Pronunciamento de Magno Malta em 07/10/2025
Discurso durante a 135ª Sessão Especial, no Senado Federal
Sessão Especial destinada à memória das vítimas dos ataques terroristas do Hamas contra a população civil de Israel na Faixa de Gaza. Críticas à postura do Governo Federal e do Presidente da República, acusados de antissemitismo. Apelo à valorização da vida desde a concepção, com sugestão ao Parlamento israelense para abolir o aborto.
- Autor
- Magno Malta (PL - Partido Liberal/ES)
- Nome completo: Magno Pereira Malta
- Casa
- Senado Federal
- Tipo
- Discurso
- Resumo por assunto
-
Assuntos Internacionais,
Homenagem:
- Sessão Especial destinada à memória das vítimas dos ataques terroristas do Hamas contra a população civil de Israel na Faixa de Gaza. Críticas à postura do Governo Federal e do Presidente da República, acusados de antissemitismo. Apelo à valorização da vida desde a concepção, com sugestão ao Parlamento israelense para abolir o aborto.
- Publicação
- Publicação no DSF de 08/10/2025 - Página 33
- Assuntos
- Outros > Assuntos Internacionais
- Honorífico > Homenagem
- Matérias referenciadas
- Indexação
-
- SESSÃO ESPECIAL, MEMORIA, VITIMA, ATAQUE, TERRORISTA, TERRORISMO, HAMAS, POPULAÇÃO, CIVIL, ISRAEL, FAIXA DE GAZA, DEBATE, INFLUENCIA, ANTISSEMITISMO, CRITICA, POLITICA EXTERNA, GOVERNO FEDERAL, PRESIDENTE DA REPUBLICA, LUIZ INACIO LULA DA SILVA, SOLICITAÇÃO, ABOLIÇÃO, ABORTO.
O SR. MAGNO MALTA (Bloco Parlamentar Vanguarda/PL - ES. Para discursar.) – Sr. Presidente desta sessão tão importante e solene; membros da mesa; Srs. Senadores, Srs. Deputados, pastores, líderes – aliás, há um grupo muito significativo aqui do meu estado –, é verdade que este momento, Senador Efraim... (Pausa.)
Sr. Presidente, segure o meu tempo.
Este momento é ímpar na nossa história, Deputado Sóstenes, primeiro, porque faz dois anos do ataque covarde do dia 7 – o segundo Holocausto. Numa sede de matar por matar, um grupo terrorista dos mais conhecidos do mundo, treinado por países que odeiam Israel e querem banir Israel do mapa, como o Irã, que faz parte desse chamado eixo do mal...
Numa sessão como esta, para nós que amamos Israel e entendemos a bênção de Deus sobre aqueles que abençoam Israel, nós todos estamos aqui para dizer que sentimos, que amamos Israel. É uma sessão solene para relembrar e chorar? Sim, mas é para falar a verdade também.
Uma das coisas mais significativas para mim, nesta sessão solene, foi quando entrei aqui e ouvi o depoimento desse jovem que foi salvo para este momento. Ouvimos as verdades que ouvimos, e deve ser... Quando você faz a cena na sua cabeça daquela tragédia, daquele dia...
Uma coisa me alegrou na fala do Senador Jaques Wagner – pena que ele se retirou. É a primeira vez que alguém deste Governo reconhece publicamente que o Hamas é um grupo terrorista. Eu acho até que a Bahia vai enfrentar alguns problemas, não sei se ele combinou para falar isso com o Presidente, que abertamente faz continência às ditaduras, principalmente ao Irã, e certamente – eu estou neste Parlamento há três mandatos – não tem a menor simpatia ou qualquer empatia com o povo judeu. É verdade que ele disse que nem todos os judeus concordam com a política de Benjamin Netanyahu, mas o que ele condena, na defesa de Israel, que eles chamam de ataque à Faixa de Gaza... "Nós não somos contra os palestinos, é que Israel entra para matar o Hamas, mas mata indiscriminadamente".
Vamos refletir. No dia 7, quando eles entraram para fazer o massacre em Israel, eles não selecionaram quem concordava com Benjamin Netanyahu e quem discordava. Eles entraram e mataram indiscriminadamente, estupraram indiscriminadamente. É um grupo terrorista que está a serviço, infelizmente... Uma doença religiosa em nome de Deus, porque nunca foi por política essa questão e essa ascensão comunista no mundo – nunca foi por política.
Agora, nós precisamos lembrar, nós que somos cristãos, que Jesus nasceu em Israel. O Cristo em que nós cristãos cremos cresceu em Israel. Com 12 anos, ele ensinou lá. E isso nos traz a lembrança, quando nos aproximamos do Muro das Lamentações, de que foi lá que ele fez o seu primeiro milagre, foi lá que ele ensinou, pregou e foi lá que ele foi crucificado. E o fato de sermos, como cristãos, perseguidos no mundo é porque nós amamos o povo que Deus escolheu.
Agora, para quem não gosta de Israel, eu não sei que conselho dar. Para nós, cristãos, você precisa aceitar Jesus para ir para o céu. Se chegar lá, você pergunta a Deus: "Por que escolheu esse povo aí?", tão pequeno, mas que ninguém consegue ceifar, ninguém consegue dizimar, por mais esforços que sejam feitos.
Então, aqui, não é uma sessão solene para a gente chorar, é uma sessão solene para a gente falar a verdade sobre aquilo que cremos a respeito do Governo do nosso país, que, a despeito do que foi dito aqui, é antissemita, sim. O conselheiro do Presidente deste país, Celso Amorim, é antissemita.
E o que foi dito aqui hoje, pelo judeu, por quem tenho tanto respeito, Senador Jaques Wagner, reconhecendo publicamente que o Hamas é um grupo terrorista...
(Soa a campainha.)
O SR. MAGNO MALTA (Bloco Parlamentar Vanguarda/PL - ES) – Essa gente precisa entender que o tamanho de Israel... Israel é como uma ilha cercada por quem quer a sua destruição, com a violência com que eles têm tratado e os sonhos com que eles buscam ter bombas atômicas – o que até hoje nunca aconteceu, e nem vai.
Eu encerro fazendo um pedido aos líderes de Israel, aos judeus, às lideranças no Brasil – e que minha fala chegue a Israel.
As 40 crianças que foram mortas, degoladas, queimadas em fornos, quem sabe são rabinos que deveriam ser e não serão. Quem sabe seriam soldados, generais de guerra que poderiam ter sido, professores, cientistas que poderiam ter sido, mas foram degolados e mortos naquele fatídico dia do ataque.
Eu queria pedir aos senhores que, como nós lutamos com unhas e dentes no Brasil para que não se aprove o aborto, leve o Parlamento de Israel a abolir o aborto em Israel, porque cada criança abortada em Israel é a perda de um soldado que poderia ter sido, é a perda de um general que poderia ter sido.
Dizia aqui o jovem Professor no seu discurso que, depois dos mortos da cruel e insana sanha de Hitler, o Holocausto, ainda não se conseguiu repor o mesmo número de judeus. Para se repor o mesmo número de judeus, é preciso não matar os de casa.
É um apelo que faço como quem ama Israel e quem luta duramente neste país para que não se aprove o aborto. É um acinte contra a natureza de Deus.
Vamos lutar para que nós tenhamos um Parlamento diferente, em 2026, nas duas Casas, para que tenhamos Presidências diferentes. Quando eu digo diferentes, refiro-me a pessoas que amam a vida e a paz, acima de tudo, e que entendam o que a palavra de Deus diz – está lá no Velho Testamento –: "Eu abençoarei aqueles que te abençoarem e amaldiçoarei aqueles que te amaldiçoarem".
Que Deus nos dê essa graça de termos um país que, certamente, seja parceiro de Israel, não tão somente comercialmente, porque este país cristão, conservador...
(Interrupção do som.)
(Soa a campainha.)
O SR. MAGNO MALTA (Bloco Parlamentar Vanguarda/PL - ES) – ... este país cristão, conservador, Senador Gilberto, Deputado Gilberto Nascimento – eu o estou profetizando –, nós amamos Israel.
Vocês podem falar comigo? Nós amamos Israel!