Discurso durante a 137ª Sessão Deliberativa Ordinária, no Senado Federal

Crítica à política ambiental do Governo Federal e à atuação da Ministra do Meio Ambiente, Sra. Marina Silva, por alegada omissão diante das tragédias nos Estados do Rio Grande do Sul e Acre.

Denúncia de gastos considerados excessivos com a COP em Belém-PA e de supostos esquemas de corrupção no INSS atribuídos ao atual Governo.

Defesa do ex-Presidente Jair Bolsonaro, com denúncia de perseguição política.

Autor
Marcio Bittar (PL - Partido Liberal/AC)
Nome completo: Marcio Miguel Bittar
Casa
Senado Federal
Tipo
Discurso
Resumo por assunto
Meio Ambiente, Previdência Social:
  • Crítica à política ambiental do Governo Federal e à atuação da Ministra do Meio Ambiente, Sra. Marina Silva, por alegada omissão diante das tragédias nos Estados do Rio Grande do Sul e Acre.
Finanças Públicas, Governo Federal:
  • Denúncia de gastos considerados excessivos com a COP em Belém-PA e de supostos esquemas de corrupção no INSS atribuídos ao atual Governo.
Direitos Individuais e Coletivos:
  • Defesa do ex-Presidente Jair Bolsonaro, com denúncia de perseguição política.
Publicação
Publicação no DSF de 09/10/2025 - Página 17
Assuntos
Meio Ambiente
Política Social > Previdência Social
Economia e Desenvolvimento > Finanças Públicas
Outros > Atuação do Estado > Governo Federal
Jurídico > Direitos e Garantias > Direitos Individuais e Coletivos
Indexação
  • CRITICA, LUIZ INACIO LULA DA SILVA, PRESIDENTE DA REPUBLICA, MARINA SILVA, MINISTRO DE ESTADO, MINISTERIO DO MEIO AMBIENTE E MUDANÇA DO CLIMA, INEXISTENCIA, APOIO, PRODUTOR RURAL, ESTADO DO RIO GRANDE DO SUL (RS), POSTERIORIDADE, INUNDAÇÃO, CALAMIDADE PUBLICA, AUSENCIA, ESTADO DO ACRE (AC).
  • ANALISE, DESCUMPRIMENTO, NORMAS, PROTEÇÃO, MEIO AMBIENTE, PAIS ESTRANGEIRO, ESTADOS UNIDOS DA AMERICA (EUA), CHINA, CONTINENTE, EUROPA, RESULTADO, CRITICA, POLITICA DO MEIO AMBIENTE, JUSTIFICAÇÃO, NATUREZA POLITICA, ATUAÇÃO, ORGANIZAÇÃO NÃO-GOVERNAMENTAL (ONG), BRASIL, IMPEDIMENTO, DESENVOLVIMENTO ECONOMICO.
  • ANALISE, UTILIZAÇÃO, IDEOLOGIA, SOCIALISMO, JUSTIFICAÇÃO, CORRUPÇÃO, SINDICATO.
  • MENSALAO, CORRELAÇÃO, CORRUPÇÃO, PETROLEO BRASILEIRO S/A (PETROBRAS), DESVIO, RECURSOS PUBLICOS, DESTINAÇÃO, FINANCIAMENTO, POLITICA, IDEOLOGIA, PROGRESSISMO.
  • JAIR BOLSONARO, DEFESA, EX-PRESIDENTE DA REPUBLICA, COMBATE, CORRUPÇÃO, SIMULTANEIDADE, LIBERAÇÃO, PRISÃO, POLITICO, CONDENADO.
  • CRITICA, GESTÃO, GOVERNO, LUIZ INACIO LULA DA SILVA, ECONOMIA, PREJUIZO, EMPRESA ESTATAL, PRETENSÃO, AUMENTO, IMPOSTOS, CARGA TRIBUTARIA, SIMULTANEIDADE, AUSENCIA, COMBATE, PERDA, CORRUPÇÃO.

    O SR. MARCIO BITTAR (Bloco Parlamentar Vanguarda/PL - AC. Para discursar.) – Sr. Presidente, Sras. e Srs. Senadores, população que nos assiste, mais uma vez, Presidente Chico, quero dar uma outra prova de como a preocupação da Ministra Marina Silva, do Presidente Lula e das ONGs que militam na Amazônia é uma mentira.

    Recentemente 25 produtores rurais do Rio Grande do Sul – que pegou, esse sim, uma catástrofe – se suicidaram. O que foi que o Governo fez depois do desastre ambiental no Rio Grande do Sul? Praticamente nada. Hoje, a área rural brasileira e o agronegócio têm o menor financiamento possível, e o pedido de renegociação até hoje não saiu. Produtores desesperados, tirando a sua própria vida.

    Aliás, no desastre do Rio Grande do Sul, o Presidente da República não se dignou a ir pessoalmente lá. Quando a Primeira-Dama foi ao Rio Grande do Sul, ela se reuniu com quem? Com os produtores, com as pessoas que tiveram suas casas, os seus bens, o seu gado devastado? Não! Reuniu-se com o MST, que é um adversário, invasor de propriedade, inclusive propriedade produtiva, num péssimo sinal.

    Aliás, o mesmo comportamento no Acre, Sr. Presidente. Neste período que o Presidente Lula volta a governar o Brasil, praticamente cinco vezes – porque três dele próprio mais duas da Dilma são cinco vezes –, o Acre teve três inundações, e, em nenhuma delas, o Presidente se dignou a ir ao Acre no momento da aflição do povo acriano.

    Portanto, mais uma vez, eu quero dizer, afirmar: a preocupação das ONGs financiadas com dinheiro internacional e parte de estruturas nacionais não é preocupação ambiental, porque bilhões para o Rio Grande do Sul não foram. Agora, para fazer a COP em Belém do Pará, para chegar a lugar nenhum, aí está se gastando algo em torno de R$6 bilhões, que não vão servir para nada. Eu não tenho nenhuma dúvida de afirmar ao Brasil: é o dinheiro dos brasileiros que será jogado na lata do lixo.

    Eu vou repetir... É a técnica da esquerda: fala um monte de vezes a mesma versão, vamos ver se cola. Pois é, nós também temos que falar a nossa versão várias vezes.

    China joga um terço do CO2 do planeta, não obedece a COP nenhuma. Estados Unidos, segundo colocado, não obedece a COP nenhuma; e o Presidente Donald Trump, honestamente, diferente do anterior, que dizia uma coisa e fazia outra, já admitiu, como os outros governos, que não vai participar da COP. Em terceiro lugar, Europa Ocidental, a terceira responsável pelo CO2 do planeta, também não obedece. Aliás, quem não obedeceu à resolução da COP de Paris foi a França. A Inglaterra não obedece, vive se comprometendo e não cumprindo.

    Portanto, meus irmãos brasileiros, vejam como a desculpa é ambiental, mas o projeto mesmo é manutenção do poder. Agora mesmo, nós estamos aqui vendo a CPMI do INSS. A conta está passando de R$6 bilhões, surrupiados das pessoas mais vulneráveis do Brasil, e é porque não chegamos ainda aos créditos consignados. Segundo uma reportagem de uma emissora muito importante, os consignados podem chegar a R$90 bilhões.

    E, me perdoem, assim como temos lá o Líder do Governo repetindo a mesma matraca todo dia, nós também temos que repetir: é o modus operandi da esquerda. A esquerda acha – e eu fui da esquerda, eu sei o que eu estou dizendo, Presidente Chico – que qualquer entidade, qualquer sindicato que ela ganhe, ela instrumentaliza em nome da causa. A causa, a utopia socialista, faz com que quem dela participa entenda que todos os meios valem a pena para chegar ao seu objetivo. Eu já disse e vou repetir: aqueles que mataram, sequestraram, soltaram bombas, mataram inocentes, um dia se viram arrependidos? Não, porque, em nome da causa, tudo pode. José Dirceu é tido como um dos mentores intelectuais do mensalão, que é uma alternativa de compra do Congresso Nacional, é tratado pelos seus como herói; como é o Gabeira, que foi um dos que sequestrou embaixador. Portanto, não há remorso em nada, porque, para eles, eu repito: em nome da utopia, tudo vale.

    Por que o esquema do INSS explodiu? Porque se acabou com o imposto sindical obrigatório, em que se tinha quase apenas uma entidade, que era a Contag, e, de uma hora para outra, viraram 40. Nessa panela, não cabia, ou seja, onde cabia só um, passou a ter 40, e isso foi fervilhando. O Presidente Bolsonaro, com homens de bem do INSS, da Dataprev, do Ministério da Previdência passaram quatro anos segurando essa pressão, até que mudou o Governo, e quando mudou o Governo, a tampa explodiu.

    O Presidente da República que honestamente combateu... Aliás, eu já disse, Presidente Chico, vou repetir: se o Presidente Bolsonaro tivesse sumido com essa tampinha, tinham descoberto, porque ninguém no Brasil foi tão caçado, fiscalizado, como esse homem foi. Ele passou quatro anos com homens de bem no Estado brasileiro segurando essa pressão. Quando ele sai, ela explode. Primeiro ano do Governo Lula: R$1,5 bilhão. Segundo ano: R$3,3 bilhões, isso em nome da causa.

    Quando eu falo isso na CPMI, os Líderes governistas não gostam de ouvir, mas é o mensalão, o petrolão; tudo isso é forma de surrupiar o Estado para dar as armas para os seus sindicatos, para os seus partidos, para as suas entidades, em nome da utopia socialista. Esse é o modus operandi.

    Agora, Sr. Presidente, o homem que combateu a corrupção, que fez as estatais pararem de dar escândalo, esse se chama Jair Messias Bolsonaro, que está preso. Aí os que fizeram o mensalão, o petrolão e o INSS, por enquanto, estão todos soltos.

    Quero terminar dizendo o seguinte, Sr. Presidente, dinheiro para isso tem: R$6 bilhões surrupiados do INSS, dos mais vulneráveis do Brasil. Segundo a imprensa nacional, na hora em que chegarmos aos consignados, vão para R$80 bilhões, R$90 bilhões.

    As estatais voltaram a dar prejuízo. Os Correios, só no ano passado: foram R$3,2 bilhões. Aí acaba o dinheiro. Aí o que o Governo faz? Combate a corrupção? Não. Combate o desperdício nas estatais? Não. Quer aumentar impostos.

    Hoje, está marcada votação no Congresso Nacional para aumentar impostos. Eu quero dizer, Sr. Presidente, para o Brasil saber, eu voto "não", voto contra. Nós temos um Governo perdulário, que não combate desperdício, que não combate corrupção. É leniente com ela. Ele quer sobrecarregar mais ainda quem produz no Brasil.

    Portanto, o meu voto, quero adiantar: é contra qualquer aumento da carga tributária.

    Muito obrigado, Sr. Presidente.


Este texto não substitui o publicado no DSF de 09/10/2025 - Página 17