Discurso durante a 107ª Sessão Deliberativa Ordinária, no Senado Federal

Comentários sobre sessão especial realizada pelo Senado Federal em homenagem aos profissionais de Educação Física e sobre seminário promovido pela CE intitulado “Diálogo sobre a Formação Esportiva dos Jovens no Brasil”, destacando os benefícios do esporte para a saúde, o seu impacto econômico e social, bem como a necessidade de investimentos no setor, especialmente em escolas públicas.

Autor
Leila Barros (PDT - Partido Democrático Trabalhista/DF)
Nome completo: Leila Gomes de Barros Rêgo
Casa
Senado Federal
Tipo
Discurso
Resumo por assunto
Desporto e Lazer, Economia e Desenvolvimento, Educação, Saúde Pública:
  • Comentários sobre sessão especial realizada pelo Senado Federal em homenagem aos profissionais de Educação Física e sobre seminário promovido pela CE intitulado “Diálogo sobre a Formação Esportiva dos Jovens no Brasil”, destacando os benefícios do esporte para a saúde, o seu impacto econômico e social, bem como a necessidade de investimentos no setor, especialmente em escolas públicas.
Aparteantes
Magno Malta.
Publicação
Publicação no DSF de 04/09/2025 - Página 53
Assuntos
Política Social > Desporto e Lazer
Economia e Desenvolvimento
Política Social > Educação
Política Social > Saúde > Saúde Pública
Indexação
  • COMENTARIO, SESSÃO ESPECIAL, HOMENAGEM, ATIVIDADE PROFISSIONAL, EDUCAÇÃO FISICA, SEMINARIO, Comissão de Esporte (CEsp), ENFASE, BENEFICIO, ESPORTE, SAUDE, DESENVOLVIMENTO ECONOMICO, DESENVOLVIMENTO SOCIAL, CRIAÇÃO, EMPREGO, MERCADO, ACADEMIA, COMBATE, PROBLEMA, OBESIDADE, AUMENTO, NUMERO, PESSOA IDOSA.

    A SRA. LEILA BARROS (Bloco Parlamentar Pelo Brasil/PDT - DF. Para discursar.) – Obrigada, Senador Jayme Campos, Presidente desta sessão.

    O SR. PRESIDENTE (Jayme Campos. Bloco Parlamentar Democracia/UNIÃO - MT) – Fique à vontade.

    A SRA. LEILA BARROS (Bloco Parlamentar Pelo Brasil/PDT - DF) – Quero cumprimentar também os nossos peritos que estão aí na galeria do nosso Plenário. Sejam bem-vindos!

    E também faço coro ao nosso Presidente, aqui, da sessão: desejo muito sucesso no trabalho desenvolvido por vocês.

    Em nome da Casa e em nome de todo o povo brasileiro, parabéns!

    Sr. Presidente, vamos para um tema mais leve. Eu acho que a gente anda em um período muito difícil da nossa história – eu digo em todos os aspectos, seja político, social ou econômico. De vez em quando, é importante – e eu gosto muito de reforçar isto – trazer temas que também são importantes, são redundantes, sobre os quais a gente deveria, enquanto legisladores, também nos debruçar. E eu acho que a gente está pecando nesse sentido de tratar de pautas que, verdadeiramente, são importantes para a população brasileira.

    Então, eu cumprimento o senhor e todos os Senadores e Senadoras.

    Com grande satisfação, Senador Jayme Campos, eu venho à tribuna tratar, mais uma vez, de um tema que representa muito a minha vida – e eu tenho muito orgulho dessa trajetória –, sobre o qual, felizmente, nesta semana eu tive a oportunidade de debater, de forma muito qualificada.

    Nessa segunda-feira passada, nós realizamos, no Plenário, uma sessão especial em homenagem ao profissional de Educação Física – e eu vou dizer o porquê da relevância –, que foi fruto de um requerimento de minha autoria.

    Foi um momento de reconhecimento e de valorização de uma categoria que exerce um papel fundamental não apenas para a prática de atividades físicas e esportivas, mas também para a promoção da saúde, do bem-estar, do desenvolvimento humano e, é claro, do esporte do nosso país de um modo geral.

    Esses profissionais estão na linha de frente na luta contra o sedentarismo – que, de forma muito contundente, também, impacta a saúde e a questão social –, a obesidade, as doenças crônicas e tantos outros desafios da nossa saúde pública. Eles são agentes transformadores que contribuem tanto para a formação esportiva quanto para a qualidade de vida da população brasileira.

    Foi muito interessante poder ouvi-los sobre suas realizações e desafios e, sobretudo, poder dar voz às suas angústias e demandas, que representam, em grande parte, a promoção do esporte nacional.

    Ainda nesta semana, em outra importante atividade no âmbito da Comissão de Esporte do Senado Federal, cujos trabalhos eu tive a honra de presidir, realizamos mais uma mesa de debates do seminário "Diálogo sobre a Formação Esportiva dos Jovens no Brasil," aprovado pela Comissão, que tem promovido, Sr. Presidente Jayme, um ciclo de reflexões sobre o papel do esporte e da atividade física no desenvolvimento da nossa juventude.

    A audiência pública realizada hoje trouxe valiosas contribuições. Tivemos a presença de especialistas, gestores, educadores e representantes da sociedade civil que reforçaram a centralidade da educação física nas escolas. Não se trata apenas de preparar futuros atletas. Claro, quando alguém me vê aqui defendendo o esporte ou a atividade física, as pessoas automaticamente vão achar que eu estou aqui defendendo o Brasil enquanto uma nação olímpica, uma nação que constrói heróis esportivos, heróis olímpicos. Não se trata disso; trata-se de formar cidadãos, de oferecer a cada criança e jovem a oportunidade de viver a atividade física como um direito, como ferramenta de saúde, de socialização e de cidadania.

    É preciso, Sr. Presidente, garantir que a educação física... E isto é um fato: ela não está em todas as escolas públicas do nosso país, em todos os municípios... Aliás, não vou generalizar, mas nós precisamos rever a questão da atividade física, de proporcionar atividade física para as nossas crianças.

    É preciso que ela esteja presente em todas as escolas, com qualidade, com infraestrutura adequada e com profissionais valorizados. Essa é a verdadeira inclusão. Não é apenas selecionar talentos para competições, o que é importante, afinal de contas os atletas inspiram os jovens e inspiram gerações, mas é permitir que cada estudante, independentemente da classe social ou do bairro em que vive, tenha acesso à atividade física e tenha acesso ao esporte.

    A escola deve ser, sobretudo em comunidades que carecem de equipamentos públicos –esses não são poucos – de lazer e de prática esportiva, os quais são instrumentos de democratização da atividade física e de acesso a ela. Então, a escola tem que ser esse vetor.

    O esporte escolar não deve ser visto apenas como competição, mas como uma prática de vida, como promoção de saúde mental, de saúde física, como um espaço de convivência, disciplina e, acima de tudo, respeito.

    Desculpe, Sr. Presidente, está uma secura aqui em Brasília; estou sofrendo.

    Se quisermos uma juventude saudável, cidadã e preparada para desafios do futuro, temos que olhar para a educação física escolar com mais atenção, mais investimento e mais prioridade, até porque, Sras. e Srs. Senadores, o esporte não é apenas um vetor social e de saúde; ele também, Senador Jayme, é um motor econômico poderoso.

    Segundo dados do Relatório PIB do Esporte Brasileiro – Relatório Nacional da Economia do Esporte, desenvolvido pela organização Sou do Esporte, mostram – pasmem! – que, em 2023, a indústria do esporte movimentou R$183,4 bilhões, o equivalente a 1,69% do PIB nacional, superando, inclusive, o setor da cultura, que corresponde hoje a 1,55%.

    Esse setor, Sr. Presidente, gera impactos expressivos. Cada real investido do setor privado no esporte gera um retorno de R$23,36. E, no setor público, de cada real investido, o retorno é de R$12, mais de R$12, R$12,83. Estamos falando de uma cadeia produtiva que envolve comércio, indústria, mídia, entretenimento e serviços, e que gerou, só no último ano, mais de 3 milhões de empregos diretos.

    Vale lembrar que o Brasil é hoje o segundo maior mercado de academias do mundo, com cerca de 75 mil estabelecimentos registrados, quase alcançando os Estados Unidos, que tem 82 mil academias para uma população bem maior. Realidade que reforça a relevância do profissional de educação física e a força desse mercado na vida cotidiana de todos os brasileiros.

    Mas, Sr. Presidente, Sras. e Srs. Senadores, ao lado desses números expressivos, também enfrentamos desafios. Segundo o Atlas Mundial da Obesidade, um em cada três brasileiros é obeso. O impacto disso na saúde pública, Sr. Presidente, é gigantesco.

    Está aí por que, neste momento da minha fala, eu insisto com a questão da educação física na escola: porque é através dos pequenos que a gente vai conseguir implementar uma cultura esportiva, uma cultura de qualidade de vida.

(Soa a campainha.)

    A SRA. LEILA BARROS (Bloco Parlamentar Pelo Brasil/PDT - DF) – Eu não quero que o jovem na escola tenha acesso à educação física para ser um atleta, porque um em um milhão vai ser um atleta olímpico, mas, mais do que isso, nós queremos uma sociedade saudável, em que, nas gerações, a gente não tenha tantos problemas como hoje enfrentamos na saúde pública por causa da questão de obesidade e doenças cardiovasculares. Isso eleva o custo do SUS e compromete a qualidade de vida de milhões de pessoas. Atividade física regular, conduzida por profissionais capacitados, é uma das estratégias mais eficazes para reverter o cenário.

    Outro ponto de atenção – para o qual eu quero chamar atenção aqui – é o envelhecimento da nossa população: projeções do IBGE indicam que, até 2050, nós teremos no nosso país, gente, pasmem, mais idosos do que jovens...

(Interrupção do som.)

    A SRA. LEILA BARROS (Bloco Parlamentar Pelo Brasil/PDT - DF) – Perdão, Sr. Presidente, estou finalizando.

    Promover o envelhecimento saudável, com qualidade de vida, passa necessariamente pela prática regular de atividade física. Portanto, senhoras e senhores, o esporte deve ser visto como uma política de Estado, não apenas como competição, mas como instrumento de transformação social, de saúde pública, de inclusão – e também com os números que eu apresentei aqui do PIB do esporte –, de crescimento econômico.

    Eu finalizo, Sr. Presidente, destacando que, seja na escola, nas comunidades, nas academias ou nos grandes eventos esportivos, nós precisamos de mais investimento, mais planejamento e mais valorização dos profissionais e daqueles que atuam diretamente na promoção da atividade física no nosso país, daqueles que atuam nesse setor.

    O esporte – claro, nós temos vários heróis, heróis olímpicos, heróis no esporte – é um patrimônio do povo brasileiro, uma ferramenta estratégica para construir um país mais saudável, mais justo e mais desenvolvido, mas nesta Casa, Sr. Presidente, onde já estou há sete anos nessa luta, é aquela questão da "água mole em pedra dura", diariamente eu reforço a importância de que tratemos o esporte e a atividade física como uma política, de fato, de Estado para todos os brasileiros. Que ele seja acessível a todos os brasileiros de todos os pontos deste país!

    Muito obrigada, Sr. Presidente.

    O SR. PRESIDENTE (Jayme Campos. Bloco Parlamentar Democracia/UNIÃO - MT) – Cumprimento a ilustre Senadora Leila, quero me associar a sua fala, realmente tem toda a razão. Eu acho que o Brasil não investe muito na área esportiva, é uma pena.

    Se V. Exa., que está aqui na nossa capital federal, Brasília, tem deficiência, você imagine no interior do Brasil. Em Mato Grosso, particularmente, que é um estado de dimensão continental, o acesso à área do esporte, que é saúde – esporte é nada mais do que saúde; não é só talento que se descobre no esporte –, infelizmente é muito carente. O país é muito rico, muito bom, uma potência, a potência do mundo, mas a área do esporte também é fundamental para o desenvolvimento, sobretudo para aqueles jovens crescerem saudáveis; tem que ter, mas é pouco.

    Acho que uma grande parte das escolas públicas do Brasil e aqui, Senador Magno Malta, não tem ainda a oportunidade de ter uma quadra coberta. Por incrível que pareça, eu estive dias atrás em um bairro da cidade de Cuiabá, lá tem um colégio com 1,1 mil alunos, e não tinha uma quadra coberta. As crianças faziam a prática do esporte, ou seja, num sol de 40 graus, você imagine... Fiquei tão sensibilizado que uma emenda minha já foi para lá, para a cidade de Cuiabá, para construir, ou seja, cobrir a quadra. O básico do básico é uma quadra coberta para as crianças – é uma pena.

    V. Exa. tem toda razão.

    A SRA. LEILA BARROS (Bloco Parlamentar Pelo Brasil/PDT - DF. Fora do microfone.) – Só para concluir.

    O SR. PRESIDENTE (Jayme Campos. Bloco Parlamentar Democracia/UNIÃO - MT) – Claro.

    A SRA. LEILA BARROS (Bloco Parlamentar Pelo Brasil/PDT - DF) – É só para reforçar com os colegas, quero aproveitar o Senador Magno Malta aqui: o esporte é uma ferramenta de prevenção. Prevenção é quando a gente fala dos impactos do SUS, quando a gente fala desse número de falta de orçamento, de um certo cuidado, principalmente com o esporte desenvolvido, com a atividade física na escola, porque é uma preocupação com os futuros brasileiros. Nós não queremos uma geração com inúmeros problemas, sejam cardiovasculares, enfim, são situações que a gente pode debater na Casa.

    Só reforçando isto, Senador Jayme, porque o senhor é uma liderança, assim como o Senador Magno Malta, nós precisamos nos debruçar com relação ao orçamento das escolas públicas, à garantia da atividade.

    O Sr. Magno Malta (Bloco Parlamentar Vanguarda/PL - ES) – A senhora me concede um aparte, Senadora?

    A SRA. LEILA BARROS (Bloco Parlamentar Pelo Brasil/PDT - DF) – Pois não, Senador Magno.

    O Sr. Magno Malta (Bloco Parlamentar Vanguarda/PL - ES. Para apartear.) – Tem um pouco mais de 43 anos que eu tiro drogado da rua.

    Acho que ela saiu aqui.

(Soa a campainha.)

    O Sr. Magno Malta (Bloco Parlamentar Vanguarda/PL - ES) – A minha primogênita estava comigo aqui. Desde que ela nasceu, eu já tinha drogado em casa.

    O esporte é preventivo e também é curativo. Na nossa instituição, o Projeto Vem Viver, nós temos um pequeno centro de treinamento onde eles fazem uma atividade física...

    A SRA. LEILA BARROS (Bloco Parlamentar Pelo Brasil/PDT - DF) – No contraturno.

    O Sr. Magno Malta (Bloco Parlamentar Vanguarda/PL - ES) – Tem um campo society, tem lá um campo de bocha para as pessoas mais idosas – normalmente são alcoólatras –, e eles acabam ali conversando, jogando, participando. Quando eles se agacham para jogar uma bola daquela, ficam em pé e levantam... Então, nós temos (Fora do microfone.) uma atividade de academia, e nós temos um ringue, nós temos uma academia de boxe.

    De lá saiu Marcelo Guimarães, que lá chegou, entregue a mim pelo pai, drogado. Lá ele virou um atleta e teve por três anos contrato no UFC. Ganhou todos os cinturões do Jungle Fight Marcelo Guimarães e teve por três anos contrato no maior evento de MMA do planeta, que é o UFC. Tem muita gente que confunde UFC com esporte, fala assim: "Teve UFC no meu estado". Não, não teve UFC lá porque UFC é uma empresa. Então, é luta de MMA. Então, eu compreendo isso...

    A minha primogênita está do meu lado aqui...

(Soa a campainha.)

    O Sr. Magno Malta (Bloco Parlamentar Vanguarda/PL - ES) – ... e pratica esporte também.

    O que é que nós usamos mesmo lá? O esporte como ferramenta. Ao longo da minha vida, se a senhora me perguntar: "O que é que você fez?". Eu vivia em escola e igreja. "Fazendo o quê?". Fazendo palestra de prevenção às drogas. O que é que eu mais encontro no meu estado? Adultos com famílias dizendo assim: "O senhor se lembra quando o senhor fez uma palestra no Polivalente? Eu tinha 14 anos, eu tinha 16 anos. Olha a minha família. Eu estava começando a usar droga". O outro disse: "O senhor me preveniu, eu não entrei. Foi aquela palestra". Eu conheço muito bem isso.

    Aí quando o Senador Jayme diz que tem uma escola que até hoje não tem a cobertura da quadra, eu vou chamar para um outro campo aqui para a gente refletir: mas dinheiro para show tem. E determinados shows dão para fazer quatro quadras – determinado shows! E sabe por quê, Senadora Leila? (Fora do microfone.) Porque descobriram uma maneira fácil de botar emenda para os municípios, para a Secretaria de Cultura ou de Turismo, e isso gera rendimentos para fazer shows, mas para colocar especificamente para o esporte, para a Secretaria de Esporte... A gente tinha que trabalhar para, na Comissão de Orçamento, a gente mudar, Senador Jayme, uma nomenclatura para especificar, por exemplo: "Isso aqui é para construir uma quadra coberta e essas são as ferramentas que devem ter nessa quadra". Porque construir uma quadra e deixá-la sem nada também não vale nada, não vai ter uso. Ela tem que ter múltiplos usos, porque são múltiplos esportes. E V. Exa. tem autoridade para isso, e eu posso encampar essa luta com V. Exa. e com o Senador Jayme para que a gente faça essa proposta na CMO...

(Soa a campainha.)

    O Sr. Magno Malta (Bloco Parlamentar Vanguarda/PL - ES) – ... para que o dinheiro seja específico para a área do esporte, especificando, para que as crianças tenham diversidade. Você vê, quando um Prefeito inaugura uma praça, quando ele põe lá aqueles equipamentos...

    A SRA. LEILA BARROS (Bloco Parlamentar Pelo Brasil/PDT - DF) – As PECs (Pontos de Encontro Comunitário). Aqui em Brasília é assim.

    O Sr. Magno Malta (Bloco Parlamentar Vanguarda/PL - ES) – ... que as pessoas já ficam felizes, porque as pessoas idosas têm recomendação médica. Você imagine tendo quadras específicas, coisas específicas, instrumentos específicos colocados para o esporte.

    V. Exa. tem autoridade moral, V. Exa. tem autoridade por conta de ter uma história, de ter uma vida. V. Exa. é Senadora da República e pode muito bem, neste ano, fazer essa proposta. Eu posso participar, posso assinar com V. Exa. essa mudança do dinheiro que vai para a secretaria de esporte – tem alguns municípios que não têm, é o esporte junto com a cultura – para especificar, intensificar. Você vai tirar jovens das drogas (Fora do microfone.) e vai evitar que eles entrem nas drogas.

    O SR. PRESIDENTE (Jayme Campos. Bloco Parlamentar Democracia/UNIÃO - MT) – Para concluir, Senador Magno.

    O Sr. Magno Malta (Bloco Parlamentar Vanguarda/PL - ES) – O esporte que V. Exa. praticou a vida inteira e o esporte de alto rendimento, o esporte de contato, como o boxe, como o jiu-jítsu, tiram do jovem o que é mais importante, ele cansa, e esses esportes têm uma filosofia de disciplina que ele leva para casa e que acaba ajudando a educar a mãe e o pai, que não tiveram a mesma oportunidade.

    É muito oportuno o pronunciamento de V. Exa. sobre alguma coisa que eu conheço muito de perto também, até porque, depois que fiquei paralítico, quando fiquei em pé, descobri que tinha talento para o boxe, tornei-me treinador de boxe, treinei o boxe do Moicano, do Paulo Thiago aqui de Brasília. Não sei se são seus eleitores, mas são duas figuras do UFC que o mundo conhece. O Moicano está lutando ainda, o Massaranduba, todo mundo aqui de Brasília que eu conheço.

    Parabenizo V. Exa. por ter trazido esse tema muito importante.

(Interrupção do som.)

(Soa a campainha.)

    A SRA. LEILA BARROS (Bloco Parlamentar Pelo Brasil/PDT - DF) – Obrigada, Senador Jayme.

    Eu sou de uma geração... Eu tenho 53 anos, Senador Magno Malta, Senador Jayme. Eu despertei para o esporte através de um professor de Educação Física, numa escola pública aqui do Distrito Federal, Centro Educacional 02 de Taguatinga Sul, ao lado do Marista, o Centrão, e eu quero dizer a você que não é sobre o esporte olímpico, sobre ser uma atleta olímpica, mas, daquelas que foram comigo, estudaram comigo, praticaram esporte comigo, todas são mães de famílias, grandes profissionais, foi através do esporte que nos conhecemos e, certamente, o esporte foi importante na formação também delas enquanto profissionais.

    Obrigada, Senador Jayme. Obrigada, Senador Magno Malta.


Este texto não substitui o publicado no DSF de 04/09/2025 - Página 53