Pronunciamento de Eduardo Gomes em 20/10/2025
Discurso proferido da Presidência durante a 147ª Sessão Especial, no Senado Federal
Sessão Especial destinada a comemorar os 100 anos da Academia de Ciências Farmacêuticas do Brasil. Destaque para o papel da ACFB como guardiã do conhecimento, formadora de profissionais e defensora incansável da saúde pública e do valor da ciência. Comentários sobre a contribuição da ACFB para avanços como o controle de qualidade de medicamentos, a farmacovigilância e o desenvolvimento de vacinas.
- Autor
- Eduardo Gomes (PL - Partido Liberal/TO)
- Nome completo: Carlos Eduardo Torres Gomes
- Casa
- Senado Federal
- Tipo
- Discurso proferido da Presidência
- Resumo por assunto
-
Homenagem,
Pesquisa Científica:
- Sessão Especial destinada a comemorar os 100 anos da Academia de Ciências Farmacêuticas do Brasil. Destaque para o papel da ACFB como guardiã do conhecimento, formadora de profissionais e defensora incansável da saúde pública e do valor da ciência. Comentários sobre a contribuição da ACFB para avanços como o controle de qualidade de medicamentos, a farmacovigilância e o desenvolvimento de vacinas.
- Publicação
- Publicação no DSF de 21/10/2025 - Página 9
- Assuntos
- Honorífico > Homenagem
- Economia e Desenvolvimento > Ciência, Tecnologia e Informática > Pesquisa Científica
- Matérias referenciadas
- Indexação
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- SESSÃO ESPECIAL, HOMENAGEM, ANIVERSARIO DE FUNDAÇÃO, CENTENARIO, INSTITUIÇÃO CIENTIFICA, ACADEMIA, CIENCIAS, FARMACIA, FARMACOLOGIA, MEDICINA, VETERINARIA, ODONTOLOGIA, ATUAÇÃO, CONTROLE, QUALIDADE, MEDICAMENTOS, DESENVOLVIMENTO, VACINA, PESQUISA CIENTIFICA, DEFESA, SAUDE PUBLICA.
O SR. PRESIDENTE (Eduardo Gomes. Bloco Parlamentar Vanguarda/PL - TO. Para discursar - Presidente.) – Gostaria, em nome do Presidente do Senado Federal e do Congresso Nacional, Senador Davi Alcolumbre, de toda a Mesa Diretora e dos 81 Senadores e Senadoras, desejar boas-vindas a todos, inclusive àqueles que assistem também pela TV Senado, pelo sistema digital de divulgação, por esta sessão importante, comemorativa dos cem anos da Academia de Ciências Farmacêuticas do Brasil.
Passo, neste momento, aos cumprimentos do Presidente Davi Alcolumbre e de todo o Senado aos membros da academia e, em especial, ao Senador Ogari Pacheco, que conheço de há muito tempo. Sei da forma abnegada como desenvolve a sua atividade profissional, da sua história e, principalmente, do espírito público com relação à evolução e à necessidade de evolução do sistema público de saúde do país e da sua gente.
Passo, então, à leitura da comunicação oficial da Presidência do Senado.
Há momentos em que o tempo se curva diante da história, e a sessão especial de hoje é um deles. Reunimo-nos para celebrar os cem anos da Academia de Ciências Farmacêuticas do Brasil.
A ACFB é uma instituição que, ao longo de um século, tem sido guardiã do conhecimento, formadora de profissionais de excelência e defensora incansável da saúde pública e do valor da ciência. Fundada em 10 de setembro de 1924, no Rio de Janeiro, a então Academia Nacional de Farmácia nasceu do ideal de um grupo de cientistas e farmacêuticos que compreenderam a urgência de criar um espaço de reflexão, intercâmbio e prestígio para as ciências farmacêuticas no país. Hoje, sob o nome de Academia de Ciências Farmacêuticas do Brasil, é reconhecida nacional e internacionalmente como um dos mais importantes centros de pensamento e articulação científica.
Ao longo de sua trajetória, a academia acompanhou e participou dos grandes ciclos da história brasileira: da fundação das primeiras universidades à consolidação do Sistema Único de Saúde; da regulamentação dos medicamentos à expansão da biotecnologia e da farmacovigilância. Em cada momento, sua presença foi discreta, mas determinante: orientou políticas públicas, promoveu o uso racional de medicamentos e incentivou a pesquisa, sempre reafirmando que ciência e cidadania caminham juntas.
É impossível falar do desenvolvimento científico brasileiro sem reconhecer o papel estruturante da ACFB. Em seu seio, mestres, professores e pesquisadores encontram um espaço de convergência entre o saber técnico e o compromisso ético. Desde as primeiras décadas do século XX, a academia defende o ensino superior de farmácia como campo autônomo e essencial para a segurança sanitária nacional. Também foi pioneira na defesa da formação continuada e do diálogo interdisciplinar, antecipando o conceito moderno de saúde integrada, em que farmacologia, biotecnologia, medicina e química se unem para o bem comum.
Muitos dos avanços que hoje consideramos naturais, como o controle de qualidade de medicamentos, a farmacovigilância, o desenvolvimento de vacinas e a pesquisa clínica, têm raízes diretas na influência da ACFB junto às universidades, laboratórios e órgãos reguladores. O valor da academia não reside apenas na excelência técnica – ela representa uma ponte viva entre a ciência e a sociedade, entre o conhecimento e a vida cotidiana dos brasileiros. Ao promover debates, congressos e publicações, a ACFB traduz o saber científico em benefícios concretos: segurança dos medicamentos, formação ética dos profissionais, combate à desinformação e defesa da ciência como patrimônio coletivo.
Os membros honorários e eméritos da academia ocupam lugar especial nessa história. São guardiões da memória e da ética científica. Com seu exemplo, transformaram a ACFB em um templo de saber e serviço público.
Professores, pesquisadores e gestores dedicaram suas vidas à formação de novas gerações e à consolidação de uma ciência voltada ao ser humano. Carregam a missão de unir tradição e futuro, inspirando e mantendo viva a chama da integridade intelectual. São patrimônio moral da sociedade brasileira e símbolos de um país que acredita na força transformadora do conhecimento.
Ao celebrar cem anos de história, a academia não se volta apenas ao passado, mas se projeta para o futuro. Os próximos cem anos exigirão da ciência farmacêutica respostas éticas e inovadoras aos desafios globais: pandemias, resistência antimicrobiana, envelhecimento populacional, transição tecnológica e sustentabilidade ambiental.
A ACFB tem, portanto, uma missão renovada: continuar a formar profissionais conscientes, inspirar políticas públicas baseadas em evidências, fortalecer a pesquisa nacional e garantir que a ciência brasileira mantenha sua autonomia, sua credibilidade e seu compromisso social.
Celebrar o centenário da Academia de Ciências Farmacêuticas do Brasil é celebrar a inteligência, a dedicação e o espírito público de gerações que acreditam que o conhecimento é o caminho da liberdade e do progresso nacional.
Que o Senado Federal registre nos seus Anais o reconhecimento do país a essa instituição centenária, que fez da ciência não um privilégio, mas um serviço. E que os próximos cem anos sejam de ainda mais luz, rigor e compromisso com o Brasil.
Viva a Academia de Ciências Farmacêuticas do Brasil!
Viva a ciência brasileira!
Muito obrigado. (Palmas.)
Neste momento, concedo a palavra ao Sr. Senador Ogari Pacheco, acadêmico honorário da Academia de Ciências Farmacêuticas do Brasil, por cinco minutos.
V. Exa. tem a palavra.