Pronunciamento de Leila Barros em 26/08/2025
Presidência durante a 98ª Sessão de Debates Temáticos, no Senado Federal
Encerramento de Sessão Especial destinada a debater as causas do aumento dos casos de feminicídio e discutir soluções para enfrentar os problemas da violência doméstica e familiar contra a mulher e do feminicídio.
- Autor
- Leila Barros (PDT - Partido Democrático Trabalhista/DF)
- Nome completo: Leila Gomes de Barros Rêgo
- Casa
- Senado Federal
- Tipo
- Presidência
- Resumo por assunto
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Mulheres:
- Encerramento de Sessão Especial destinada a debater as causas do aumento dos casos de feminicídio e discutir soluções para enfrentar os problemas da violência doméstica e familiar contra a mulher e do feminicídio.
- Publicação
- Publicação no DSF de 27/08/2025 - Página 60
- Assunto
- Política Social > Proteção Social > Mulheres
- Indexação
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- ENCERRAMENTO, SESSÃO ESPECIAL, DEBATE, AUMENTO, FEMINICIDIO, BUSCA, SOLUÇÃO, PROBLEMA, VIOLENCIA, GENERO.
A SRA. PRESIDENTE (Leila Barros. Bloco Parlamentar Pelo Brasil/PDT - DF) – Grata, Dra. Rafaella Passos, Defensora Pública Federal, Coordenadora do Observatório da Violência contra a Mulher, representando o Sr. Leonardo Magalhães, que é o Defensor Público-Geral Federal.
Bom, chegamos ao fim da sessão – uma sessão que foi longa, mas foi muito produtiva, gente. Eu saio daqui muito feliz e agradecida. Agradeço muito a contribuição de todas as instituições, enfim, de todos os representantes dos Poderes e também da sociedade civil que estiveram aqui conosco nesta sessão temática.
Quero dizer a vocês que, no início da sessão, eu me emocionei – eu não estava preparada, eu fui pega de surpresa – com relação à Letícia. E eu sempre falo – e uma vez eu fiz este desabafo aqui – que estou na política há pelo menos uma década como Secretária, enfim, e hoje há sete anos aqui no Senado, e, graças a Deus, eu não perdi, graças a Deus, a capacidade de me emocionar e de me indignar. E, olhando para os olhos da Letícia, quando a gente foi ler a carta dela com relação à mãe dela, a Cristiane, 41 anos, assassinada, uma mulher cheia de vida, alegre... Essa era uma carta, uma leitura da filha que, à época, tinha dez anos. Então, como mãe, não tem como você não olhar nos olhos daquela menina que já é quase uma mulher jovem, de 22 anos, depois de 12 anos que perdeu a sua mãe, e você não se sensibilizar, não se indignar e olhar nos olhos dela e ver o porquê do meu propósito e das minhas colegas de estarmos, aqui, representando a todas nós.
Então, quero agradecer demais. Aprendo todos os dias, não só com as minhas colegas de bancada, mas com todas vocês – com todas vocês –, seja em qualquer classe social, por onde nós andamos, porque a política nos proporciona algo que é único: conviver com todas as diferenças. Nós conhecemos todas as mulheres, graças a Deus, de A a Z. E as angústias, minhas amigas e amigos que estão aqui, homens que estão aqui também, são as mesmas. Por isso, esse nosso debate não se encerra por aqui. Certamente, enquanto estivermos aqui, estaremos – e as próximas que virão também estarão – sempre tratando desse tema. Mas a gente precisa avançar com coragem, com resiliência e, mais uma vez, reforçando, com sororidade.
Cumprida a finalidade desta sessão temática, eu agradeço a presença de todos e a Presidência declara encerrada a presente sessão.
Muito obrigada.