Discurso proferido da Presidência durante a 117ª Sessão Especial, no Senado Federal

Sessão Especial destinada a celebrar os 125 anos da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz).

Reconhecimento à liderança de Oswaldo Cruz e Carlos Chagas, que erradicaram epidemias e projetaram o Brasil no cenário internacional. Ênfase no papel da Fiocruz na pandemia da covid-19, na produção de vacinas e no fortalecimento do SUS. Louvor às cientistas Margareth Dalcolmo e Celina Turchi, referências globais na pandemia e no estudo do zika.

Autor
Marcelo Castro (MDB - Movimento Democrático Brasileiro/PI)
Nome completo: Marcelo Costa e Castro
Casa
Senado Federal
Tipo
Discurso proferido da Presidência
Resumo por assunto
Pesquisa Científica, Saúde Pública:
  • Sessão Especial destinada a celebrar os 125 anos da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz).
Ciência, Tecnologia e Informática, Combate a Epidemias e Pandemias, Pesquisa Científica:
  • Reconhecimento à liderança de Oswaldo Cruz e Carlos Chagas, que erradicaram epidemias e projetaram o Brasil no cenário internacional. Ênfase no papel da Fiocruz na pandemia da covid-19, na produção de vacinas e no fortalecimento do SUS. Louvor às cientistas Margareth Dalcolmo e Celina Turchi, referências globais na pandemia e no estudo do zika.
Publicação
Publicação no DSF de 17/09/2025 - Página 11
Assuntos
Economia e Desenvolvimento > Ciência, Tecnologia e Informática > Pesquisa Científica
Política Social > Saúde > Saúde Pública
Economia e Desenvolvimento > Ciência, Tecnologia e Informática
Política Social > Saúde > Combate a Epidemias e Pandemias
Matérias referenciadas
Indexação
  • SESSÃO ESPECIAL, COMEMORAÇÃO, ANIVERSARIO DE FUNDAÇÃO, FUNDAÇÃO INSTITUTO OSWALDO CRUZ (FIOCRUZ).
  • RECONHECIMENTO, LIDERANÇA, CARLOS CHAGAS, OSWALDO CRUZ, ERRADICAÇÃO, EPIDEMIA.
  • IMPORTANCIA, ATUAÇÃO, FUNDAÇÃO INSTITUTO OSWALDO CRUZ (FIOCRUZ), COMBATE, EPIDEMIA, NOVO CORONAVIRUS (COVID-19), PRODUÇÃO, VACINA, REFORÇO, SISTEMA UNICO DE SAUDE (SUS).
  • ELOGIO, TRABALHO, PESQUISA CIENTIFICA, CIENTISTA, BRASIL, ESTUDO, ZIKA.

    O SR. PRESIDENTE (Marcelo Castro. Bloco Parlamentar Democracia/MDB - PI. Para discursar - Presidente.) – Fazer ciência em defesa da vida. Nenhuma frase traduz melhor a essência da missão que a Fundação Oswaldo Cruz vem cumprindo, com brilho e dedicação, ao longo de 125 anos de existência ininterrupta.

    Fundada em 1900 como Instituto Soroterápico Federal e rebatizada em 1909 como Fundação Oswaldo Cruz, a instituição nasceu em um Brasil assolado por epidemias e marcado pela insalubridade das grandes cidades. Nesse cenário adverso, sob a liderança firme e visionária de Oswaldo Cruz, iniciou-se uma verdadeira revolução sanitária: a febre amarela foi erradicada no Rio de Janeiro, a peste bubônica controlada e a varíola combatida. Poucos anos depois, Carlos Chagas daria ao mundo a descoberta da doença de Chagas, projetando a ciência brasileira no cenário internacional.

    Desde então, a Fiocruz consolidou-se como um pilar da saúde pública nacional na pesquisa, no ensino e na formulação de políticas, tornando-se um centro de excelência e um patrimônio inestimável do povo brasileiro.

    Hoje, ao celebrarmos essa trajetória centenária, rendemos homenagem a personalidades que engrandeceram a história da Fundação.

    Mario Santos Moreira, atual Presidente, que conduz a instituição em um momento de reconstrução e inovação, fortalecendo sua integração com o SUS e abrindo novos horizontes em tecnologia e sustentabilidade em saúde.

    Nísia Trindade Lima, primeira mulher a liderar a Fiocruz, de 2017 a 2021, e o Ministério da Saúde, de 2023 a fevereiro de 2025 (Palmas.), que liderou a Fundação durante a pandemia da covid-19, coordenando a produção nacional de vacinas e consolidando o Observatório Covid-19 como referência nacional.

    Paulo Gadelha, Presidente entre 2009 e 2016, criador do Plano Fiocruz 2030, que aproximou ciência, sociedade e desenvolvimento sustentável, ampliando a presença internacional da instituição. (Palmas.)

    Paulo Buss, Presidente de 2000 a 2008, foi o responsável por consolidar a diplomacia da saúde e por criar o Centro de Relações Internacionais em Saúde (Cris/Fiocruz), aproximando a instituição de organismos multilaterais.

    Eloi Garcia, presidiu a Fundação entre 1997 e 2000, imunologista e virologista renomado, pioneiro no estudo de vírus emergentes e na formação de gerações de pesquisadores.

    Carlos Morel, liderou a Fundação entre 1992 e 1997, autoridade mundial em doenças tropicais negligenciadas, criador do Centro de Desenvolvimento Tecnológico em Saúde (CDTS/Fiocruz), e articulador de parcerias estratégicas entre ciência e inovação.

    Euclides Ayres de Castilho, presidiu a Fundação em 1992, epidemiologista e professor da USP, referência no enfrentamento ao HIV/Aids, cuja colaboração com a Fiocruz foi decisiva para a formulação de políticas públicas em saúde coletiva.

    Akira Homma, Presidente da Fiocruz entre 1989 e 1990, referência internacional em vacinas e fundador do Bio-Manguinhos, onde coordenou a produção nacional de imunobiológicos estratégicos, consolidando a autossuficiência do Brasil em vacinas essenciais.

    Margareth Dalcolmo, pneumologista que se tornou uma das vozes mais respeitadas durante a pandemia, transmitindo segurança e clareza à população em meio à crise sanitária. (Palmas.)

    Celina Turchi, epidemiologista de destaque internacional, que liderou os estudos que comprovaram a relação entre o vírus zika e a microcefalia, sendo reconhecida pela revista Nature como uma das cientistas mais influentes do mundo. (Palmas.)

    Essas trajetórias se somam àquelas de Oswaldo Cruz e Carlos Chagas, que, no início do século XX, lançaram as bases da saúde pública moderna no Brasil.

    Senhoras e senhores, celebrar os 125 anos da Fiocruz é celebrar a ciência brasileira, é reafirmar o compromisso com a vida, com a saúde e com a dignidade do nosso povo.

    A Fiocruz é, sem dúvida, um centro de excelência e verdadeiro patrimônio nacional, que continua a servir ao Brasil com dedicação exemplar. Suas atividades e conquistas são inúmeras e de enorme relevância para a vida do nosso povo.

    Neste breve discurso de abertura, quero apenas registrar o orgulho que sinto diante dessa instituição centenária — uma senhora de longa trajetória, mas de espírito jovem — que hoje recebe, com justiça, o reconhecimento e o agradecimento do Parlamento brasileiro pelos inestimáveis serviços prestados ao Brasil

    Como Parlamentar e como médico, deixo aqui o meu sincero muito obrigado. (Palmas.)

    Está sobre as bancadas e na mesa o Conexões Fiocruz, esse aqui, o boletim parlamentar da Fiocruz, concebido como um instrumento estratégico de diálogo com o Congresso Nacional, voltado a fortalecer a agenda institucional da fundação e ampliar a compreensão, no âmbito do Parlamento, sobre as ações e as iniciativas voltadas à promoção da saúde pública, da ciência, da tecnologia e da inovação de políticas públicas de saúde.

    Solicito à Secretaria-Geral da Mesa a exibição de um vídeo institucional sobre a Fiocruz.

(Procede-se à exibição de vídeo.) (Palmas.)

    O SR. PRESIDENTE (Marcelo Castro. Bloco Parlamentar Democracia/MDB - PI) – Convido também, para compor a mesa, a Sra. Tânia Mara Coelho, Presidente do Conselho Nacional de Secretários de Saúde (Conass). (Palmas.)

    Agradeço a presença das Sras. e Srs. Embaixadores e representantes diplomáticos dos seguintes países: Cuba, Panamá, República Dominicana. (Palmas.)

    Agradeço igualmente a presença do Sr. Presidente da Empresa Brasileira de Serviços Hospitalares, Arthur Chioro. (Palmas.)

    Neste momento, concedo a palavra ao Sr. Mario Moreira, Presidente da Fundação Oswaldo Cruz, por cinco minutos. (Pausa.)


Este texto não substitui o publicado no DSF de 17/09/2025 - Página 11