Pronunciamento de Rogerio Marinho em 17/09/2025
Pela ordem durante a 119ª Sessão Deliberativa Ordinária, no Senado Federal
Alerta quanto às graves suspeitas apuradas pela CPMI e defesa do acesso aos registros de entrada no Senado, em nome da transparência e da honra do Parlamento. Crítica à decisão de manter sigilo por cem anos e apelo pela sua revisão. Repúdio à presença de Eduardo Bueno no Conselho Editorial do Senado, por declarações consideradas violentas e imorais. Pedido de seu afastamento, subscrito por quase quarenta Parlamentares.
- Autor
- Rogerio Marinho (PL - Partido Liberal/RN)
- Nome completo: Rogério Simonetti Marinho
- Casa
- Senado Federal
- Tipo
- Pela ordem
- Resumo por assunto
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Atuação do Senado Federal:
- Alerta quanto às graves suspeitas apuradas pela CPMI e defesa do acesso aos registros de entrada no Senado, em nome da transparência e da honra do Parlamento. Crítica à decisão de manter sigilo por cem anos e apelo pela sua revisão. Repúdio à presença de Eduardo Bueno no Conselho Editorial do Senado, por declarações consideradas violentas e imorais. Pedido de seu afastamento, subscrito por quase quarenta Parlamentares.
- Publicação
- Publicação no DSF de 18/09/2025 - Página 49
- Assunto
- Outros > Atuação do Estado > Atuação do Senado Federal
- Indexação
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- ANUNCIO, PROTOCOLO, PETIÇÃO, APOIO, SENADOR, OBJETIVO, EXONERAÇÃO, CONSELHO, EDITORA, SENADO, EDUARDO BUENO, JORNALISTA, MOTIVO, DECLARAÇÃO, ASSUNTO, HOMICIDIO, CHARLIE KIRK, ATIVISTA, CONSERVADOR DO PATRIMONIO HISTORICO, PAIS ESTRANGEIRO, ESTADOS UNIDOS DA AMERICA (EUA).
- SOLICITAÇÃO, DAVI ALCOLUMBRE, PRESIDENTE, SENADO, RECONSIDERAÇÃO, DECISÃO, CONTINUIDADE, SIGILO, PRESENÇA, PESSOA FISICA, GABINETE, SENADOR, OBJETIVO, ESCLARECIMENTOS, SITUAÇÃO, POLITICO, PARLAMENTAR, INVESTIGAÇÃO, FRAUDE, CONSIGNAÇÃO EM FOLHA DE PAGAMENTO, INVESTIGADO, COMISSÃO PARLAMENTAR MISTA DE INQUERITO (CPMI), INSTITUTO NACIONAL DO SEGURO SOCIAL (INSS), DESVIO, RECURSOS, APOSENTADO, PENSIONISTA.
O SR. ROGERIO MARINHO (Bloco Parlamentar Vanguarda/PL - RN. Pela ordem.) – Primeiramente, eu quero dizer a V. Exa. que é muito importante que nós estejamos tendo este momento e que V. Exa. esteja presidindo.
V. Exa. tem sido nesta Casa uma Parlamentar atuante, atenta, inteligente, alguém que tem essa percepção necessária para abraçar as causas importantes, inclusive independentemente da questão de direita, de esquerda.
V. Exa. tem sido uma grata e boa surpresa aqui, neste Senado. Quero saudar V. Exa. inicialmente, mas eu chamaria a atenção do nosso... Com a permissão de V. Exa., eu chamaria a atenção do nosso Presidente Davi Alcolumbre.
Presidente Davi, por gentileza, é rápido.
Nós estamos em um momento muito desafiador para o Brasil.
Sr. Presidente, nós vamos ter amanhã a sétima – se eu não estou enganado – reunião da CPMI.
Presidente, toda hora chegam para mim, e para outros membros da Comissão, notícias muito ruins a respeito de promiscuidade, de pessoas que se envolveram em desmandos, de suspeitas que são colocadas de uma forma generalizada sobre Parlamentares, sobre políticos, sobre empresários, sobre pessoas físicas e jurídicas. Aquele Colegiado – eu acho que é importante, é por isso que eu chamo a atenção de V. Exa. – entendeu a necessidade de quebrar 360 sigilos de pessoas físicas e jurídicas. Nós estamos falando de uma quantidade de material muito grande, mas que envolve seguramente mais de uma dezena de bilhão de reais e que, literalmente, retirou recursos de pessoas desprotegidas, e eu estou falando de milhões de aposentados brasileiros, principalmente do campo.
Presidente, há uma ação a que eu apelo a V. Exa., até em nome da honradez desta Casa, de que tenhamos a possibilidade de acessar o sigilo de quem adentrou a gabinete de Parlamentares. Por que eu digo isso a V. Exa.? Porque hoje há um manto de desconfiança sobre o conjunto de Senadores e Deputados. E nós temos pessoas que, ao conversarem com Parlamentares, não significa – esse ato – que foi perpetrado crime, mas é um indício de que houve alguma situação que há necessidade de se esclarecer.
Então, não nos movem no pedido que faço a V. Exa., e eu digo em função da determinação que V. Exa. fez de resguardar por cem anos – cem anos – o sigilo daqueles que adentraram a Casa do Povo, que deve ser transparente, é para que nós possamos elucidar, de uma vez por todas, essa situação e permitir que essa sombra saia da cabeça de todos nós.
Isso, inclusive, foi um requerimento votado pelo conjunto da CPMI por unanimidade, tanto pela oposição como pelo Governo.
Então, apelo a V. Exa. que reconsidere o posicionamento. Não faz bem a esta Casa, não faz bem à democracia, não faz bem à transparência. Somos pessoas públicas e, como pessoas públicas que somos, temos que dar satisfação à sociedade a respeito dos nossos atos.
Aproveitando o embalo, estou entregando a V. Exa. hoje outra situação que me chocou muito.
O senhor sabe, o senhor me conhece e os demais Parlamentares: eu não sou alguém aqui que fico apontando o dedo para o rosto de ninguém. Eu não fulanizo o debate, eu preservo as pessoas, eu não enxovalho a honra de ninguém.
(Soa a campainha.)
O SR. ROGERIO MARINHO (Bloco Parlamentar Vanguarda/PL - RN) – Mas nós não podemos, Sr. Presidente, conviver e nem esta Casa deve acolher pessoas que, declaradamente, fazem discursos de ódio, de vingança, de vindita, que comemoram assassinatos, que se regozijam com a desgraça alheia, que promovem uma campanha difamatória e que, hoje, fazem parte do assento nesta Casa, numa das cadeiras mais importantes aqui, que é o nosso Conselho Editorial do Senado.
Eu falo do Sr. Peninha, que tem o nome de Eduardo Bueno. Aliás, eu vi um vídeo asqueroso desse cidadão, em que ele confessa que tentou praticar um assassinato contra cinco senhoras – ele confessa –, e o que o impediu de perpetrar esse crime foi a sua esposa. Então, um assassino confesso, alguém que tentou assassinar alguém, alguém que comemora o assassinato de outra pessoa, faz parte do Conselho Editorial aqui do Senado da República.
Então, nós fizemos uma petição para V. Exa., pedindo que esse cidadão seja afastado imediatamente do conselho, dessa composição. Está aqui assinada por quase 40 Parlamentares, e eu gostaria que a V. Exa. pudesse acolher esse pedido, feito aqui por quase 40 Parlamentares.
Então, era isso. Por isso é que chamei a atenção de V. Exa. Desculpe talvez um pouco da veemência, mas é a indignação que nos move...
(Soa a campainha.)
O SR. ROGERIO MARINHO (Bloco Parlamentar Vanguarda/PL - RN) – ... e a morte do Sr. Charles Kirk mostra que a intolerância, Sr. Presidente...
Parece-me que há uma retórica, de um lado, de que a direita é violenta, mas, na prática...
(Soa a campainha.)
O SR. ROGERIO MARINHO (Bloco Parlamentar Vanguarda/PL - RN) – ... quem assassina os seus adversários e quer emudecê-los e calá-los, impedir que eles se manifestem, são aqueles que fazem parte da esquerda aqui e no mundo inteiro.
Fascismo, Sr. Presidente, para encerrar, na verdade é atitude. Quando você vai a uma universidade federal e observa que uma parte significativa daqueles que lá estão não querem discutir ideias, e tentam amedrontar, bater e impedir que as pessoas se manifestem, isso, Sr. Presidente, é fascismo.
Então, "acuse-os do que você faz e do que você é".