, bossa-nova, na moda de viola, entre outros ritmos.

    Que esta capacidade de renovação faça com que o programa continue sendo um dos mais importantes noticiários da República e que mais pessoas possam desfrutar desse grande instrumento de democratização das informações do poder público!

    Espero, em 1 década, participar da celebração do centenário do programa A Voz do Brasil, cada vez mais representativo de um país soberano, democrático, justo e, se por isso lutarmos, livre das iníquas desigualdades sociais.

    Eu quero, evidentemente, dar parabéns ao programa A Voz do Brasil.

    Que A Voz do Brasil seja, sobretudo, a voz dos brasileiros!

    "Em Brasília, 19 horas." (Palmas.)

    Quero registrar, com alegria, a presença do Embaixador de El Salvador, o Sr. Luis Aparicio.

    Sr. Embaixador, muito obrigado pela sua presença. Seja bem-vindo!

    Registro a presença do representante do Supremo Tribunal Federal, o Coordenador da TV Justiça, Sr. Denilson Morales.

    Obrigado pela presença.

    O mesmo digo à Presidente da Federação Nacional dos Jornalistas — a minha amada classe —, a Sra. Samira de Castro Cunha: bem-vinda!

    Registro a presença do 1º Secretário da Embaixada da Rússia, o Sr. Vasily Kiselev.

    Também agradeço a presença do Presidente do Laboratório Farmacêutico de Pernambuco, o Sr. Plínio Pimentel Filho.

    Agora vamos apresentar, com muito prazer, o vídeo institucional. Neste momento, convido todos a assistirem a este vídeo, preparado especialmente para esta sessão. Como gosto de falar na televisão, "manda para o ar"!

(Exibição de vídeo.) (Palmas.)

    Parabéns! É irretocável o vídeo.

    Lançamento do selo comemorativo.

    Para dar seguimento à celebração, convido a Sra. Juliana Picoli Agatte, Diretora de Governança e Estratégia dos Correios, a fazer uso da palavra e conduzir o lançamento do selo em comemoração aos 90 anos do histórico programa A Voz do Brasil.