Discurso durante a 139ª Sessão Deliberativa Ordinária, no Senado Federal

CONSIDERAÇÕES SOBRE A INTEGRAÇÃO E AS RELAÇÕES COMERCIAIS ENTRE BRASIL E ARGENTINA.

Autor
José Sarney (PMDB - Movimento Democrático Brasileiro/AP)
Nome completo: José Sarney
Casa
Senado Federal
Tipo
Discurso
Resumo por assunto
MERCADO COMUM DO SUL (MERCOSUL).:
  • CONSIDERAÇÕES SOBRE A INTEGRAÇÃO E AS RELAÇÕES COMERCIAIS ENTRE BRASIL E ARGENTINA.
Publicação
Publicação no DSF de 14/10/1999 - Página 27297
Assunto
Outros > MERCADO COMUM DO SUL (MERCOSUL).
Indexação
  • COMENTARIO, HISTORIA, RELACIONAMENTO, BRASIL, PAIS ESTRANGEIRO, ARGENTINA, CRIAÇÃO, MERCADO COMUM DO SUL (MERCOSUL).
  • AVALIAÇÃO, PROBLEMA, MERCADO COMUM DO SUL (MERCOSUL), ALTERAÇÃO, OBJETIVO, CRIAÇÃO, AREA DE LIVRE COMERCIO, EXCLUSIVIDADE, ATENÇÃO, REGIME ADUANEIRO.
  • DEFESA, RETORNO, CONSOLIDAÇÃO, MERCADO, AMERICA DO SUL, BENEFICIO, ESTABILIDADE, CONTINENTE.

O SR. JOSÉ SARNEY (PMDB - AP. Pronuncia o seguinte discurso. Sem revisão do orador.) - Sr. Presidente, Srªs e Srs. Senadores, quero dividir com o Senado algumas reflexões sobre nossas relações com a Argentina.  

Em duas semanas, na Argentina, realizar-se-ão eleições presidenciais, que estão sendo acompanhadas por todos nós, com o maior interesse. Todos sabemos que as nossas relações com a Argentina foram sempre marcadas por muitos desencontros. É preciso que se faça uma certa retrospectiva histórica.  

A questão central das nossas divergências com a Argentina, ao longo do tempo, nasceu com a concepção estratégica do século XIX de que quem tivesse o domínio da Bacia do Prata tinha o domínio sobre a América do Sul. Então, toda a nossa política externa estava baseada justamente nas perspectivas estratégicas na direção do Cone Sul. A questão do Prata envolveu várias gerações, chegando até a nossa.  

Como intelectual e tendo uma perfeita consciência desses equívocos, quando cheguei à Presidência da República, levava uma firme decisão de iniciar uma nova etapa nas relações entre Brasil e Argentina. Para tanto, logo nos primeiros dias do meu Governo, mandei a Buenos Aires o meu Ministro das Relações Exteriores. Tinha uma grande pressa porque sempre tive uma noção exata sobre os equívocos que marcavam nossas relações com a Argentina. O meu Ministro das Relações Exteriores, Dr. Olavo Setúbal, tinha a missão de propor à Argentina uma mudança substancial nas nossas relações.  

Daí nasceu meu primeiro encontro com o Presidente Raúl Alfonsín, que ocorreu logo emÂû


Este texto não substitui o publicado no DSF de 14/10/1999 - Página 27297