O SR. NABOR JÚNIOR (PMDB - AC. Pronuncia o seguinte discurso. Sem revisão do orador.) - Sr. Presidente, Srª^s e Srs. Senadores, sempre faço questão de lembrar que “acreanos são os que nascem no Estado do Acre e os que fazem opção por sua cidadania”. Acreanos são, assim, também os que lá chegaram para trabalhar, construir e lutar pelo progresso daquela valorosa porção do território nacional.

Por isso, toda a sociedade acreana, principalmente seus círculos intelectuais e os ligados à Justiça, está jubilosa com a homenagem prestada pelo prestigioso jornal Brazilian Time e pela conceituada instituição Norberto Gauer Eventos & Promoções ao insigne coestaduano, nascido no Rio de Janeiro, mas há quatro décadas ali radicado, Jorge Arakén Faria da Silva, a quem conferiram o valioso troféu “Melhores da Advocacia Brasileira”.

Trata-se de uma das mais cobiçadas honrarias destinadas aos profissionais de Direito em nosso País. E merecê-la significa o reconhecimento de notáveis saberes jurídicos e da observância das mais estritas normas éticas no desempenho de suas nobres e espinhosas missões.

Parafraseando uma luminosa aula de civismo, que nos foi dada pelo saudoso Senador Rui Barbosa, citada pelo Dr. Jorge Arakén no discurso que pronunciou ao receber o galardão: tal honra não me cabe apenas em sua pessoa, pois só o seu Estado, o nosso Estado do Acre, poderá recebê-la condignamente. Porque todos os acreanos conscientes festejaram, com ele, a conquista.

A vida de Jorge Arakén Faria da Silva é, de fato, uma sucessão de vitória e afirmações - morais, cívicas e profissionais -, todas elas marcadas pela dignidade e pelo empenho em fazer soberanos os postulados do Direito.

Sua carreira de advogado foi cedo interrompida, para ceder lugar ao sereno e firme juiz, que galgou os mais importantes degraus da magistratura do Estado, até aposentar-se como Desembargador do Tribunal de Justiça, sempre pautado pelo respeito às partes, à sociedade e às leis.

Seu discurso de agradecimento à homenagem é uma página que combina a mais fina oratória, a sólida cultura e o mais magnífico embasamento jurídico, virtudes que dele fizeram um dos mais destacados filhos da Amazônia.

Gostaria de ler integralmente, nesta tribuna, para que ficasse eternizado nos Anais do Senado Federal, o brilhante pronunciamento do Dr. Jorge Arakén, mas os limites regimentais do tempo a mim deferidos impedem tal desiderato.

Não posso, entretanto, eximir-me de destacar, ao menos, a citação feita pelo laureado na solenidade do Maksoud Plaza Hotel, na capital paulista, quando buscou, em Dirceu Rodrigues, a vivência de que “a Justiça é a vontade constante e perpétua que dá a cada um o que é seu”.

E ninguém merece mais que Jorge Arakén Faria da Silva uma homenagem como a que hoje faço ecoar neste plenário, o reconhecimento de seu talento, sua ética irremovível e sua dedicação à causa da Justiça.

Por todo o exposto, acredito que, na próxima oportunidade em que houver deliberações na Ordem do Dia, o Senado, a legítima Casa da Federação Brasileira, onde os Estados se fazem representar igualitariamente, aprovará o requerimento que foi lido há pouco pela Mesa. Estará endossando, destarte, a louvação promovida pelo magno certame ao grande jurista acreano.

Rogo à Presidência que cópia deste meu discurso seja encaminhada ao homenageado, juntamente com a futura comunicação protocolar, da esperada aprovação do requerimento hoje proposto à aprovação dos meus ilustres Pares. Estou certo de que a iniciativa merece a mais irrestrita e definitiva apreciação de todos.

Era o que eu tinha a dizer, Sr. Presidente.

Muito obrigado.