Pronunciamento de José Fogaça em 14/04/2000
Discurso durante a 36ª Sessão Não Deliberativa, no Senado Federal
SATISFAÇÃO COM O ACORDO ENTRE O MINISTERIO DA FAZENDA, O TESOURO NACIONAL E OS ESTADOS PARA RENEGOCIAÇÃO DE DIVIDAS.
- Autor
- José Fogaça (PMDB - Movimento Democrático Brasileiro/RS)
- Nome completo: José Alberto Fogaça de Medeiros
- Casa
- Senado Federal
- Tipo
- Discurso
- Resumo por assunto
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DIVIDA PUBLICA.:
- SATISFAÇÃO COM O ACORDO ENTRE O MINISTERIO DA FAZENDA, O TESOURO NACIONAL E OS ESTADOS PARA RENEGOCIAÇÃO DE DIVIDAS.
- Publicação
- Publicação no DSF de 15/04/2000 - Página 7388
- Assunto
- Outros > DIVIDA PUBLICA.
- Indexação
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- REGISTRO, EFICACIA, ARTICULAÇÃO, MINISTERIO DA FAZENDA (MF), SECRETARIA, TESOURO NACIONAL, ACORDO, RENEGOCIAÇÃO, DIVIDA PUBLICA, ESTADOS.
O SR. JOSÉ FOGAÇA
(PMDB – RS. Para comunicação inadiável. Sem revisão do orador.) – Sr. Presidente, apenas para registrar, com grande satisfação, que a partir deste mês nenhum dos Estados brasileiros que fizeram acordos de refinanciamento das suas dívidas estará em uma situação fora do comum e do convencional, ou seja, todos os Estados que assinaram os acordos e que tiveram esses acordos aprovados pelo Senado Federal, a partir deste mês, estão na mais absoluta regularidade, estão pagando os seus compromissos com o Governo Federal em uma ordem de compromisso de 11 a 13% da sua receita líquida. Não há mais nenhum Estado em moratória e não há mais nenhum Estado depositando em juízo, o que demonstra que foi absolutamente sensata, correta e responsável a condução desse processo de negociação pelo Ministério da Fazenda e pela Secretaria do Tesouro Nacional.
Havia 24 Estados que tinham já assinado esses acordos e que já haviam tido os seus acordos aprovados pelo Senado Federal, e dois desses Estados criaram uma condição extraordinária, não ilegal, mas apenas extraordinária: um declarou a moratória, que foi o Estado de Minas Gerais, e outro, o Rio Grande do Sul, questionou na Justiça, depositando os valores em juízo. A partir de um longo e penoso, mas bem sucedido processo de negociação, que incluiu a Secretaria do Tesouro Nacional, os representantes do Ministério da Fazenda e os representantes das Secretarias de Fazenda dos respectivos Estados, as situações dos Estados se regularizaram inteiramente.
Portanto, o acordo da dívida feita pelos Estados brasileiros ao longo de 20, 30 anos começa finalmente a ser pago de maneira absolutamente uniforme, com tratamento igualitário, sem privilégios ou favorecimentos para nenhum Estado, sem nenhuma situação especial, mas, sobretudo, garantindo que aqueles R$100 bilhões – que constam da dívida pública do Tesouro Nacional e que todos os brasileiros estão sendo obrigados a pagar com juros de 18,5% ao ano – sejam pagos. Neste momento, todos os Estados brasileiros – e aí se inclui Minas Gerais – estão pagando em dia, cumprindo seus compromissos e, portanto, não estão sendo favorecidos com o pagamento generalizado de todos os brasileiros.
Desse modo, fico extremamente satisfeito e faço este registro, elogiando os Estados que ultimaram os acordos e aceitaram as proposições e elogiando, também, o Governo Federal, que conduziu com sensibilidade, ao longo de cerca de 15 meses, esse debate e essa negociação.
Obrigado, Sr. Presidente.