O SR. EDUARDO GIRÃO (Bloco/NOVO - CE. Para discursar. Sem revisão do orador.) – Paz e bem a todos vocês aqui presentes nesta sessão solene histórica, justa e extremamente merecida.

    Quero aqui dizer que não é qualquer grupo empresarial... E eu fico muito feliz por ser cearense e por estar nesta homenagem, porque não é qualquer grupo empresarial do país que tem uma sessão solene do Congresso Nacional. Eu estou aqui desde 2019 e acompanho o que se passa aqui nesta Casa, e é impressionante como esta sessão é merecida e é especial o que a gente está vivendo hoje, aqui.

    Eu quero inicialmente saudar a Sra. Deputada Federal Fernanda Pessoa, requerente desta sessão, minha amiga e minha irmã, e também saudar a Senadora Augusta Brito, que não pôde comparecer. Quero também saudar o Sr. Roberto Proença de Macêdo, Presidente do Conselho da holding do grupo J.Macêdo; o Sr. Amarílio Proença de Macêdo, Presidente-Executivo da holding J.Macêdo; o Sr. Luiz Pretti, Presidente do Conselho da J.Macêdo; o Sr. Irineu Pedrollo, Presidente-Executivo da J.Macêdo; o Sr. Daniel Pitta, Presidente do grupo J.Macêdo; e o Sr. Prefeito de Maracanaú, ex-Deputado Federal, esse irmão também, meu querido Roberto Pessoa.

    Olhe, em nome de todos os presentes aqui e do nosso grande Deputado Carlos Matos também aqui presente, eu quero saudar as pessoas da família que aqui estão, na pessoa do meu amigo Omar Macêdo, que, poucos sabem, me ajudou, foi fundamental no momento em que eu tive a oportunidade de servir ao meu amigo de infância, que é o Fortaleza Esporte Clube. Aliás, eu sei que, na família, tem torcedores do Ceará, do Fortaleza, do Ferroviário, mas eu sinto uma predominância tricolor no DNA. (Risos.)

(Intervenção fora do microfone.)

    O SR. EDUARDO GIRÃO (Bloco/NOVO - CE) – Roberto Macêdo está me dizendo que do Maracanã também.

    Mas hoje nós homenageamos a J.Macêdo pelos 85 anos de história. Nascida no Ceará, a empresa é líder no setor alimentício, com um portfólio de marcas que inclui a farinha de trigo Dona Benta e as massas Petybon, por exemplo. São produtos que estão nas mesas de brasileiras e brasileiros de todas as regiões do país, sempre com elevado padrão de qualidade. Isso se deve ao modelo verticalizado de negócios que a empresa adota. Desde a compra do trigo até a moagem, a produção e a distribuição, a J.Macêdo se encarrega de todas as etapas do processo.

    Como bem colocou o Dr. Amarílio, é uma empresa que tem uma pegada social muito forte com a questão da distribuição de lucros. O décimo terceiro, que foi uma inovação, é uma marca de vanguarda desse grupo que muito honra a nós cearenses.

    Com tudo isso, o grupo J.Macêdo garante a qualidade, a eficiência e a competitividade também dos seus produtos. Todo esse cuidado rendeu-lhe, em 2025, o prêmio Fornecedor do Ano, entregue pelo Sindicato das Indústrias de Panificação e Confeitaria do Estado do Ceará.

    Senhoras e senhores, a longevidade e o sucesso da J.Macêdo se baseiam em princípios que orientam a empresa desde a fundação. Ética, inovação, respeito pelas pessoas e compromisso com o negócio são os pilares dessa história de mais de oito décadas.

    A J.Macêdo sabe que unir crescimento e responsabilidade social não é uma tarefa fácil. É preciso demonstrar dinamismo, valores sólidos e visão de futuro. É preciso, sobretudo, compreender que o lucro só tem sentido quando se traduz em desenvolvimento humano.

    É por isso que a empresa criou, em 2016, o Programa J.Legal, uma referência à formação de jovens para o mercado de trabalho. Mais de 3 mil pessoas, entre 18 e 30 anos, passaram por programa de capacitação em Fortaleza, nossa capital, e cerca de 70% dessas pessoas foram contratadas pela própria empresa ou por instituições parceiras. Ao todo, entre jovens e famílias, mais de 7 mil pessoas foram beneficiadas pela iniciativa. Esses números representam vidas transformadas diretamente; representam jovens que encontraram oportunidades de emprego, famílias que conquistaram estabilidade financeira e comunidades que se desenvolveram.

    A J.Macêdo também é um exemplo de como o setor privado pode fazer a diferença na cultura do país. Eu venho do setor privado e sou testemunha disso. A empresa é parceira do Instituto Moinho Cultural Sul-Americano, sediado em Corumbá, Mato Grosso do Sul. Esse projeto atende cerca de 400 crianças e adolescentes tanto do Brasil quanto da Bolívia. O Moinho Cultural promove formação artística, ensino de idiomas e outras atividades cidadãs que beneficiam jovens em situação de vulnerabilidade social. Trata-se de uma ação que ultrapassa fronteiras, aproximando povos e transformando realidades.

    Também é notável o cuidado da empresa com o patrimônio histórico e ambiental. Em parceria com o Iphan, a J.Macêdo apoiou a restauração do Centro de Integração Universidade Comunidade do Pelourinho da Faculdade de Medicina da Universidade Federal da Bahia. O projeto recuperou o prédio histórico no Pelourinho, devolvendo à cidade um importante espaço de prestação de serviços.

    Essa sensibilidade faz parte das raízes do grupo J.Macêdo. Seu fundador, José Dias de Macêdo, transformou a Fazenda Canhotinho, no interior do Ceará, em uma espécie de reserva ambiental. O Ibama utiliza o espaço para soltar aves apreendidas.

    O irmão e cofundador Benedito Macêdo doou 112ha de área verde no centro de Fortaleza para o Condomínio Espiritual Uirapuru, dedicado a atividades beneficentes e religiosas. É um espaço que quem não conhece precisa conhecer. Já fui diversas vezes lá. É uma espécie de associação de ONGs do bem que fazem um trabalho fenomenal pelos cearenses.

    A nova geração manteve esse legado. Amarílio e Roberto Macêdo, os atuais controladores da empresa, são empresários reconhecidos pelo compromisso com causas ambientais e pela atuação em entidades preservacionistas.

    Esses são exemplos concretos de lideranças empresariais comprometidas com a sustentabilidade e com o desenvolvimento. É gente de bem que honra a própria história, que trabalha pelo bem do Brasil.

    Inclusive, o meu sogro, que é o Sr. Francisco Silva The, trabalhou no grupo J.Macêdo e é muito grato. Por onde ele anda, ele fala da seriedade desse grupo e do compromisso com o Estado do Ceará e com o Brasil.

    Então, parabéns ao grupo J.Macêdo pelos 80 anos! Que Deus possa, cada vez mais, fortalecer essas gerações que foram bem encaminhadas, para que nós tenhamos outras celebrações aqui no Congresso nas próximas décadas.

    Muita paz.