Discurso durante a Sessão Deliberativa Ordinária, no Senado Federal

Congratulações ao Senador Amir Lando pelo brilhante trabalho desempenhado na relatoria do Orçamento de 2001. Desempenho da Comissão de Assuntos Econômicos durante a sua gestão, destacando expectativas para a abertura do mercado comercial dos países do Oriente Médio ao Brasil.

Autor
Ney Suassuna (PMDB - Movimento Democrático Brasileiro/PB)
Nome completo: Ney Robinson Suassuna
Casa
Senado Federal
Tipo
Discurso
Resumo por assunto
ATUAÇÃO PARLAMENTAR. SENADO.:
  • Congratulações ao Senador Amir Lando pelo brilhante trabalho desempenhado na relatoria do Orçamento de 2001. Desempenho da Comissão de Assuntos Econômicos durante a sua gestão, destacando expectativas para a abertura do mercado comercial dos países do Oriente Médio ao Brasil.
Aparteantes
Amir Lando, Pedro Simon.
Publicação
Publicação no DSF de 29/12/2000 - Página 25686
Assunto
Outros > ATUAÇÃO PARLAMENTAR. SENADO.
Indexação
  • CONGRATULAÇÕES, ALMIR LANDO, SENADOR, EFICACIA, TRABALHO, RELATOR, ORÇAMENTO, VIABILIDADE, APROVAÇÃO, PROJETO DE LEI ORÇAMENTARIA.
  • COMENTARIO, EFICACIA, TRABALHO, COMISSÃO DE ASSUNTOS ECONOMICOS, AMPLIAÇÃO, RELACIONAMENTO, NATUREZA COMERCIAL, BRASIL, PAIS ESTRANGEIRO, ORIENTE MEDIO, CONCLUSÃO, RELATORIO, OBTENÇÃO, APROVAÇÃO, PLENARIO, PROJETO DE LEI, AUTORIZAÇÃO, IMPORTAÇÃO, EQUIPAMENTOS, DESTINAÇÃO, HOSPITAL, SETOR PUBLICO, AERONAVE, GARANTIA, SEGURANÇA NACIONAL.

  SENADO FEDERAL SF -

SECRETARIA-GERAL DA MESA

SUBSECRETARIA DE TAQUIGRAFIA 


            O SR. NEY SUASSUNA (PMDB - PB. Pronuncia o seguinte discurso. Sem revisão do orador.) - Sr. Presidente, Srªs e Srs. Senadores, aplaudo o Senador Amir Lando com muita satisfação e até concedo a S. Exª um aparte para que possa fazer seu agradecimento.

            O Sr. Amir Lando (PMDB - RO) - Gostaria de agradecer ao Senado Federal por este momento, que recolho com humildade. Apenas cumpri o meu dever, que me foi atribuído por delegação do Congresso e do meu Partido. Esse esforço foi um mutirão do Congresso brasileiro, que, num ato heróico, dentre outras coisas, proveu os recursos para o salário mínimo e aprovou medidas de caráter que a História haverá de registrar como um marco decisivo na administração da justiça tributária no Brasil. Não há dúvidas de que este é um momento de grandeza do Congresso brasileiro, que soube enfrentar toda sorte de pressão para apontar no sentido da decência e, sobretudo, da ética na política. Agradeço a palavra do Presidente da Casa, que fala em nome de todos os Srs. Senadores, e afirmo que esse mérito é do Congresso, é de cada Parlamentar e, tenho certeza, o benefício é do povo brasileiro. Fomos atrás de receitas, receitas perdidas como tesouro no fundo do mar, ou em busca da arca perdida, a arca da aliança, da decência, da justiça e da felicidade geral. Por isso, Sr. Presidente, agradeço as palavras que vão além da minha dimensão. Muito obrigado ao Congresso brasileiro e a minha Casa, o Senado Federal, pela compreensão que tiveram nessa parceria, que representa uma vitória do povo brasileiro pela sua representação legítima, o Congresso brasileiro.

            O Sr. Pedro Simon (PMDB - RS) - Concede-me V. Exª um aparte, Senador Amir Lando?

            O SR. NEY SUASSUNA (PMDB - PB) - O Senador Amir Lando já fazia um aparte ao meu pronunciamento... Se V. Exª desejar um aparte, posso lhe conceder.

            O Sr. Pedro Simon (PMDB - RS) - Muito obrigado, Senador Ney Suassuna. Não poderia deixar de trazer a emoção e a alegria pelo trabalho realizado pelo Senador Amir Lando. S. Exª é uma dessas pessoas que a Casa aprendeu a admirar. Nas horas mais difíceis, os projetos mais complexos e as questões mais interrogativas são entregues exatamente a S. Exª. Tenho o maior respeito e admiração pelo Senador Amir Lando, de quem conheço as idéias, os princípios, a luta e a inflexibilidade. Foi graças a S. Exª e a seu trabalho que a Comissão do Impeachment atingiu seu objetivo. E percebi, desde o início, quando S. Exª assumiu a relatoria do Orçamento, que novos rumos tomaria aquela Comissão. Realmente, o seu trabalho, o seu esforço, a sua capacidade, a sua garra e a sua firmeza permitiram com que tivéssemos talvez um dos trabalhos mais bonitos, de melhor repercussão, de maior unanimidade, por parte da Comissão de Orçamento. Fico muito feliz em ser amigo, companheiro e admirador permanente do Senador Amir Lando, porque vejo que, hoje, S. Exª, mais do que ninguém, merece a admiração, o respeito e o mérito pelo êxito que, devido a todos, alcançamos. Mas esse todos não existiria não fosse a sua capacidade, como Relator, de criar, de inventar, de buscar fórmulas milagrosas que ninguém imaginava e em torno das quais encontramos a saída. Meu abraço muito carinhoso ao Senador Amir Lando, por intermédio de V. Exª, Senador Ney Suassuna, pelo excepcional trabalho realizado.

            O Sr. Romeu Tuma (PFL - SP) - Senador Ney Suassuna, gostaria também de um aparte.

            O NEY SUASSUNA (PMDB - PB) - Ouço o Senador Romeu Tuma.

            O Sr. Romeu Tuma (PFL - SP) - Gostaria também de cumprimentar o Senador Amir Lando pela correção com que conduziu a relatoria do Orçamento. S. Exª convocou as Bancadas, reuniu-se com Parlamentares, respeitou os membros desta Casa e da Câmara dos Deputados, promovendo um debate transparente sobre tudo aquilo que hoje compõe o Orçamento aprovado na Comissão Especial. O Brasil entra em uma nova fase, em um novo milênio, aprovando o Orçamento antes do início do novo ano legislativo. Parabéns, Senador Amir Lando e demais membros da Comissão Especial do Orçamento! Muito obrigado, Senador Ney Suassuna.

            O Sr. Casildo Maldaner (PMDB - SC) - Senador Ney Suassuna, sei que não é fácil, mas como V. Exª está estendendo a possibilidade de apartes para cumprimentos ao Senador Amir Lando, peço também um aparte.

            O SR. NEY SUASSUNA (PMDB - PB) - Pois não.

            O Sr. Casildo Maldaner (PMDB - SC) - Associo-me às homenagens ao Relator, Senador Amir Lando, reconhecendo as dificuldades por que S. Exª passou, como os dias, noites e madrugadas em que trabalhou tentando “costurar” os entendimentos e as reivindicações vindas de todo o Brasil. É claro que todos querem mais, mas, dentro do possível, S. Exª administrou muito bem o Orçamento. Diria ainda que nós, catarinenses, nos sentimos orgulhosos pois o Senador Amir Lando é catarinense de nascimento. Isso é uma alegria para nós. S. Exª fez um esforço, deixando de lado seus exercícios físicos, para se dedicar ao exercício mental em prol de todos nós, brasileiros. Por isso, em nome dos catarinenses, rendo uma homenagem sincera ao grande Relator, Senador Amir Lando.

            O NEY SUASSUNA (PMDB - PB) - Muito obrigado, Senador Casildo Maldaner.

            Eu também gostaria de dizer, Senador Amir Lando, até porque conheço a Comissão de Orçamento, que esta é a segunda vez que o Orçamento é entregue dentro do ano. Fomos os dois Presidentes da Comissão que conseguimos, nos últimos vinte anos, entregar o Orçamento dentro do prazo. E a missão de V. Exª foi ainda mais difícil, pois houve mudança de legislação, de quadro, enfim, uma situação bem mais complexa do que a que encontramos em 1997. Por isso, associo-me àqueles que o homenageiam e reconhecem o trabalho de V. Exª, pelo que, com certeza, todo o Brasil agradecerá. Não quebraremos as regras da Lei de Responsabilidade Fiscal, porque V. Exª cumpriu o prazo e, hoje, deveremos votar o relatório no Congresso.

            Sr. Presidente, Srªs e Srs. Senadores, quando pedi a palavra - e fui agradavelmente surpreendido com o justo elogio feito ao Senador Amir Lando -, pretendia falar sobre o desempenho da Comissão de Assuntos Econômicos. Encerramos o ano com um recorde de sessões realizadas e também de apreciação de projetos. A CAE teve um trabalho nunca visto e os frutos já começamos a colher. O Presidente da Petrobras nos telefonou para comunicar que a empresa voltará a comprar petróleo no Oriente Médio, a fazer a troca dessa conta por exportações. Portanto, o Irã, o Iraque, a Líbia e a Arábia Saudita passarão agora a ter mais interesse em comprar no Brasil, uma vez que voltaremos a comprar petróleo deles também.

            Dentro desse quadro, Sr. Presidente, Srªs e Srs. Senadores, recebi um convite especial para ir à Líbia. Irei dia 8 e levarei uma carta do Presidente Fernando Henrique ao Presidente Muamar Kadafi, cumprindo uma missão de boa vontade de relações públicas. Se Deus quiser, voltaremos também a manter aquele mercado, que já foi de US$2 bilhões, num nível compatível com os negócios que tivemos.

            Quero comunicar ao Senado que, seja em relação ao Irã, seja em relação à Líbia, seja em relação a todos os países do Oriente Médio e até mesmo a alguns países da antiga União Soviética, estamos hoje com a consciência tranqüila de que cumprimos o dever na Comissão de Assuntos Econômicos. Abrimos uma porta no Congresso e no Senado para não nos preocuparmos apenas com as relações diplomáticas, mas principalmente com as relações de comércio. Isso é importante para o nosso Parlamento. Espero que o próximo Presidente da Comissão de Assuntos Econômicos abra mais ainda essa porta, a exemplo do que faz o Senado americano, que manda os senadores correrem ao mercado mundial em busca de oportunidades comerciais para o país.

            É uma missão a mais que recebemos, uma missão a mais que iniciamos, e tenho certeza de que ela será extremamente importante para o País.

            Essa era a colocação que eu queria fazer, Sr. Presidente, Srs. Senadores, e dizer que entregamos hoje a Presidência da Comissão com o sentido do dever cumprido. Hoje, inclusive, conseguimos relatar dois importantes projetos: o dos aviões da Aeronáutica e o dos equipamentos do Ministério da Saúde, que já foram votados e aprovados neste plenário em tempo recorde. Com isso, estaremos importando equipamentos para os carentes que usam os hospitais públicos e estaremos também dando ao poder nacional brasileiro uma maior potência, já que passará a ter os F-15 modernizados, em condição de combate, o que antes não acontecia.

            Desejo a todos os Srs. Senadores e, por que não dizer, a todos os brasileiros uma boa entrada em 2001. E, se Deus quiser, muita paz e muita felicidade no ano vindouro não apenas para os Senadores como também para os seus familiares e para todos os funcionários deste Senado da República, que tanto nos auxiliaram este ano.

            Muito obrigado, Sr. Presidente.


            Modelo14/20/244:42



Este texto não substitui o publicado no DSF de 29/12/2000 - Página 25686