Pronunciamento de Carlos Wilson em 07/05/2002
Discurso durante a 55ª Sessão Deliberativa Ordinária, no Senado Federal
Homenagem à cidade de Salgueiro, em Pernambuco, pelo transcurso de seus 138 anos de fundação.
- Autor
- Carlos Wilson (PTB - Partido Trabalhista Brasileiro/PE)
- Nome completo: Carlos Wilson Rocha de Queiroz Campos
- Casa
- Senado Federal
- Tipo
- Discurso
- Resumo por assunto
-
HOMENAGEM.:
- Homenagem à cidade de Salgueiro, em Pernambuco, pelo transcurso de seus 138 anos de fundação.
- Publicação
- Publicação no DSF de 08/05/2002 - Página 7509
- Assunto
- Outros > HOMENAGEM.
- Indexação
-
- HOMENAGEM, ANIVERSARIO DE FUNDAÇÃO, MUNICIPIO, SALGUEIRO (PE), ESTADO DE PERNAMBUCO (PE), ELOGIO, ATUAÇÃO, CLEUZA PEREIRA, PREFEITO.
SENADO FEDERAL SF -
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O SR. CARLOS WILSON (PTB - PE) - Sr. Presidente, Sras. e Srs. Senadores, cumpre-me o dever de reverenciar aqui desta tribuna uma das mais importantes cidades do meu Estado, a cidade de Salgueiro.
Pólo do sertão central, cidade mais importante do entroncamento dos diversos sertões nordestinos, a cidade completa 138 anos de emancipação política.
Talvez poucos saibam, mas a cidade aflorou a partir do milagre do desaparecimento de um menino, Raimundo de Sá, que, encantado com a riqueza da natureza, acabou se afastando tanto da fazenda que perdeu seu caminho de volta. Seus pais fizeram uma promessa para Santo Antônio e, três dias depois, encontraram o menino placidamente sentado sob um salgueiro.
A promessa consistia em construir uma capela para Santo Antônio. E, no seu entorno, prosperou a cidade com o nome de Salgueiro.
Quero aqui me solidarizar com a prefeita Cleuza Pereira, companheira de todas as horas. Mulher valorosa e valente, líder de mais de 60 mil munícipes. Cleuza é uma daquelas mulheres que se alimenta de um sonho. O mesmo sonho que eu também persigo: o de ver o sertão irrigado, sem fome, sem êxodo, com a lavoura verde e florida.
Salgueiro é uma cidade emblemática. Representa por si uma realidade que atinge não só o sertão de Pernambuco, mas também todos os Estados do Nordeste.
Em um passado não tão remoto, revelava a riqueza do algodão e de uma indústria de curtume poderosa. De tal sorte que os trilhos da Rede Ferroviária Federal chegaram da distante Recife por 518 quilômetros para escoar a sua produção.
Hoje a indústria de curtume fechou ou mudou-se. O algodão é apenas uma lembrança, e a estrada de ferro, depois de privatizada, foi abandonada. Esse é um dos mistérios que não consigo entender: por que uma empresa se interessa por comprar da União uma estrada de ferro e, ato contínuo, a desativa?
Sr. Presidente, Srªs e Srs. Senadores, o sertão está esquecido e abandonado pelo governo. Mas, enquanto existir uma Cleuza, existirá esperança. E nós estaremos com ela, na luta incansável por um sertão feliz e produtivo.
Parabéns Salgueiro!
Parabéns Cleuza!
Estaremos sempre com vocês.
Muito obrigado.
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