Discurso durante a 112ª Sessão Especial, no Senado Federal

Sessão Especial destinada a comemorar o Dia do Administrador e celebrar o Jubileu de Diamante (60 anos) da regulamentação da profissão de administrador e da criação do Conselho Federal e dos Conselhos Regionais de Administração.

Comentário sobre os desafios da profissão diante da inteligência artificial e das rápidas transformações tecnológicas. Registro da homenagem ao ex-Senador José Agripino, associado à liderança estratégica e à boa administração.

Autor
Efraim Filho (UNIÃO - União Brasil/PB)
Nome completo: Efraim de Araújo Morais Filho
Casa
Senado Federal
Tipo
Discurso
Resumo por assunto
Data Comemorativa, Homenagem:
  • Sessão Especial destinada a comemorar o Dia do Administrador e celebrar o Jubileu de Diamante (60 anos) da regulamentação da profissão de administrador e da criação do Conselho Federal e dos Conselhos Regionais de Administração.
Ciência, Tecnologia e Informática, Regulamentação Profissional:
  • Comentário sobre os desafios da profissão diante da inteligência artificial e das rápidas transformações tecnológicas. Registro da homenagem ao ex-Senador José Agripino, associado à liderança estratégica e à boa administração.
Publicação
Publicação no DSF de 10/09/2025 - Página 16
Assuntos
Honorífico > Data Comemorativa
Honorífico > Homenagem
Economia e Desenvolvimento > Ciência, Tecnologia e Informática
Política Social > Trabalho e Emprego > Regulamentação Profissional
Matérias referenciadas
Indexação
  • SESSÃO ESPECIAL, COMEMORAÇÃO, DIA NACIONAL, CATEGORIA PROFISSIONAL, ADMINISTRADOR, REGULAMENTAÇÃO, PROFISSÃO, CRIAÇÃO, CONSELHO FEDERAL, CONSELHO REGIONAL, ADMINISTRAÇÃO.
  • PREOCUPAÇÃO, UTILIZAÇÃO, INTELIGENCIA ARTIFICIAL, TECNOLOGIA, ATIVIDADE PROFISSIONAL, ADMINISTRADOR.
  • ELOGIO, ATUAÇÃO, EX-SENADOR, JOSE AGRIPINO, ATIVIDADE, ADMINISTRAÇÃO.

    O SR. EFRAIM FILHO (Bloco Parlamentar Democracia/UNIÃO - PB. Para discursar.) – Muito bem, bom dia aos senhores, senhoras, quero saudar o meu caro Presidente em exercício, meu caro Senador Izalci Lucas, um homem que é contador, mas representa muito bem a administração como um todo, é um dos grandes quadros, do ponto de vista do perfil técnico, aqui desta Casa, com quem tive a alegria inclusive de estar junto em diversas Comissões que tratam da reformulação e da modernização do processo administrativo e tributário; meu caro Senador Alan Rick, também outro grande parceiro de caminhada; Senador Jorge Seif.

    Inicio por essas palavras dizendo que esse perfil de ordenamento jurídico, do ponto de vista administrativo, precisa ser renovado, precisa ser modernizado. Nós temos o jubileu de diamante, porque chega aos 60 anos, e me parece que o Conselho Federal de Administração chega como uma pessoa que chega aos 60 anos. Meu caro Leonardo José Macedo, que é Presidente do Conselho de Administração, Hélio Queiroz da Silva, Gilmar Camargo de Almeida, Francisco Almeida Costa, e Keila Cardoso, que representa aqui as mulheres, queria estender também a saudação, claro, a todos que vieram de fora, dos seus respectivos estados, às delegações e comitivas estaduais, em nome da minha querida Paraíba, guerreira e vibrante Paraíba, na pessoa do Conselheiro Federal Geraldo Rosa e do Lourival Muribeca, que também representa aqui toda a categoria, além de todos os demais representantes da nossa comitiva.

    Mas Izalci, meu caro Presidente, eu dizia e seguia no raciocínio de que o Conselho Federal de Administração chega como uma pessoa que chega aos 60 anos: vivida, amadurecida, com experiência adquirida, mas também olhando para o futuro, para desafios que virão. O Conselho Federal de Administração celebra a história dos seus 60 anos, mas também mira o futuro. O que virá por diante? Quais os desafios em uma sociedade cuja transformação está cada dia mais rápida, mais veloz?

    Como adequar os desafios de uma profissão, como a de administrador, em tempos de inteligência artificial? Em tempos que, algumas décadas atrás, e não é muito distante, falava-se em disquete, vocês lembram? Todos nós devíamos ter aquela caixinha, verde, laranja, amarela e tal, com 556KB cada um – algo assim desse tipo, é um número desses –, você tinha que ter muitos. E, hoje, de disquete passou ao pen drive, de pen drive passou à nuvem, de nuvem a gente está falando em terabytes, gigabytes, que estão ali acessíveis num estalar de dedos.

    E, se eu estou falando de coisa de duas décadas atrás, quando a grande maioria aqui já tinha o seu documento profissional, que transformações que a gente pode esperar para os próximos dez anos? Então, eu acho que isso deve permear, sem dúvida nenhuma, as reuniões, o foco, o objetivo de toda essa discussão que permeia o Conselho Federal de Administração, num momento em que a gestão pública ganha relevo na discussão do Brasil. É muito bom ver essa cidadania fiscal – vamos chamar assim –, cidadania, educação tributária, ou seja, as pessoas começando a se preocupar com temas que antes eram de nichos setoriais.

    Aqui nós temos a CMO (Comissão Mista de Planos, Orçamentos Públicos e Fiscalização), da qual eu tenho a honra de ter sido designado para presidi-la, preparar o Orçamento, o OGU 2026. E, antes, falar em Orçamento Público era um tema de nicho, tanto para a imprensa, jornalistas setoriais que cuidavam e que gostavam de números e equações – aquele era o papel de quem ia para a CMO –, como para Parlamentares também, Alan, Jorge. Quem ia para a CMO era aquele Parlamentar que era afeito a números, regras, discutia o Orçamento. Hoje, não; o Orçamento Público está sendo discutido nos bancos da praça, nas filas dos bancos, nas mesas dos bares. As pessoas discutem receita, despesa, elas começam a perceber que uma decisão de governança afeta a sua vida real. Parecia algo distante e, hoje, não, Presidente Izalci.

    Hoje, se um Governo gasta de forma desenfreada, transmite desconfiança, e as pessoas perceberam que a desconfiança aumenta os juros, aumenta a inflação, e isso aumenta o preço da carne para ela poder colocar na mesa da sua família. Essas coisas estão chegando, mesmo que em ondas, mesmo que de forma gradual, paulatinamente, mas estão chegando, e isso é muito bom para que o Brasil possa avançar. E aí ganha relevo essa função, essa profissão, e a contribuição que o administrador pode dar, cada vez mais, profissionalizando a gestão, seja pública, seja privada, de investimentos.

    Então, eu queria deixar registrada esta minha palavra. Aqui também, Senador Izalci, tenho a honra de vir representar o sempre Presidente do nosso partido, Alan, o União Brasil, que foi o democrata Senador José Agripino, que é um dos agraciados com as homenagens que serão entregues na sequência. Ele me pediu para vir, para "ser representado aqui pelo Líder", com aquela formalidade que o meu Senador José Agripino tem. "Eu acho que é ideal que o Líder do meu partido, da minha bancada...", posto que ele exerceu aqui durante muitos anos, foi o Líder da Bancada do Democratas e do União Brasil, e hoje eu carrego a missão e a responsabilidade de fazê-lo.

    Então, também, meu caro Presidente Leonardo José Macedo, estaremos aqui para representá-lo nesta homenagem, até porque tem algo que une o Senador José Agripino com a figura do administrador. Para um bom administrador, é preciso ter visão estratégica e ter liderança. E para um bom político, principalmente para um bom líder, é preciso saber exercer essa liderança com humildade, mas acima de tudo, com a visão estratégica. Um bom jogador de xadrez sabe que o jogo não se resolve em um lance, e é preciso ter essa visão estratégica para levar adiante.

    Então ficam registrados aqui, nestas poucas palavras, o meu abraço e os meus parabéns, como eu disse, em nome da minha querida Paraíba e da comitiva que está aqui, nos 60 anos dos Conselhos Federal e Regionais de Administração. Meus parabéns!


Este texto não substitui o publicado no DSF de 10/09/2025 - Página 16