Pronunciamento de Lucas Barreto em 21/10/2025
Discurso durante a 149ª Sessão Deliberativa Ordinária, no Senado Federal
Alegria com a autorização do Ibama para que a Petrobras inicie a prospecção de petróleo e gás natural na Margem Equatorial da Amazônia.
- Autor
- Lucas Barreto (PSD - Partido Social Democrático/AP)
- Nome completo: Luiz Cantuária Barreto
- Casa
- Senado Federal
- Tipo
- Discurso
- Resumo por assunto
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Meio Ambiente:
- Alegria com a autorização do Ibama para que a Petrobras inicie a prospecção de petróleo e gás natural na Margem Equatorial da Amazônia.
- Aparteantes
- Esperidião Amin.
- Publicação
- Publicação no DSF de 22/10/2025 - Página 35
- Assunto
- Meio Ambiente
- Indexação
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- SAUDAÇÃO, LICENÇA AMBIENTAL, CONCESSÃO, INSTITUTO BRASILEIRO DO MEIO AMBIENTE E DOS RECURSOS NATURAIS RENOVAVEIS (IBAMA), AUTORIZAÇÃO, PETROLEO BRASILEIRO S/A (PETROBRAS), PERFURAÇÃO, POÇO PETROLIFERO, MARGEM EQUATORIAL, BRASIL, ESTADO DO AMAPA (AP), COMBATE, REDUÇÃO, POBREZA, DESIGUALDADE SOCIAL, REGIÃO NORTE, REGIÃO NORDESTE.
O SR. LUCAS BARRETO (Bloco Parlamentar da Resistência Democrática/PSD - AP. Para discursar.) – Sr. Presidente, Sras. e Srs. Senadores, ontem foi um grande dia para o Amapá. Depois de anos de espera, de entraves e de resistências disfarçadas de virtude, o Ibama finalmente autorizou a Petrobras a iniciar a prospecção de petróleo e gás na Margem Equatorial. Essa decisão representa muito mais que um ato administrativo, é a vitória da persistência sobre a hipocrisia, da razão sobre a demagogia e da esperança sobre a omissão.
Foram anos de luta, e que ninguém se engane: a luta não foi apenas contra a burocracia; foi, e ainda é, contra uma elite barulhenta que se arvora de protetora da Amazônia, mas que nunca pisou no barro de um igarapé, nunca olhou nos olhos de uma criança faminta, nunca respirou o ar quente e pesado das nossas periferias. São os chamados ambientalistas de gabinete, confortavelmente instalados em seus escritórios climatizados do Sul e Sudeste e de fora do país, que se alimentam da miséria alheia e se sustentam vendendo, Sr. Presidente, a imagem de uma Amazônia idealizada, onde o homem é tratado como um intruso em sua própria terra.
Esses falsos profetas da ecologia vivem em cidades que poluem o ar, matam os seus rios e degradam o ambiente, e dizem querer preservar em nome de todos nós. E, mesmo assim, se sentem no direito de apontar o dedo para o Amapá e para o povo da Amazônia, como se fôssemos culpados de tudo, e por querermos o que é básico: trabalho, dignidade e futuro.
Falam em proteger a floresta, mas desprezam as pessoas que vivem nela. Querem conservar árvores, mas aceitam a morte silenciosa de quem vive na pobreza mais profunda.
A verdade é, Sr. Presidente, que muitos desses defensores da Amazônia construíram suas carreiras, suas ONGs e suas fortunas sobre a miséria do nosso povo. Criaram factoides; inflam fantasias e vivem de consultorias, relatórios e manchetes. Uma indústria de hipocrisia verde. Preocupam-se mais com o que será dito na COP 30 do que com a realidade de quem vive e morre na floresta.
A Amazônia para eles é palco, não é lar; é vitrine, não é vida. Ainda temos um longo caminho, não bastam as licenças. Há obstáculos de todas as ordens – os entraves técnicos, os interesses escusos e os ambientalistas, Sr. Presidente, de mapas que desenham o futuro do Amapá sem jamais terem conhecido o nosso presente.
Mas, passo a passo, vamos romper essa corrente que nos prende ao atraso. E digo aqui, com toda a força da minha convicção, que nós não nos curvaremos aos interesses internacionais que serão ofertados à COP 30. Não seremos moeda de troca para atender a quem já devastou o próprio país e, agora, vem ditar lições sobre sustentabilidade.
O Amapá não será escravo de agendas estrangeiras.
Sras. e Srs. Senadores, é chegada a hora de dizer: basta! Basta de hipocrisia, basta de miséria disfarçada de ambientalismo, basta de discursos que condenam o nosso povo à pobreza.
O Amapá quer e vai crescer com responsabilidade, com coragem e com orgulho do que é seu.
E que o mundo ouça, alto e claro: a escravidão ambiental acabou! O Amapá será livre – livre para sonhar, para produzir e para dar aos seus filhos o futuro que lhes foi negado por tanto tempo.
O Sr. Esperidião Amin (Bloco Parlamentar Aliança/PP - SC) – V.Exa. me concede um aparte, Senador Lucas?
O SR. LUCAS BARRETO (Bloco Parlamentar da Resistência Democrática/PSD - AP) – Concedo o aparte, Senador.
O Sr. Esperidião Amin (Bloco Parlamentar Aliança/PP - SC. Para apartear.) – Senador Lucas Barreto, eu, desde ontem, acompanho as suas manifestações de regozijo, de alegria, porque o Amapá conseguiu superar mais esta barreira, mais este entrave ao seu desenvolvimento.
Eu não sei quando é que termina a novela, quando é que, afinal, estarão sendo concretizados todos esses sonhos, mas quero dar aqui o meu testemunho de que ninguém sonhou, ninguém lutou, ninguém se manifestou com veemência e com paixão, com tanta intensidade, quanto o meu amigo Lucas Barreto.
V. Exa. não está desfrutando de uma vitória, V. Exa. está celebrando algo que, ainda que não esteja completo, é um momento de alegria. Sãs as famosas alvíssaras, a celebração por uma conquista, ainda que incompleta, ainda que não acabada, mas um sinal concreto de que o sonho e a luta estão no caminho certo e do sucesso.
O meu testemunho é como seu amigo, mas, acima de tudo, como seu colega de Senado que acompanha – às vezes se manifesta, às vezes ouve apenas – uma jornada em favor da prosperidade do seu querido Amapá, que certamente está mais próxima do que jamais esteve.
Parabéns!
O SR. LUCAS BARRETO (Bloco Parlamentar da Resistência Democrática/PSD - AP) – Obrigado, Senador Esperidião Amin.
Incorporo ao meu pronunciamento.
Obrigado, Presidente Izalci.