O SR. GILVAM BORGES (PMDB-AP. Pronuncia o seguinte discurso. Sem revisão do orador.) - Sr. Presidente, Srªs e Srs. Senadores, salvo os transportes de locomoção, seja aérea, fluvial e terrestre, sempre fico atento ao exercício do poder com a responsabilidade de quem sabe tê-lo. Acabo de prestar um grande serviço ao meu País, na reflexão constante das longas caminhadas.  

Há muitos que falam muito e dizem pouco; há poucos que falam pouco e, às vezes, não dizem nada; e há os que realmente só sentem.  

Sr. Presidente, volto a esta tribuna para trazer à discussão desta Casa matéria que considero das mais relevantes questões nacionais: o modelo energético adotado para a região amazônica. Inicialmente, cabe sempre recordar que a Amazônia Legal representa 58% do território nacional, com expressivas riquezas naturais, incluindo a maior biodiversidade, a maior rede fluvial e o maior potencial hídrico do Planeta. No entanto, com apenas 12% da população brasileira e apresentando os indicadores sociais e econômicos mais desfavoráveis do País, a região não é uma produtora de riqueza, desestimulando os investimentos em infra-estrutura, indispensáveis ao desenvolvimento de meu Estado e de todos os seus vizinhos regionais.  

O meu pronunciamento se estenderia por mais alguns minutos, mas, em homenagem ao Senador Nabor Júnior, que ficou por três horas consecutivas sentado nessa cadeira, ansioso para se manifestar; a todos os taquígrafos; a todos os jornalistas e funcionários desta Casa; ao Senador Tião Viana, que, pela persistência, tem mostrado a que veio ao Senado Federal, na vigilância constante, defendendo os interesses do País e do Acre; à Senadora Marina Silva e ao Senador Eduardo Suplicy, companheiro militante do PT, um exemplo também de persistência, passo o meu pronunciamento à Mesa, para que seja transcrito nos Anais da Casa.  

Sei que V. Exª, Sr. Presidente, também está com fome. Está aqui o nosso querido José Eduardo Dutra, do PT, que também está ansioso para falar. Assim, em homenagem à Casa e ao Brasil, deixo para fazer meu pronunciamento em uma outra oportunidade.