O SR. MAURO MIRANDA (PMDB - GO) - Sr. Presidente, Srªs e Srs. Senadores, venho a esta tribuna registrar que nos dias 24 a 27 de abril próximos, realizar-se-ão, em Goiânia, o IV CONGRESSO NACIONAL SOBRE CONDIÇÕES E MEIO AMBIENTE DO TRABALHO NA INDÚSTRIA DA CONSTRUÇÃO e o II SEMINÁRIO SOBRE CONDIÇÕES E MEIO AMBIENTE DO TRABALHO NA INDÚSTRIA DA CONSTRUÇÃO NOS PAÍSES DO MERCOSUL.

Não fora eu Engenheiro Civil e, portanto, diretamente ligado ao setor a que se referem essas duas reuniões técnicas, bastaria ser um brasileiro interessado nas questões que dizem respeito à saúde de meus compatriotas e às condições de trabalho que lhes permitam preservá-la para ressaltar a relevância dos eventos.

Não é preciso ser alguém muito versado em Economia para saber da importância que tem o mercado da construção em um país qualquer, em especial em um país como o Brasil - imenso, carente de moradias e de infra-estrutura básica em quase todo seu território.

Sr. Presidente, a indústria da construção, se não bastasse o fato de produzir as moradias de que tanto nossa gente necessita, deveria ser olhada com muito carinho e receber todos os incentivos, pois é um dos raros setores que pode empregar a mão-de-obra de pouca qualificação que ainda existe no Brasil.

Enquanto trabalhamos para melhorar nosso nível educacional e propiciar melhores oportunidades aos nossos concidadãos, a indústria da construção permanece, como sempre foi, como um dos setores com maior capacidade de geração de empregos. E essa capacidade está diretamente ligada ao progresso econômico do País e aos programas sociais dirigidos para as grandes massas.

Aproveito essa oportunidade para destacar que Goiás é um dos estados onde o setor de engenharia apresenta-se mais fortalecido. Seis entidades - o Sinduscon, que é o sindicato da categoria; a Associação Goiana das Empresas de Engenharia - AGE; o Conselho Regional de Engenharia e Arquitetura - Crea; o Clube de Engenharia; o Seconci, destinado ao serviço social; e a Engecred, cooperativa de crédito que está sendo estruturada para atender os profissionais da área, são as defensoras legítimas dos interesses de milhares de engenheiros em todo o Estado de Goiás.

É, pois, com grande satisfação que registro que todos os nossos colegas, cuja atividade se liga de algum modo ao setor da construção, irão se reunir para debater as questões relativas às condições de trabalho dos que militam no setor.

Trabalhar satisfeito, com segurança, com remuneração justa, com perspectiva de que o futuro será de ascensão e progresso pessoal e coletivo, só faz aumentar a produtividade dos trabalhadores de qualquer nível - desde os serventes até os mais graduados diretores. E, como conseqüência, vem a diminuição dos acidentes de trabalho, a elevação da produtividade, o aumento de lucros e de salários.

Trabalhar bem e em boas condições, sem que o fruto de seu trabalho seja a deterioração do ambiente em que vivemos, é o desejo de todos nós.

Almejo ver como resultado dos debates entre os participantes desses dois eventos propostas concretas que a sociedade brasileira possa adotar para o bem coletivo. E, mais, que a repercussão dessas propostas nos países-membros do Mercosul permita fortalecer esse mercado comum em favor de todos nós.

Sr. Presidente, Sras. e Srs. Senadores, concluindo esta intervenção, auguro que congressos como esses possam, de fato, ajudar nossos países a trilharem os caminhos do desenvolvimento com justiça social. Que nossa indústria da construção produza, cada vez mais, e melhor, os bens de que nosso povo necessita. E que todos os que nela militam se imbuam da importância social da missão que escolheram ao abraçarem a profissão que exercem.

Era o que tinha a dizer. Muito obrigado, Sr. Presidente.