Discurso durante a 12ª Sessão Deliberativa Ordinária, no Senado Federal

RESPOSTA A INTERPELAÇÃO DO SENADOR CASILDO MALDANER.

Autor
CELSO LAFER
Casa
Senado Federal
Tipo
Discurso
Resumo por assunto
POLITICA EXTERNA.:
  • RESPOSTA A INTERPELAÇÃO DO SENADOR CASILDO MALDANER.
Publicação
Publicação no DSF de 14/03/2001 - Página 2925
Assunto
Outros > POLITICA EXTERNA.
Indexação
  • RESPOSTA, CASILDO MALDANER, SENADOR, ESCLARECIMENTOS, CONDUTA, DIPLOMATA, TRATAMENTO, PROBLEMA, NATUREZA COMERCIAL, RELAÇÕES DIPLOMATICAS, BRASIL, PAIS ESTRANGEIRO, ESPECIFICAÇÃO, CANADA.

O SR. MINISTRO CELSO LAFER - Sr. Senador Casildo Maldaner, também tenho grande prazer de reencontrá-lo. Tive o prazer de estar em Santa Catarina, em mais de uma ocasião, tendo a sua presença, no tempo em que dirigia a pasta do Ministério do Desenvolvimento. Sei do seu interesse pelos temas econômicos e a importância disso na vida do Estado de Santa Catarina e na vida do Brasil como um todo.

Quero dizer que coincido com V. Exª., quando diz que esses temas fitossanitários têm um componente de saúde pública, mas tem, evidentemente, um outro componente que é preciso enfrentar, porque, na verdade, revela aspectos de práticas protecionistas e barreiras não tarifárias que vão contra o nosso interesse.

Foi por isso que devo dizer que o Governo agiu, nesta matéria, de maneira muito coordenada. V. Exª. fez referência ao Ministro Pratini de Moraes, que, com toda a justiça, trabalhou ativamente para superar essa dificuldade, mas o mesmo aconteceu com outros ministros que atuaram. Eu mesmo fiz referência, na minha exposição inicial, àquilo que foi uma reunião e uma ação conjunta do Ministro Pratini de Moraes, do Ministro Alcides Tápias, do Desenvolvimento, do Ministro das Comunicações, Pimenta da Veiga, e do Ministro Pedro Parente; reunião realizada no Itamaraty por minha iniciativa e voltada para o trabalho dessa ação conjunta.

Também coincido com V. Exª. quando observa que todos esses temas de promoção comercial envolvem uma ação mais ativa. Não sendo um diplomata de carreira e tendo uma larga experiência empresarial, coincido com essa inquietação que é sua.

Eu, pessoalmente, não examinei esta matéria, mas não tenho objeção alguma de princípio à idéia do adido agrícola, sobretudo em certos países ou em certas missões, em que uma pessoa particularmente conhecedora dos assuntos e habilitada possa trazer elementos para a defesa dos nossos interesses.

Como V. Ex.ª fez referência ao tema da banana, concluo meu raciocínio dizendo que presidi uma sessão do Conselho Geral da OMC na qual se tratou de um grande contencioso sobre a banana entre a União Européia e os Estados Unidos, ocasião em que eu disse: “Não se preocupem, pois o Brasil também tem banana e estamos prontos a abastecer o mercado internacional. Yes, nós temos bananas”! E é nessa linha que trabalharemos.


Este texto não substitui o publicado no DSF de 14/03/2001 - Página 2925