O SR. FERNANDO BEZERRA (PMDB-RN. Para uma explicação pessoal. Sem revisão do orador.) - Sr. Presidente, quando cheguei ao plenário, pude ouvir apenas o final do pronunciamento do nobre Senador Lúcio Alcântara e o aparte do Senador Pedro Simon, a cujas palavras agora me refiro. Constatei que S. Exª atribui aos empresários e banqueiros uma atitude que sugeriu desonesta. Já tive oportunidade de falar nesta Casa que o setor produtivo brasileiro foi colocado, em relação à competição internacional, em situação extremamente difícil. O Brasil se apresenta talvez como o único país do mundo a exportar impostos; e, a partir de uma posição incoerente do Governo Federal, estabelece-se mais uma condição que propicia o afastamento da economia e do setor produtivo brasileiro da sua competição no mercado internacional. É essa, única e exclusivamente, a tese que defendem os industriais brasileiros. Não há por parte dos empresários, como aqui expôs o Senador Pedro Simon, a condição prévia de desonestidade, como se todos eles fossem portadores de contas frias. Não aceito essa manifestação do Senador Pedro Simon. A Confederação Nacional da Indústria, que tenho a honra de presidir, apenas se posiciona em defesa dos interesses dos empresários brasileiros que pretendem competir em igualdade de condições na economia internacional.

Era o que tinha a dizer, Sr. Presidente. Muito obrigado.