Discurso durante a 20ª Sessão Não Deliberativa, no Senado Federal

RELATO DO SUCESSO DA TERCEIRA MOSTRA DE CINEMA DE TIRADENTES, EM MINAS GERAIS.

Autor
Francelino Pereira (PFL - Partido da Frente Liberal/MG)
Nome completo: Francelino Pereira dos Santos
Casa
Senado Federal
Tipo
Discurso
Resumo por assunto
POLITICA CULTURAL.:
  • RELATO DO SUCESSO DA TERCEIRA MOSTRA DE CINEMA DE TIRADENTES, EM MINAS GERAIS.
Publicação
Publicação no DSF de 05/02/2000 - Página 1840
Assunto
Outros > POLITICA CULTURAL.
Indexação
  • REGISTRO, ENCERRAMENTO, EXPOSIÇÃO, CINEMA, MUNICIPIO, TIRADENTES (MG), ESTADO DE MINAS GERAIS (MG), ELOGIO, CONTRIBUIÇÃO, VALORIZAÇÃO, CULTURA, PAIS.
  • ELOGIO, RAQUEL HALLAK D'ANGELO, COORDENADOR, EXPOSIÇÃO, CINEMA.
  • APRESENTAÇÃO, REQUERIMENTO, MESA DIRETORA, SOLICITAÇÃO, VOTO, HOMENAGEM, FESTIVAL.

O SR. FRANCELINO PEREIRA (PFL - MG. Pronuncia o seguinte discurso.) - Sr. Presidente, Srªs e Srs. Senadores, encerrou-se no último fim de semana a 3ª Mostra de Cinema da cidade histórica de Tiradentes, promovida com grande sucesso pelos jovens empreendedores Raquel Hallak d’Angelo e Quintino Vargas, entre os dias 21 e 29 de janeiro, com o patrocínio da empresa de telecomunicações Telemar, cujo presidente, Ivan Ribeiro de Oliveira, acompanhou diretamente o festival.

Na condição de relator e representante da Comissão Especial do Cinema no Senado Federal, presidida pelo nobre Senador José Fogaça, tive a honra de presidir as sessões de abertura, no dia 21, e de encerramento, no dia 29 de janeiro, da 3ª Mostra de Tiradentes, ali permanecendo, nos dois fins de semana, para acompanhar os eventos.

Com o crescimento de sua estrutura em mais de 50% em relação ao ano passado, a 3ª Mostra tornou-se, este ano, o maior espaço dedicado exclusivamente ao cinema brasileiro. Cento e dezesseis produções em película ou em vídeo foram mostradas em Tiradentes, distribuídas em 35 longas, 42 curtas e 39 vídeos.

Foram oferecidas cinco oficinas de cultura, com o propósito de estimular o processo vocacional dos participantes e fomentar o treinamento de mão-de-obra direcionada para a indústria cinematográfica.

Cento e oitenta alunos dessas oficinas receberam certificados, 30% a mais do que no ano passado, distribuídos nos seguintes cursos: introdução à realização de vídeo, à realização de documentário cinematográfico, interpretação de ator para cinema, interpretação de ator para adolescente, e oficina de cinema digital.

Uma das novidades da 3ª Mostra foi a introdução de votação para eleger o melhor longa-metragem, o melhor curta-metragem e o melhor vídeo pelo júri popular.

Foram eleitos o longa "Nós que aqui estamos por vós esperamos", de Marcelo Masagão, o curta "O oitavo selo", de Tomás Enrique Creus e o vídeo "Água benta, fé ardente; água ardente, fé benta", de João Luiz Dornelas e Armando Mendes.

Nada menos do que 25 mil pessoas estiveram na Mostra, 120% a mais do que na edição anterior. O número de leitos para acomodar toda essa gente pulou de 900 para dois mil. A cidade viveu nove dias de festa e esplendor.

Na sua fala de encerramento, Raquel Hallak D’Angelo, coordenadora do evento, declarou:

"Há três anos, quando chegamos a Tiradentes com a primeira edição da Mostra de Cinema, fomos recebidos com entusiasmo pelos moradores da cidade, comerciantes e dirigentes locais. Eles sabiam que a união dos atrativos naturais da charmosíssima Tiradentes com um trabalho sério de difusão do cinema brasileiro só poderia trazer benefícios, tanto para a economia da cidade como para a cultura nacional."

Dois impactos da Mostra de Tiradentes, um externo e outro interno, são visíveis. O impacto externo foi o de equilibrar melhor a geografia do cinema no território do País. Ela coloca Minas Gerais, seguramente, no mapa da cinematografia brasileira. À maneira de Gramado, no Rio Grande do Sul, Tiradentes já se transformou noutro ponto de referência para o cinema nacional.

Internamente, a Mostra de Tiradentes está tendo o salutar efeito de levar o cinema de volta ao interior e à praça pública, a céu aberto, até em dia de chuva como ocorreu durante o festival. Ela está se desdobrando numa itinerância por outras sete cidades de Minas ligadas à história do cinema, como Ouro Preto e Cataguazes. Este será um novo calendário de eventos, o 1º Circuito de Cinema em Minas, mais uma iniciativa de entretenimento e cultura para as cidades do interior.

A eficiência, a ampla divulgação, a seriedade e a clareza de princípios com que a Mostra de Tiradentes vem sendo conduzida anualmente atraíram à cidade importantes produtores, diretores, investidores, grandes atores e atrizes que apresentavam os filmes e abriam os painéis de discussão.

Muitos organizadores dos mais importantes eventos audiovisuais do País reuniram-se em Tiradentes, empenhados na instituição do Fórum Nacional dos Organizadores de Eventos Audiovisuais Brasileiros.

A "Carta de Tiradentes", por eles redigida, é, na avaliação de Raquel Hallak D’Angelo, "um valioso documento que busca aproximar ainda mais os realizadores de mostras e festivais de cinema, vídeo e multimídia, dos órgãos de governo federal responsáveis pela regulamentação e incentivo da produção audiovisual."

Esta carta me foi entregue para o necessário encaminhamento à Comissão Especial do Cinema no Senado Federal e à Secretaria para o Desenvolvimento do Audiovisual do Ministério da Cultura, órgãos responsáveis pelos pleitos nela.

Sr. Presidente, tendo em vista a relevância do evento, estou encaminhando à Mesa, para consideração deste Plenário, requerimento em que solicito a consignação de um Voto de Aplauso para a 3ª Mostra de Cinema de Tiradentes.

Muito obrigado.

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Anexo 1

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Anexo 2

Encerramento

Raquel Hallak d’Angelo

Coordenadora Geral da Mostra de Cinema de Tiradentes

Há três anos, quando chegamos a Tiradentes com a primeira edição da Mostra de Cinema, fomos recebidos com entusiasmo pelos moradores da cidade, comerciantes e dirigentes locais. Eles sabiam que a união dos atrativos naturais da charmosíssima Tiradentes com um trabalho sério de difusão do cinema brasileiro só poderia trazer benefícios, tanto para a economia da cidade como para a cultura nacional.

Hoje, no encerramento de mais uma versão do evento, nós podemos dizer, com convicção, que a resposta que tivemos em apenas três anos já supera as expectativas.

Do ponto de vista da cidade, basta dizer que, de um ano para outro, o número de leitos disponíveis para acolher os turistas pulou de 900 para 2 mil, segundo levantamento da Associação Comercial. Do ponto de vista da Universo Produção, realizadora da mostra, o sucesso pode ser medido pelo aprimoramento do conceito da mostra; pelas 25 mil pessoas que passaram pela cidade nestes 9 dias. Isto representa 120 por a mais que a edição anterior.

Aperfeiçoando nosso papel de estimuladores do cinema nacional, ampliamos não só o número de filmes e de sessões, mas também os pontos de exibição, concretizando o sonho de levar o cinema à praça, de aproximá-lo ainda mais do público.

E esta idéia, que encontrou nos líderes políticos, como o Senador Francelino Pereira e o Governador Itamar Franco grande aliados - que declararam seu apoio incondicional ao projeto. Esta idéia tão bem-vinda será expandida, ainda este ano, com a mostra itinerante que percorrerá diversas cidades do interior mineiro.

É uma honra para a Universo Produção poder estar à frente de um projeto como este, reflexo direto da credibilidade que conquistamos e do voto de confiança dado mais uma vez pelo nosso patrocinador, a Telemar, que nos acompanha com a mesma convicção desde a primeira edição da mostra.

Esta seriedade e clareza de princípios leva a Mostra de Cinema a dar este ano mais um passo histórico, com a reunião aqui em Tiradentes, neste janeiro de 2000, dos organizadores de alguns dos mais importantes eventos audiovisuais do País.

Desse encontro nasce a Carta de Tiradentes, um valioso documento que busca aproximar ainda mais os realizadores de mostras e festivais de cinema, vídeo e multimídia, dos órgãos do governo federal responsáveis pela regulamentação e incentivo da produção audiovisual, e que nesta noite entregamos para o Senador Francelino Pereira, relator da Comissão Especial do Cinema e grande entusiasta do cinema nacional.

Temos certeza de que, com isso, quem ganha é o cinema nacional. E, naturalmente, o público - prova de que o interesse pelo cinema brasileiro sobrevive até debaixo d’água.

Obrigada a todos que nos ajudaram a viabilizar esta terceira edição.

Ao cinema nacional nosso reconhecimento público e engajamento para vê-lo ocupando o espaço que lhe é devido: o Brasil.

Muito obrigada. Até janeiro de 2001.

Anexo 3

Ao Povo do Cinema

Com grande repercussão na mídia de todo o País, a Comissão Especial do Cinema, instalada em junho de 1999 no Senado Federal, trabalha com o objetivo de propor soluções para os problemas do cinema brasileiro. Ela ouve o povo do cinema , os investidores e agentes do governo, em busca do diagnóstico certo, de alterações indispensáveis na legislação e de definição de uma política pública de fomento à atividade cinematográfica.

A Comissão Especial coloca o Senado Federal no drama e nos meandros do cinema, dando-lhe o conhecimento do que se passa nos vários Estados e pólos de atividade, e se dispondo a prestar, simultaneamente, apoio institucional para a solução de problemas sabidamente recorrentes e complexos.

Por ser uma iniciativa que ganhou repercussão nacional, a Mostra de Cinema de Tiradentes está entre os grande eventos culturais, como os festivais e mostras realizados em vários pontos do País.

Se há um ano, a intenção era inscrever a Mostra na agenda anual do cinema, podemos dizer que a cidade histórica de Tiradentes chegou lá. Mais do que isso, esse privilegiado espaço de exibição, de debate e de popularização do cinema coloca Minas Gerais no circuito nacional da indústria cultural cinematográfica.

Senador Francelino Pereira

Relator da Comissão Especial do Cinema

Senado Federal

3ª Mostra de Cinema de Tiradentes

Ficha Técnica

Idealização e Realização: Universo Produção

Coordenação Geral: Raquel Hallak d’Angelo

Coordenação Técnica: Quintino Vargas Neto

Coordenação Logística: Fernanda Hallak d’Angelo

Curadoria de Filmes: Francesca Azzi

Curadoria de Vídeos: Roberto Moreira S. Cruz

Produção Tarcísio Neves, Mônica d’Angelo

Braga, Rômulo Moreira,

Patrícia Rezende,

Michele Soares d’Angelo,

Diogo Ferreira, Gabriel Moisés S.

Hallak.

Assessoria de Imprensa: Sérgio Stockler e Roberta Canuto

Fotografia: Leonardo Lara

Projeção 35mm e 16mm: José Luiz de Almeida

Alltech Comércio e Manutenção de

Equipamentos

Sonorização: Som Melhor

Filmagem: Olhar XXI

Today Vídeos

Projeto Gráfico: Holograma Estúdio de Criação

Comissão Especial do Cinema - Senado Federal

Presidente: Senador José Fogaça

Relator: Senador Francelino Pereira

Assessores: João da Silveira e Ana Jardim


Este texto não substitui o publicado no DSF de 05/02/2000 - Página 1840