O SR. ASTRONAUTA MARCOS PONTES (PL - SP. Para discursar. Sem revisão do orador.) - Sr. Presidente, convidados, representantes da Mesa, todos que nos acompanham também pelas redes e pela TV Senado, já se falou bastante aqui sobre a história da GM, uma história de luta, de glórias, de resultados no nosso País, trazendo empregos, trazendo modernidade.

    Eu fico muito honrado de estar aqui, hoje, como um dos requerentes desta sessão solene, lembrando que essa empresa se iniciou no meu Estado de São Paulo.

    É muito importante a gente ressaltar a indústria do Brasil. Temos que dar importância à nossa indústria, que tanto produz no nosso País, contribui com o nosso Produto Interno Bruto, mas também gera qualidade de vida para cada família que trabalha ali e muitas outras, pois gera muitos resultados no dia a dia.

    Eu já fui algumas vezes à GM, em São Caetano, e posso dizer com certeza que essa é uma empresa que nos dá orgulho.

    Eu tenho orgulho desses cem anos da empresa no Brasil, mas, além de falar do passado, quero, hoje, pensar um pouquinho no presente.

    Sem dúvida nenhuma, nós temos desafios. A empresa já passou por muitos desafios no passado. Hoje em dia, eles se apresentam, por exemplo, por meio de uma Reforma Tributária que precisa agora da regulamentação de partes que tocam também, e bastante, a indústria. Nós precisamos garantir que isso funcione da maneira adequada, de modo que nós tenhamos a continuidade dos trabalhos e, vamos dizer assim, da prosperidade das empresas no Brasil. Quem produz empregos no País não é o Governo. Quem produz empregos é o setor privado, e a gente precisa auxiliá-lo, para que ele tenha sucesso no nosso País.

    Pensando em futuro, uma pergunta que sempre passa pela minha cabeça é: o que todos os países chamados desenvolvidos têm em comum? Já pararam para pensar nisso? O que esses países têm em comum? Não é localização geográfica, não é língua, não é cultura, não é religião. O que eles têm em comum é um financiamento consistente, persistente, inteligente em alguns setores. Além disso, têm uma educação focada em resultados, e a ciência, tecnologia e inovação servem para transformar ideias em nota fiscal e emprego, em última instância. Têm, ainda, um ambiente de negócios adequado para o desenvolvimento de empresas que, basicamente, trabalhem com tecnologia — hoje em dia, todas as empresas precisam de tecnologia. Nós precisamos ter esse ambiente adequado aqui.

    Quando nós falamos disso, eu me lembro da importância da educação profissionalizante. Uma empresa como a GM, sem dúvida, precisa, e muito, de técnicos qualificados, de engenheiros qualificados, de pessoal que consiga transformar uma ideia, inicialmente no papel, num protótipo e, depois, num veículo que tenha segurança e eficiência.

    Nós precisamos da ciência e da tecnologia para criar ideias. A ciência básica traz muitas soluções que precisam se transformar em novas tecnologias e, depois, em inovações que são colocadas dentro de cada um dos veículos que transportam as nossas famílias. Então, é bom nos lembrarmos da importância da segurança dentro de todo esse sistema e da eficiência também.

    Nós vivemos em um mundo em que a energia passa a ser uma variável extremamente importante — a energia utilizada na fabricação; a energia consumida na indústria; a energia consumida no uso desses veículos, depois, no dia a dia. Então, sem dúvida nenhuma, é necessário trabalharmos para ter cada vez mais combustíveis sustentáveis. Nós temos pela frente muitas inovações importantes nesse setor, como, por exemplo, o hidrogênio de baixo carbono, que é uma coisa que nós precisamos desenvolver no Brasil, utilizando o que já temos de tecnologia, principalmente quando se fala da produção de hidrogênio com etanol.

    Também lembro que, dentro desse processo todo, essa evolução de tecnologia exige uma formação cada vez mais rápida e flexível, para que acompanhe desenvolvimentos como inteligência artificial e outras tecnologias que vão entrar na linha de montagem, a fim de torná-la cada vez mais competitiva. Competitividade é muito importante. As nossas empresas precisam ser competitivas.

    Finalmente, com relação ao ambiente de negócios para as empresas, esta Casa e o Congresso Nacional como um todo têm uma participação direta, não para privilegiar alguém, mas para oferecer condições adequadas para que as nossas empresas cresçam saudáveis no País. Essa é uma responsabilidade que nós temos com o futuro do País.

    Presidente, pode contar conosco nessa batalha diária para termos um País que realmente consiga se desenvolver de forma sustentável, com desenvolvimento social adequado. Nenhuma parte desse desenvolvimento social, entretanto, vai se fazer sem o desenvolvimento econômico adequado. Para isso, as empresas têm uma participação direta, e nós, a responsabilidade de abrir caminho para as empresas.

    Contem conosco!

    Parabéns pelos 100 anos e pelos muitos anos que virão pela frente!

    Eu tenho certeza de que, no nosso Brasil e neste nosso planeta, que eu já tive a felicidade de ver lá de cima, do espaço, há um lugar de honra garantido para a GM e para cada uma das pessoas que fizeram e ainda vão fazer essa história no futuro.

    Obrigado. (Palmas.)