Pronunciamento de Cleitinho em 21/10/2025
Discurso durante a 149ª Sessão Deliberativa Ordinária, no Senado Federal
Apelo à seriedade e à independência dos Três Poderes, com crítica à indicação de ministros ao STF por critérios de proximidade pessoal com o Presidente da República. Denúncia da manutenção de privilégios, como o pagamento de remuneração a ministros após aposentadoria antecipada, e de gastos supostamente excessivos com veículos oficiais pelo TST e o STF. Censura à abertura de casa de apostas pela Caixa Econômica Federal, em contradição com o discurso do Governo Federal sobre a taxação das bets.
- Autor
- Cleitinho (REPUBLICANOS - REPUBLICANOS/MG)
- Nome completo: Cleiton Gontijo de Azevedo
- Casa
- Senado Federal
- Tipo
- Discurso
- Resumo por assunto
-
Agentes Políticos,
Crime Contra a Administração Pública, Improbidade Administrativa e Crime de Responsabilidade,
Finanças Públicas,
Fiscalização e Controle da Atividade Econômica,
Governo Federal,
Poder Judiciário,
Remuneração,
Sistema Financeiro Nacional:
- Apelo à seriedade e à independência dos Três Poderes, com crítica à indicação de ministros ao STF por critérios de proximidade pessoal com o Presidente da República. Denúncia da manutenção de privilégios, como o pagamento de remuneração a ministros após aposentadoria antecipada, e de gastos supostamente excessivos com veículos oficiais pelo TST e o STF. Censura à abertura de casa de apostas pela Caixa Econômica Federal, em contradição com o discurso do Governo Federal sobre a taxação das bets.
- Aparteantes
- Eduardo Girão, Jorge Kajuru.
- Publicação
- Publicação no DSF de 22/10/2025 - Página 27
- Assuntos
- Administração Pública > Agentes Públicos > Agentes Políticos
- Outros > Crime Contra a Administração Pública, Improbidade Administrativa e Crime de Responsabilidade
- Economia e Desenvolvimento > Finanças Públicas
- Economia e Desenvolvimento > Fiscalização e Controle da Atividade Econômica
- Outros > Atuação do Estado > Governo Federal
- Organização do Estado > Poder Judiciário
- Política Social > Trabalho e Emprego > Remuneração
- Economia e Desenvolvimento > Sistema Financeiro Nacional
- Indexação
-
- INDIGNAÇÃO, INFORMAÇÃO, FLAVIO DINO, MINISTRO, SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL (STF), REALIZAÇÃO, JULGAMENTO, GESTÃO, GOVERNADOR, ESTADO DO MARANHÃO (MA), CARACTERIZAÇÃO, CONFLITO DE INTERESSES.
- CRITICA, INDICAÇÃO, LUIZ INACIO LULA DA SILVA, PRESIDENTE DA REPUBLICA, AMIZADE, CARATER PESSOAL, OCUPAÇÃO, VAGA, MINISTRO, SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL (STF), QUESTIONAMENTO, POSSIBILIDADE, JULGAMENTO, GOVERNO, CARACTERIZAÇÃO, VIOLAÇÃO, INDEPENDENCIA, PODERES CONSTITUCIONAIS.
- PROPOSTA, DEFESA, JORGE KAJURU, SENADOR, EXTINÇÃO, INDICAÇÃO, AUTORIA, PRESIDENTE DA REPUBLICA, OCUPAÇÃO, VAGA, CARGO, MINISTRO, SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL (STF).
- CRITICA, LUIS ROBERTO BARROSO, EX-MINISTRO, SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL (STF), CONTINUIDADE, RECEBIMENTO, SALARIO INTEGRAL, POSTERIORIDADE, ANTECIPAÇÃO, APOSENTADORIA.
- REPUDIO, EXCESSO, GASTOS PUBLICOS, ORGÃOS, JUDICIARIO, AQUISIÇÃO, AUTOMOVEL.
- CRITICA, GOVERNO FEDERAL, DISCUSSÃO, TAXA, APOSTAS ESPORTIVAS, SIMULTANEIDADE, AUTORIZAÇÃO, CAIXA ECONOMICA FEDERAL (CEF), ABERTURA, CASA DE APOSTA ESPORTIVA.
O SR. CLEITINHO (Bloco Parlamentar Aliança/REPUBLICANOS - MG. Para discursar.) – Sr. Presidente, muito obrigado.
Uma boa tarde a todos os Senadores e Senadoras, à população que acompanha a gente pela TV Senado e a todos os servidores desta Casa.
Eu queria chamar a atenção para a esculhambação que está virando este país aqui: "Dino julga Dino". Vocês viram isso aqui que está acontecendo? Como é que a gente vai levar um país desse a sério, gente?! Aqui, ó: "Dino julga Dino: ministro vai julgar o próprio caso sobre possíveis crimes de sua gestão no Maranhão". É a mesma coisa de eu virar Presidente da Comissão de Ética aqui, vir uma ação minha, e eu mesmo me julgar. Que esculhambação que virou este país aqui, gente, e o que virou o STF!
E aí agora está havendo a questão do Barroso, que já pediu para sair, e o Lula já pode indicar mais um novo ministro. Vamos lembrar aqui que, desde 2023, quando o Lula entrou, o Lula já indicou um advogado pessoal, o Lula já indicou o próprio Flávio Dino, que é um amigo pessoal, e agora estão falando que pode ser o Messias também, que é um aliado pessoal. Aí, gente, vamos falar a verdade aqui: qual é a possibilidade de vir uma ação a favor ou contra o Governo, que seja contra ou a favor, e esses Ministros julgarem contra o Lula? Vamos falar a verdade.
Eu sempre falo aqui, não é de hoje que eu venho falando aqui: primeiro, eu acho que a indicação não deveria vir do Presidente da República. O Bolsonaro indicou, o Temer já indicou. Tem um projeto seu aqui, não tem, Kajuru? Não deveria ser indicação do Presidente da República, deveria ser uma lista tríplice. Seja o STJ, a OAB, a própria PGR ou o Conselho Nacional de Justiça que fizesse uma lista tríplice, mandasse aqui para o Senado, e nós, Senadores, sabatinaríamos e indicaríamos para o Presidente.
Gente, os Poderes são independentes. Os Poderes, dessa forma, não ficam independentes. Qual é a possibilidade de vir uma ação contra o Governo Lula, uma ação contra o Lula, e cair a relatoria na mão do Flávio Dino, ou do próprio Messias agora, ou do advogado pessoal, que tirou o Lula da cadeia? Só pode se tratar de brincadeira com um negócio desse aqui! Não tem jeito de levar um país desse a sério.
"Ah, mas é porque, se fosse o Bolsonaro, vocês estavam calados". Gente, quem me conhece e me acompanha sabe que tem hora em que até o pessoal da direita fica chateado comigo. Eu tento ser o cara mais justo, menos hipócrita e menos demagogo. Se fosse o Bolsonaro indicando o advogado pessoal dele, se fosse para eu sabatiná-lo aqui, eu votaria contra e mostrava o meu voto aqui. A minha diferença é essa. Sou um cara que respeita o Bolsonaro. Sou grato ao Bolsonaro; para o resto da minha vida, serei sempre grato a ele. Tenho o maior carinho e o maior respeito por ele. Defendo a honra dele aqui tem três anos, mas, se fosse o Bolsonaro indicando um advogado pessoal dele ou um amigo pessoal, eu me levantaria e falaria assim: "Eu não voto a favor". Não existe isso! É a mesma coisa de eu virar Presidente da República e, depois, indicar um amigo meu, indicar um advogado pessoal meu. "Ah, eu tenho um irmão meu aí que é advogado, que tem todo o saber notório", pegar e indicar um irmão meu para ser Ministro do STF. Gente, não existe uma coisa dessa, não! Até onde?
A população brasileira precisa acordar, a população brasileira precisa alertar, e o próprio Presidente do Senado, o Davi, se posicionar. Não tem condição uma situação dessa, não, gente, o que está virando este país aqui!
Eu acabei de mostrar para vocês, aqui, uma matéria do Flávio Dino, com ele mesmo se julgando – ele mesmo vai se julgar. Qual é a possibilidade de ele se incriminar? Contem-me! Ele vai pegar e falar assim: "Não, eu errei"? Qual é a possibilidade, gente? Vamos levar este país aqui mais a sério.
Eu não sou o paladino da justiça, não; não sou o dono da verdade, não – longe disso. Eu não sou o salvador da pátria, não; eu tenho meus defeitos e meus pecados, como todos nós temos, como todos os seres humanos, que estão aqui na Terra, têm, mas a gente precisa ser mais sério aqui, dentro dessa situação. Os três Poderes precisam ser mais sérios, tanto o Poder Legislativo como o Poder Judiciário e o Poder Executivo. A gente precisa levar este país mais a sério; a gente precisa começar a dar bom exemplo para a sociedade. A sociedade que vai... Eu sempre vi isso; eu vim para cá e continuo vendo isso. Isso precisa acabar. A gente precisa dar um basta numa situação dessas. O próprio ministro julgando a si mesmo! Onde a gente vai parar com isso?
Eu faço uma pergunta para quem está aqui e para quem está me acompanhando agora: qual é a possibilidade de o Flávio Dino pegar uma ação contra ele, julgar essa ação agora e falar que ele está errado? Vocês acham mesmo que o Flávio Dino vai fazer isso, gente? E aí sou eu que estou errado? "Ah, não, porque você é contra o Flávio Dino". Não, não sou. Já vi, aqui, o Flávio Dino falando das questões das emendas Pix, e eu apoiei o Flávio Dino. Uma coisa que eu busco ser aqui é justo. Não existe isso, não, gente. A gente precisa acabar com isso.
O Sr. Jorge Kajuru (Bloco Parlamentar da Resistência Democrática/PSB - GO) – Um aparte, Senador Cleitinho.
O SR. CLEITINHO (Bloco Parlamentar Aliança/REPUBLICANOS - MG) – Fica à vontade, Kajuru!
O Sr. Jorge Kajuru (Bloco Parlamentar da Resistência Democrática/PSB - GO. Para apartear.) – Eu vou ser rápido, para não o interromper.
Amigo exemplo, Cleitinho, de Minas Gerais, é só para lhe contar, porque eu não sei se você sabe, integralmente – o Girão sabe –, que o projeto meu está aí – está aí.
Você, com certeza, assim como o Girão, na época, iria aplaudi-lo de pé e me ajudar. Qual é o projeto? Acabaria com a decisão monocrática de o Presidente da República escolher um nome para o Supremo Tribunal Federal, o.k.? Ele não teria mais direito. Seria escolhido por um conselho nacional formado por homens probos no jurídico, por homens reconhecidos, que fariam a lista tríplice; essa lista viria para cá e, na sabatina geral, o Senado decidiria o nome do novo ministro do Supremo Tribunal Federal – projeto do Senador Kajuru.
E, para concluir, idade mínima para ser ministro: 35 anos, como o Toffoli? Não, 55 anos. Tempo de mandato: dez anos. Gente, se o sujeito for contra esse projeto meu, é porque ele é contra o país. Então, é isso que me desanima. É por isso que eu vou embora daqui, entendeu?
Eu falei da CPI da Toga, que, se você estivesse aqui, você também iria apoiar. Você não iria assinar a CPI da Toga – do Judiciário? Eu fiquei sozinho, levei surra, tomei multa e tudo.
Então, é só para te explicar e para quem esquece, infelizmente, neste país. Você sabe da questão de memória no país. O mineiro não vai se esquecer do seu trabalho, mas você sabe da questão da memória do país. Muita gente esqueceu que o Kajuru tem esse projeto aqui, parado, parado. Ele nem sequer foi discutido, Senador Cleitinho.
Obrigado.
O Sr. Eduardo Girão (Bloco Parlamentar Vanguarda/NOVO - CE) – Cleitinho, se você me permite um aparte, complementando...
O SR. CLEITINHO (Bloco Parlamentar Aliança/REPUBLICANOS - MG) – Fica à vontade, Girão.
A gente precisa debater. Isso é extremamente importante, porque a gente vai fazer mais uma nova indicação aqui dentro do Senado, vai sabatinar aqui. E nós teremos a responsabilidade de colocar mais um ministro dentro da Corte, que vai impactar a vida de todo brasileiro.
Você não viu o que o Ministro Barroso foi julgar, agora, na semana passada? Você pode até falar sobre isso, Girão, porque é uma pauta sua. Ele ficou, para poder julgar, para depois sair; quer dizer, vai impactar a vida de milhares de brasileiros.
O Sr. Eduardo Girão (Bloco Parlamentar Vanguarda/NOVO - CE. Para apartear.) – Sobre a questão do aborto, eu subi a essa tribuna há pouco tempo – eu acho que o senhor estava vindo para cá e talvez não tenha visto – e falei exatamente sobre a atitude covarde do Ministro Barroso, que já tinha um pré-julgamento sobre isso há muito tempo. Inclusive, foi o George Soros, da Open Society – o bilionário George Soros –, que o convidou, antes de ele ser Ministro, para fazer palestra pró-aborto e pró-maconha.
Eu sou testemunha do Kajuru aqui, dessa luta, e ele está sempre na reunião de Líderes cobrando. Desde a época do Davi Alcolumbre 1, do Rodrigo Pacheco e do Davi Alcolumbre 2, o senhor cobra isso na reunião de Líderes. Eu sou testemunha disso.
E digo mais: eu acho que o Senador Plínio Valério está com o teu projeto.
O Sr. Jorge Kajuru (Bloco Parlamentar da Resistência Democrática/PSB - GO. Fora do microfone.) – Está, está.
O Sr. Eduardo Girão (Bloco Parlamentar Vanguarda/NOVO - CE) – Ele está com a relatoria, o Senador Plínio, que é a favor.
A solução está aqui, meus amigos, para a gente acabar com essa pajelança: é votar. É colocar no Plenário, votar e dar um basta nisso.
É óbvio que vai dar conflito de interesse. E o senhor falou de um conflito de interesse do Flávio Dino aí, nesse projeto, que é sobre alguma coisa relacionada ao Governo do Maranhão.
O SR. CLEITINHO (Bloco Parlamentar Aliança/REPUBLICANOS - MG) – Quando ele foi Governador.
O Sr. Eduardo Girão (Bloco Parlamentar Vanguarda/NOVO - CE) – Quando ele foi Governador. E tem outro – tem outro –, porque eu já usei esta tribuna, alguns dias atrás, para dizer daquele escândalo do Consórcio Nordeste, de 300 respiradores, a quase R$50 milhões, que evaporaram. Eu denunciava todo dia na CPMI, com documento, com tudo.
Ele fazia parte do Consórcio Nordeste, porque ele era Governador do Maranhão, e caiu com quem? Caiu com quem a relatoria agora no STF? Para ele, para o Dino! E ele, até o momento, não se declarou... Não que eu saiba. Eu posso estar equivocado; ele pode ter feito uma decisão, nesses últimos dias, que não chegou para mim. Mas está com ele! Era para ele imediatamente ter se declarado suspeito: "Eu não posso, porque eu era o Governador desse Consórcio Nordeste que gerou essa fraude".
(Soa a campainha.)
O Sr. Eduardo Girão (Bloco Parlamentar Vanguarda/NOVO - CE) – E, no Brasil, eu acredito que nordestinos podem ter morrido...
(Soa a campainha.)
O Sr. Eduardo Girão (Bloco Parlamentar Vanguarda/NOVO - CE) – ... porque não chegaram esses respiradores.
Então, Senador Cleitinho, parabéns pela tua coragem. Conte comigo! O que tiver que assinar, o que tiver de apoiar nesse seu discurso, com ações legislativas, conte comigo. Eu tenho certeza de que falo também em nome do Kajuru.
O SR. CLEITINHO (Bloco Parlamentar Aliança/REPUBLICANOS - MG) – Há outra coisa – eu queria finalizar aqui, Sr. Presidente – que eu não consigo entender. Parece que eles estão fora da realidade do que o povo brasileiro recebe de salário mínimo, do quanto o povo brasileiro tem que trabalhar para receber R$1,5 mil.
Sobre a questão do Barroso, agora – porque ele saiu antes –, é que ele vai continuar... Ele pediu para sair, gente. Ele não completou todo o mandato dele, não. Ele pediu para sair e vai continuar recebendo o salário que ele recebe como Ministro. Eu faço uma pergunta para você que está aqui: se você está trabalhando numa empresa e você pede para sair, essa empresa continua pagando-o? É só no Brasil que acontece isso.
Barroso, com todo o respeito que eu tenho a V. Exa...
(Soa a campainha.)
O SR. CLEITINHO (Bloco Parlamentar Aliança/REPUBLICANOS - MG) – ... tome vergonha na cara e abra mão desse salário. Você pediu para sair – você pediu para sair! Tem limite o que acontece nesse país aqui, gente. Tem limite!
Eu e o Girão, semana passada, estávamos mostrando, na garagem – com todo o respeito –, carros que foram comprados. Não adianta a gente falar da casa dos outros se a gente não cuida da nossa casa. Eu mostrei aqui: o TST (Tribunal Superior do Trabalho) comprando, se eu não me engano, 27 carros a quase R$350 mil, gastando R$9 milhões – R$350 mil em carros de luxo. Será que os Ministros não têm condição de comprar do próprio bolso? Todos os Ministros têm carro! A verdade é: quem ganha 40 paus por mês aqui... Todos nós temos carro – todos nós –, inclusive para alugar. A gente tem direito a alugar. Então, vamos parar de hipocrisia aqui.
Eu falei do STF também, que comprou 11 carros blindados, no valor de R$5 milhões, cada um por quase R$500 mil – carro blindado. O trabalhador vai no próprio carro, ou ele vai de Uber, ou ele vai de táxi, ou ele vai de ônibus, ou ele vai de bicicleta. Ele se vira!
(Soa a campainha.)
O SR. CLEITINHO (Bloco Parlamentar Aliança/REPUBLICANOS - MG) – E ele vai trabalhar. Mas os Poderes da República, não! Tem que ter carro blindado, tem que ter carro de R$350 mil, de R$400 mil. O ministro que pede para sair tem que continuar recebendo 40 paus por mês...
Ministro, toma vergonha na cara e fala assim: "Eu vou abrir mão, eu pedi para sair". É assim que tem que ser. Espere aí, se eu venho cá, eu tenho um mandato de oito anos, e eu peço para sair ou eu peço uma licença, eu tenho que continuar recebendo? Com o trabalhador acontece isso? Você, trabalhador de escala 6x1, que ganha R$1,5 mil, se você pede para sair, a empresa continua pagando? Não, você tem que procurar outro emprego. Isso é um murro na cara da população brasileira. Vamos fazer um projeto de lei para acabar com isso!
Ou talvez não precise de um projeto de lei, não: Ministro, se você tiver vergonha na cara, você abrirá mão. É só ver o seu patrimônio, é só ver o que você já recebe, o que você vai continuar recebendo. Você não precisa receber do povo brasileiro R$40 mil para ficar em casa. Você não precisa. E se não tem homem para ter peito para falar isso aqui, eu falo na sua cara, Ministro Barroso.
(Soa a campainha.)
O SR. CLEITINHO (Bloco Parlamentar Aliança/REPUBLICANOS - MG) – E eu queria finalizar aqui também, Girão, porque é um tapa na cara da população brasileira. Eu já falei que eu apoio a taxação das bets, que não deveriam nem existir. O Governo está falando: "Vamos taxar, vamos taxar", fala que está contra a questão das bets, mas agora, em novembro, Girão, a própria Caixa está abrindo uma casa de aposta. A Caixa Econômica Federal do Governo Federal do Governo Lula está abrindo uma casa de aposta. E aí? Quem vai defender isso aqui? Vocês querem tanto taxar as bets, porque têm que ser taxadas, porque não deveriam nem existir, mas vocês querem abrir, na Caixa Econômica Federal, uma casa de aposta para ferrar mais ainda com o povo? Que hipocrisia é essa?
O Sr. Jorge Kajuru (Bloco Parlamentar da Resistência Democrática/PSB - GO) – Já tem a Loteria.
O SR. CLEITINHO (Bloco Parlamentar Aliança/REPUBLICANOS - MG) – Que hipocrisia é essa? Pois eu acho que nós devemos entrar com uma ação para poder barrar isso aí. O Governo ainda é contra... Espera aí, Governo, quem vai defender? Eu queria que tivesse alguém da base aqui para poder defender. Quer ir contra as bets, tem que taxar as bets. Como é que vai fazer agora com a Caixa Econômica Federal? Vai ser a favor dessa vergonha? Dessa indecência?
(Interrupção do som.)
(Soa a campainha.)
O SR. CLEITINHO (Bloco Parlamentar Aliança/REPUBLICANOS - MG) – ... Governo volte atrás. Quem tomou essa decisão lá na Caixa Econômica, junto com o Governo Federal, que volte atrás e não faça da Caixa Econômica uma Caixa de aposta.
Muito obrigado.