Discurso durante a 140ª Sessão Deliberativa Ordinária, no Senado Federal

Defesa de projeto de lei de sua autoria, que dispõe sobre a realização de plebiscito para a criação do Estado de Tapajós.

Autor
Mozarildo Cavalcanti (PFL - Partido da Frente Liberal/RR)
Nome completo: Francisco Mozarildo de Melo Cavalcanti
Casa
Senado Federal
Tipo
Discurso
Resumo por assunto
DIVISÃO TERRITORIAL.:
  • Defesa de projeto de lei de sua autoria, que dispõe sobre a realização de plebiscito para a criação do Estado de Tapajós.
Aparteantes
Ademir Andrade, Leomar Quintanilha, Lindberg Cury.
Publicação
Publicação no DSF de 24/10/2001 - Página 25853
Assunto
Outros > DIVISÃO TERRITORIAL.
Indexação
  • DEFESA, PROJETO DE LEI, AUTORIA, ORADOR, APROVAÇÃO, COMISSÃO DE CONSTITUIÇÃO JUSTIÇA E CIDADANIA, SENADO, REALIZAÇÃO, PLEBISCITO, DESMEMBRAMENTO, MUNICIPIOS, ESTADO DO AMAZONAS (AM), ESTADO DO PARA (PA), ESTADO DE MATO GROSSO (MT), CRIAÇÃO, ESTADOS, BENEFICIO, INTEGRAÇÃO, DESENVOLVIMENTO REGIONAL, REDUÇÃO, DESIGUALDADE SOCIAL.
  • CRITICA, ARTIGO DE IMPRENSA, JORNAL, O ESTADO DE S.PAULO, ESTADO DE SÃO PAULO (SP), ENTREVISTA, LIGIA BEIRA, TECNICO, MINISTERIO DA FAZENDA (MF), DADOS, EXCESSO, GASTOS PUBLICOS, UNIÃO FEDERAL, CRIAÇÃO, ESTADO DO TOCANTINS (TO), ESTADO DO MATO GROSSO DO SUL (MS), ESCLARECIMENTOS, PROJETO DE LEI, OBJETIVO, PLEBISCITO, DECISÃO, POPULAÇÃO.
  • CONGRATULAÇÕES, FERNANDO HENRIQUE CARDOSO, PRESIDENTE DA REPUBLICA, APOIO, CRIAÇÃO, ESTADOS.

  SENADO FEDERAL SF -

SECRETARIA-GERAL DA MESA

SUBSECRETARIA DE TAQUIGRAFIA 


            O SR. MOZARILDO CAVALCANTI (PFL - RR. Pronuncia o seguinte discurso. Sem revisão do orador.) - Sr. Presidente, Srªs e Srs. Senadores, volto a esta tribuna para tratar novamente de um tema que - eu diria - foi o primeiro abordado por mim ao assumir o mandato de Senador pelo Estado de Roraima, da região amazônica: a redivisão territorial do País.

            Apresentei, em março de 1999, logo ao assumir o meu mandato, três projetos de decretos legislativos propondo a realização de plebiscito no Amazonas, no Pará e em Mato Grosso, a fim de que a população fosse consultada sobre a conveniência do desmembramento de Municípios do oeste do Amazonas, para criar o Estado do Solimões; do oeste do Pará, para se criar o Estado do Tapajós; e a porção norte de Mato Grosso - e quando se fala em norte de Mato Grosso é bom não confundir com o que os mato-grossenses chamam de nortão - e a região do Araguaia, para se criar justamente o Estado do Araguaia.

            Esses três projetos, Sr. Presidente, Srªs e Srs. Senadores, passaram muito tempo na Comissão de Constituição, Justiça e Cidadania, onde foram analisados por diferentes relatores e aprovados. Apenas um deles - o projeto que tratava da criação do Estado do Solimões, no Amazonas - foi alterado por proposição do seu Relator, Senador Jefferson Péres. S. Exª entendeu que, em vez de se criar um Estado naquela região oeste do Amazonas - que faz fronteira com a Colômbia e com o Peru e, portanto, é uma região delicada, onde existe comprovadamente o narcotráfico, o contrabando de armas e a guerrilha -, melhor seria criar três territórios federais na mesma área proposta para o Estado do Solimões.

            Assim, o projeto foi aprovado na Comissão de Constituição, Justiça e Cidadania. Posteriormente, aqui, neste plenário do Senado - que é justamente a Casa que representa os Estados -, entendeu-se que o assunto era oportuno e, portanto, deveria ser encaminhado para que fosse cumprido o seu primeiro passo: o requisito constitucional de se promover um plebiscito a fim de se ouvir a população, que deveria se manifestar a favor ou contra a criação do Estado.

            Portanto, não se estava propondo a criação dos Estados ou dos Territórios, mas a aprovação de uma consulta popular -- o que, aliás, foi uma inovação introduzida pela Constituição de 1988. Quer dizer, a partir de então é que se passou a exigir, para a criação de Estado ou Território, a consulta plebiscitária, o que foi realmente um avanço democrático. Antes, tanto o Estado quanto o Território eram criados pelo Poder Executivo, por decreto ou por lei, sem nenhuma consulta à população. Assim foram criados os Territórios de Roraima, Amapá, Rondônia, o próprio Estado do Acre - que foi adquirido da Bolívia - e, depois, o Estado de Mato Grosso do Sul.

            Somente na vigência da Constituição de 1988 é que se passou a exigir o plebiscito, o que, repito, é uma medida altamente democrática.

            Assim o Senado entendeu e aprovou esses três projetos, que estão na Câmara dos Deputados. Naquela Casa, existem inúmeros outros projetos propondo a redivisão territorial do País, o que comprova, portanto, que os representantes do povo, na Câmara dos Deputados, e os representantes dos Estados, no Senado Federal, estão de acordo com o fato de que esse tema tem que ser realmente discutido, avaliado e submetido à apreciação da população.

            O Presidente Fernando Henrique Cardoso, recentemente, no dia 5 de outubro, no aniversário de criação do Estado do Tocantins, ao constatar o que é hoje aquele Estado, a mudança que houve naquele pedaço de Goiás graças à sua criação, declarou que era chegado o momento de se pensar na criação de novos Estados. Disse ainda que o Governador Siqueira Campos tinha razão quando lutou pela criação do Estado do Tocantins, e que ali estava a prova material do acerto da medida.

            A palavra do Presidente deu um reforço a essa tese, que vinha, digamos assim, sendo tratada de maneira quase silenciosa pelo Senado e pela Câmara Federal. A declaração de Sua Excelência, por sinal, foi muito profunda, tendo afirmado que temos que pensar na criação de novos Estados sem levar em conta a questão dos custos, mas, sim, a dos benefícios que advêm dessa redivisão territorial.

            Por coincidência, está a presidir esta sessão o Senador Lúdio Coelho, que pertence a um Estado que é fruto de uma redivisão territorial. E tanto Mato Grosso, que remanesceu, quanto Mato Grosso do Sul, que foi desmembrado, ganharam com isso. É só ir lá e constatar essa realidade.

            Sr. Presidente, Srªs e Srs. Senadores, li, hoje, uma matéria publicada no jornal O Estado de S. Paulo, com o seguinte título: “Novo Estado tem custo alto para contribuinte”. A reportagem contém a declaração de técnicos do Ministério da Fazenda e do Planejamento, especificamente da Srª Lígia Beira, Coordenadora de Políticas Públicas da Secretaria de Política Econômica do Ministério. Ela faz uma série de arrazoados, dizendo que a União gastou R$1,1 bilhão para constituir o Tocantins, e que teria gasto cerca de R$800 milhões, em valores atuais, com Mato Grosso do Sul.

            Ora, Sr. Presidente, primeiro, creio que essa discussão está sendo extemporânea. Estamos colocando a carroça na frente dos bois. O momento de se discutir esse tema é na hora do plebiscito, é quando se deve levar à população os dados econométricos, assim como os dados sociais e políticos que envolvem essa questão.

            O que se está querendo com isso - percebe-se logo - é negar ao povo daqueles Estados o direito de se manifestar sobre a redivisão territorial; se a querem ou não.

            É bom que se deixe muito claro que, entre uma eventual aprovação do plebiscito e a efetiva criação do Estado ou do Território, há um grande espaço a ser percorrido ainda, porque é necessária a aprovação de uma lei complementar por ambas as Casas do Congresso Nacional, com quorum qualificado. Portanto, justamente nesse momento é que essas questões devem ser levantadas.

            Já que esse assunto está sendo levantado extemporaneamente, quero, daqui, rebatê-lo e dizer que realmente é lamentável que esse colonialismo interno no Brasil permaneça, que se continue com esse modelo geopolítico, que não enseja o desenvolvimento de Estados gigantescos como o Amazonas, o Pará e Mato Grosso.

            Há também o exemplo de todas as redivisões que deram certo. Nenhuma deu errado. Nenhuma! O Estado do Acre foi anexado, comprado da Bolívia; também Rondônia, Roraima, Amapá, Mato Grosso do Sul, Tocantins e, inclusive, Brasília. Ao ser criado o Distrito Federal aqui, no Estado de Goiás, houve um grande desenvolvimento nessa região.

            Vejo aqui o Senador Romeu Tuma, que inclusive foi o Relator do projeto do plebiscito que pretende criar o Estado do Tapajós. Como Senador por São Paulo, que é o maior Estado deste País sob todos os aspectos, principalmente no aspecto econômico-financeiro - São Paulo é realmente a locomotiva deste País -, S. Exª deu uma demonstração de conhecimento das realidades geográfica e política deste País ao dar um brilhante parecer, favorável, repito, à realização do plebiscito.

            E o que estamos vendo? A tecnocracia, que já se movimenta contra a aprovação do projeto do plebiscito, e a Câmara dos Deputados promove uma série de seminários para discutir a conveniência de aprovar um projeto que quer ouvir a população. O projeto, repito, não está criando os Estados, ainda.

            O Sr. Lindberg Cury (PFL - DF) - Permite-me V. Exª um aparte?

            O SR. MOZARILDO CAVALCANTI (PFL - RR) - Tenho a honra de ouvir o Senador Lindberg Cury, que me pede um aparte.

            O Sr. Lindberg Cury (PFL - DF) - Senador Mozarildo Cavalcanti, gostaria de dar o meu testemunho também. Na época da luta pela representação política do Distrito Federal, pelo direito dos brasilienses de escolher candidatos que pudessem defender os interesses da própria cidade - na maioria das vezes, esses candidatos vinham de outros Estados, sem qualquer tipo de identificação com a política local -, tive a oportunidade de visitar constantemente os gabinetes dos Deputados e Senadores. Nessa ocasião, encontrava constantemente o então Deputado Federal Siqueira Campos, de cuja tenacidade, dedicação e perseverança eu gostaria de dar o meu testemunho. S. Exª lutava pela criação de um novo Estado a partir da divisão de Goiás, o meu Estado de origem. À época - o Senador Iris Rezende iniciava uma brilhante carreira -, o norte de Goiás era abandonado. Lá não existia essa efervescência do crescimento que surgiu principalmente com o advento de Brasília. A insistência do então Deputado Siqueira Campos foi tanta que a divisão foi aprovada e Tocantins passou a ser, ao lado de Goiás, mais um Estado da nossa Federação. Com o desenvolvimento que veio a seguir, projetou-se no cenário nacional. Creio eu que, se continuasse integrando o norte de Goiás, estaria abandonado até hoje. Citaria também, como já fez V. Exª, o caso de Mato Grosso, cuja divisão deu origem a mais um Estado: Mato Grosso do Sul. Os dois juntos ocupam grandes extensões de terra e experimentam um processo de acentuado desenvolvimento e crescimento, cada um com sua personalidade e características próprias. Vejo, portanto, com muita simpatia essa proposta. Evidentemente, V. Exª fala em termos de consulta à população, de plebiscito, para se sentir a verdadeira aspiração do povo dessa região. Vamos além, vamos nos mirar nos bons exemplos: a divisão dos Estados Unidos em uma série de pequenos Estados é o que provocou o seu crescimento. Diante dessa exposição, gostaria de dizer a V. Exª que se trata de uma proposta viável. Temos que analisar o custo/benefício, mas creio que, com o custo a curto prazo e o benefício a longo, teríamos uma performance muito boa. O Brasil é muito grande e esse seu redimensionamento precisa ser analisado com todo critério. Quero parabenizar V. Exª por essas três propostas que vêm atender ao interesse direto da economia do nosso País.

            O SR. MOZARILDO CAVALCANTI (PFL - RR) - Muito obrigado pelo seu aparte, Senador Lindberg Cury. V. Exª representa o Distrito Federal, Brasília, que, se não fora a visão de Juscelino Kubitschek, talvez fosse ainda uma parte desse norte de Goiás, tão pouco desenvolvido antes da criação do Estado do Tocantins.

            Chegando ao final do meu pronunciamento e questionando essa questão dos custos, gostaria de dizer que há uma preocupação da tecnocracia com a situação da União. E o que é a União? Será que algum cidadão vive na União? Será que a União é tão zelosa assim com a aplicação dos recursos? Não avalizo, mas há a afirmação de que a criação do Tocantins custou R$1,1 bilhão e a de Mato Grosso do Sul, R$800 milhões - portanto, não chegaram a R$2 bilhões. Considerando os bilhões que foram gastos para cobrir rombos de bancos e outras coisas, pergunto: que União é essa que não se preocupa com a igualdade do desenvolvimento nacional e com a eliminação das desigualdades, mas, sim, com uma questão matemática não muito correta?

            Quero finalizar meu pronunciamento parabenizando o Presidente Fernando Henrique Cardoso pela afirmação que fez em Tocantins e solicitando a Sua Excelência que encampe essa bandeira realmente e faça como fez Getúlio Vargas ao criar os Territórios Federais, e como fez o Presidente Emílio Gasrrastazu Médici ao criar Mato Grosso do Sul. Que o Presidente realmente mude essa geografia do Brasil para nos dar condições de cumprir o preceito constitucional que incumbe à República eliminar desigualdades regionais.

            O Sr. Leomar Quintanilha (PFL - TO) - Permite-me V. Exª um aparte?

            O SR. MOZARILDO CAVALCANTI (PFL - RR) - Com muito prazer, ouço o Senador Leomar Quintanilha.

            O Sr. Leomar Quintanilha (PFL - TO) - Senador Mozarildo Cavalcanti, gostaria de fazer este aparte antes que V. Exª conclua o seu pronunciamento. Embora não tenha tido o privilégio de ouvi-lo por inteiro, conheço as idéias já firme e amplamente defendidas por V. Exª nesta Casa. Idéias com as quais comungo, idéias que também defendo, porque entendo que a redivisão territorial do Brasil é imperativa e inadiável, como forma de se fazer justiça a uma parcela considerável da população brasileira que, localizada em Estados de extensão territorial enorme e, às vezes, distantes do centro de decisão, fica, pela inexistência de infra-estrutura, desapoiada, à mercê da inexistência de um suporte que possa lhe oferecer uma qualidade de vida que a dignidade humana está a exigir. Portanto, as idéias defendidas por V. Exª se estribam no acerto dos eminentes Constituintes de 1988, que criaram o Estado do Tocantins, exemplo inquestionável da decisão correta e acertada de se redividir o território brasileiro. O Estado do Tocantins, que era considerado uma região pobre, inóspita, atrasada, legada à postergação, com trechos conhecidos como corredor da miséria, transforma-se, num período muito curto - pouco mais de treze anos -, num dos Estados promissores da Federação, com a expectativa e a esperança da população - que experimenta saltos de qualidade na sua condição social, na sua condição de vida - de que ele se transforme rapidamente num Estado próspero, autônomo, independente, oferecendo à sua população as condições de vida que os Estados brasileiros mais desenvolvidos têm. Assim, compartilho com V. Exª essa idéia e vamos trabalhar juntos para que, sensibilizando também os demais membros desta Casa, possamos contar com o apoiamento do Governo Federal para redividir territorialmente o Brasil.

            O SR. MOZARILDO CAVALCANTI (PFL - RR) - Muito obrigado, Senador Leomar Quintanilha, V. Exª que representa o Estado do Tocantins é, com certeza, uma testemunha importantíssima da conveniência, da oportunidade de pensarmos em redesenhar o mapa do Brasil.

            Aproveito, inclusive, a lembrança do Senador Lindberg Cury, que citou os Estados Unidos como exemplo de país que progrediu muito devido à sua divisão territorial. Se observarmos como foi realizada essa divisão, veremos que, numa extensão territorial menor até que a do Brasil - tirando-se o Alasca -, eles desenharam cinqüenta Estados de maneira mais ou menos igual, traçando até linhas retas, desprezando acidentes naturais, para que pudessem fazer o equilíbrio de leste a oeste, de norte a sul.

            Portanto, apelo novamente ao Presidente Fernando Henrique para que Sua Excelência mantenha a defesa da redivisão territorial do País, da mesma forma que, há tantos anos, fez o próprio Getúlio Vargas.

            O Sr. Ademir Andrade (PSB - PA) - Senador Mozarildo Cavalcanti, V. Exª me concede um aparte?

            O SR. MOZARILDO CAVALCANTI (PFL - RR) - Concedo o aparte a V. Exª.

            O Sr. Ademir Andrade (PSB - PA) - Senador Mozarildo Cavalcanti, cumprimento V. Exª pela permanente luta e preocupação com a redivisão territorial brasileira. Realmente, surpreendeu-nos a posição do Presidente Fernando Henrique Cardoso, que se contrapõe, inclusive, à posição explícita do Governador do Estado do Pará. Lamentavelmente, S. Exª tenta impedir, a qualquer custo e preço, que o povo do Estado do Pará decida sobre seu futuro. Na verdade, estamos decidindo o direito de o povo do referido Estado opinar, ou seja, no caso específico do Pará, os 3,3 milhões de eleitores do Estado do Pará. É possível a criação dos Estados de Tapajós e Carajás no atual território do Pará, os quais terão juntos apenas 1,1 milhão eleitores, ao passo que o Estado do Pará remanescente terá 2,2 milhões de eleitores. Portanto, se o povo entender que a proposta não é boa para a região, evidentemente será contrária a ela e não votará contra seu próprio interesse. Assim, entendo que é importante dar ao povo a oportunidade de discutir honesta e francamente matéria que diz respeito a suas vidas. Queremos que o povo decida sobre o seu futuro. Lamentavelmente, o Governador pensa que é a única inteligência do Estado e quer impedir que o povo opine sobre essa questão. Estamos aqui, como V. Exª, defendendo um direito do povo do Estado do Pará, o direito de decidir sobre o seu próprio futuro. Espero que os projetos passem na Câmara esta semana, como está previsto.

            O SR. MOZARILDO CAVALCANTI (PFL - RR) - Agradeço a V. Exª pelo aparte, Senador Ademir Andrade. O Estado do Pará tem proposta para a criação de dois outros Estados, por desmembramento de áreas de seu território.

            Realmente, queremos que Deputados e Senadores dêem à população o direito de dizer se é exatamente isso o que querem. Não somos nós que devemos responder, neste caso, pelo povo, mas este, sim, deve dizer se quer ou não essa redivisão.

            Muito obrigado, Sr. Presidente.

 

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DOCUMENTO A QUE SE REFERE O SR. SENADOR MOZARILDO CAVALCANTI EM SEU PRONUNCIAMENTO, INSERIDO NOS TERMOS DO ART. 210 DO REGIMENTO INTERNO.

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            Modelo15/8/2411:17



Este texto não substitui o publicado no DSF de 24/10/2001 - Página 25853