Pronunciamento de Randolfe Rodrigues em 20/08/2025
Pela ordem durante a 96ª Sessão Deliberativa Ordinária, no Senado Federal
Voto de pesar pelo falecimento da Sra. Maria Nilza Amaral, uma das dirigentes do Sindicato dos Servidores Públicos em Educação no Amapá (Sinsepeap) e militante do Partido dos Trabalhadores (PT).
Críticas à obstrução do funcionamento do Senado por parte de Senadores da Oposição, e elogios à condução da questão pelo Presidente Davi Alcolumbre.
- Autor
- Randolfe Rodrigues (PT - Partido dos Trabalhadores/AP)
- Nome completo: Randolph Frederich Rodrigues Alves
- Casa
- Senado Federal
- Tipo
- Pela ordem
- Resumo por assunto
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Homenagem:
- Voto de pesar pelo falecimento da Sra. Maria Nilza Amaral, uma das dirigentes do Sindicato dos Servidores Públicos em Educação no Amapá (Sinsepeap) e militante do Partido dos Trabalhadores (PT).
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Atuação do Senado Federal:
- Críticas à obstrução do funcionamento do Senado por parte de Senadores da Oposição, e elogios à condução da questão pelo Presidente Davi Alcolumbre.
- Publicação
- Publicação no DSF de 21/08/2025 - Página 79
- Assuntos
- Honorífico > Homenagem
- Outros > Atuação do Estado > Atuação do Senado Federal
- Indexação
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- VOTO DE PESAR, HOMENAGEM POSTUMA, DIRIGENTE SINDICAL, SINDICATO, SERVIDOR PUBLICO CIVIL, EDUCAÇÃO, ESTADO DO AMAPA (AP), ATIVISTA, PARTIDO DOS TRABALHADORES (PT).
- CRITICA, OBSTRUÇÃO PARLAMENTAR, FUNCIONAMENTO, OCUPAÇÃO, PLENARIO, SENADOR, OPOSIÇÃO, ELOGIO, ATUAÇÃO, PRESIDENTE, DAVI ALCOLUMBRE.
O SR. RANDOLFE RODRIGUES (Bloco Parlamentar Pelo Brasil/PT - AP. Pela ordem.) – Presidente, duas rápidas questões.
A primeira, Presidente, é que nós do Amapá perdemos, ontem, um dos melhores quadros que a educação amapaense já teve e uma querida companheira minha, em particular, de trajetória política, a companheira Maria Nilza Amaral, militante do Partido dos Trabalhadores, uma das dirigentes do Sindicato dos Servidores Públicos em Educação no Amapá (Sinsepeap) e uma das pessoas que eu considero mais engajadas na luta por uma sociedade justa, solidária e fraterna.
Então, Presidente, eu queria pedir a V. Exa. que fosse incluído, ainda nesta sessão, um voto de pesar pela perda da companheira Maria Nilza Amaral.
Em primeiro lugar, é isso, Presidente.
Em segundo lugar, Presidente, é só um testemunho, se V. Exa. me permite, um humilde testemunho de um dos membros desta Casa, que participa do Colégio de Líderes, sobre a condução de V. Exa. e, sobretudo, sobre como nós devemos nos comportar aqui no Plenário do Senado.
Presidente, o começo deste período legislativo, após o recesso, aconteceu da pior forma possível. Nós assistimos, Presidente, lamentavelmente, a cenas aqui que nos entristecem e que nos envergonham, uma obstrução do funcionamento do Congresso Nacional, do Senado, pelo uso da força. Essa cadeira em que o senhor está foi tomada pela força, pela marra. A obstrução que ocorreu aqui, na primeira semana de funcionamento deste Senado, não foi uma obstrução legítima, porque até obstrução o Regimento do Senado nos ensina como fazer, com o Senado funcionando.
Presidente, a sua condução para restaurar a ordem foi a melhor que se poderia ter. Eu me orgulhei muito da condução de V. Exa., primeiro como amigo particular, segundo como Senador do meu Estado do Amapá e terceiro como Presidente desta Casa, que nós estamos, por força e obra de Deus e por vontade do povo do nosso estado. Eu me orgulhei muito da condução. V. Exa., com firmeza, fez este Plenário voltar a funcionar – com firmeza e com liderança.
Esta segunda parte da minha fala é uma questão de ordem e de apelo aos colegas. Nada aqui se resolve na força. Não vai ser com ameaça ao Presidente da Casa, não vai ser com incitação ao ódio, a quebrar coisas aqui, a fazer cena no Plenário, não vai ser com isso, Presidente, que a gente vai conseguir dar bom exemplo para o Brasil e tratar aqui do que nos é de ofício e de dever, que é trabalhar para o Brasil e para os brasileiros. Então, estou aqui sem nominar ninguém, sem ofender ninguém, mas é um apelo que faço.
Eu conheço V. Exa., Presidente Davi. Eu sei que a tolerância é uma de suas virtudes, mas eu também sei muito bem que o senhor não tolera desrespeito. Então, para evitar um desdobramento não desejoso para o conjunto dos colegas desta Casa e para conseguirmos manter a sobriedade do trabalho e trabalhar para o Brasil, é um apelo que eu faço a todos. Nada aqui vai ser resolvido com violência, com força, com palavra de ordem, com xingamento, com palavrão. Nada aqui vai ser resolvido com nenhum desses termos.
Cada um aqui neste Plenário tem espaço para tudo: para ser de direita, de esquerda, de centro...
(Soa a campainha.)
O SR. RANDOLFE RODRIGUES (Bloco Parlamentar Pelo Brasil/PT - AP) – Tem espaço para tudo, só não tem espaço para o desrespeito. E não é só desrespeito ao Senado, é ao que esta Casa, há 200 anos, representa para o Brasil e para os brasileiros.
Então, quero só deixar esses termos bem claros, porque eu tenho certeza, Presidente, de que, se esses outros termos vierem a ocorrer, eu sei que V. Exa. saberá tomar as medidas cabíveis, e tenha certeza de que V. Exa. terá o meu apoio e o apoio da maioria desta Casa.