Discurso durante a 76ª Sessão Deliberativa Ordinária, no Senado Federal

CONCORDANCIA COM OS TERMOS DO PRONUNCIAMENTO DO SENADOR ANTONIO CARLOS VALADARES. EQUIVOCOS DA POLITICA ECONOMICA DO GOVERNO, PRINCIPALMENTE QUANTO AOS JUROS E A CONTINUIDADE DE COBRANÇA DA CPMF.

Autor
Ademir Andrade (PSB - Partido Socialista Brasileiro/PA)
Nome completo: Ademir Galvão Andrade
Casa
Senado Federal
Tipo
Discurso
Resumo por assunto
GOVERNO FEDERAL, ATUAÇÃO. POLITICA ECONOMICO FINANCEIRA.:
  • CONCORDANCIA COM OS TERMOS DO PRONUNCIAMENTO DO SENADOR ANTONIO CARLOS VALADARES. EQUIVOCOS DA POLITICA ECONOMICA DO GOVERNO, PRINCIPALMENTE QUANTO AOS JUROS E A CONTINUIDADE DE COBRANÇA DA CPMF.
Publicação
Publicação no DSF de 05/06/2002 - Página 10418
Assunto
Outros > GOVERNO FEDERAL, ATUAÇÃO. POLITICA ECONOMICO FINANCEIRA.
Indexação
  • APOIO, ANTONIO CARLOS VALADARES, SENADOR, ACUSAÇÃO, GOVERNO FEDERAL, MANIPULAÇÃO, CONGRESSISTA, POSSIBILIDADE, LIBERAÇÃO, VERBA, ORÇAMENTO, APROVAÇÃO, MATERIA, INTERESSE, GOVERNO, ESPECIFICAÇÃO, CONTRIBUIÇÃO PROVISORIA SOBRE A MOVIMENTAÇÃO FINANCEIRA (CPMF).
  • QUESTIONAMENTO, POLITICA ECONOMICO FINANCEIRA, GOVERNO FEDERAL, MANUTENÇÃO, COBRANÇA, CONTRIBUIÇÃO PROVISORIA SOBRE A MOVIMENTAÇÃO FINANCEIRA (CPMF), EXCESSO, TAXAS, JUROS, PREJUIZO, POPULAÇÃO.

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O SR. ADEMIR ANDRADE (PSB - PA. Como Líder. Sem revisão do orador.) - Sr. Presidente, como Líder do PSB, quero tratar do mesmo assunto.

Em primeiro lugar, quero manifestar a minha total concordância com o Senador Antonio Carlos Valadares e dizer que é lastimável que, no processo das emendas apresentadas por S. Exª, assinadas por mais de 40 Parlamentares, cerca de 16 ou 17 retiraram as suas assinaturas. E o fizeram, naturalmente, sob pressão ou por solicitação de Parlamentares ligados ao Governo ou do próprio Governo.

Em segundo lugar, fico preocupado quando o Senador Artur da Távola diz que responde a todas as questões do Governo, quando fazemos argumentações extremamente embasadas em dados econômicos do Banco Central, mostrando que não há razão para que a CPMF continue da forma como está, mostrando que o Governo deveria mudar a sua política econômica, reduzindo os juros e não abusando da população, tomando um superávit primário do povo brasileiro da ordem de R$45 bilhões, quando a CPMF irá gerar apenas R$20 bilhões. E não vejo contestação nessas argumentações, que são fáticas, que são reais, respondem a dados oficiais do próprio Governo. Não vejo os Deputados do Governo virem aqui contestar, mostrar o seu ponto-de-vista, o porquê da necessidade da continuidade da CPMF unicamente pela preocupação do Governo com o pagamento ao sistema financeiro nacional e internacional.

Aliás, não há a menor dúvida sobre isso. O que se fez hoje? Liberam-se as Bolsas, o setor especulativo. Eles estão isentos. O povo brasileiro não é isento de absolutamente nada. Penso que deveria argumentos e respostas nesse sentido.

O SR. PRESIDENTE (Ramez Tebet) - Senador Ademir Andrade, peço a V. Exª que conclua, por favor, porque são permitidas explicações pessoais somente a dois Senadores regimentalmente, senão voltaremos à Ordem do Dia, a oradores inscritos para fazerem as suas críticas.

A Mesa tem uma responsabilidade muito grande. Pediria a V. Exª para concluir. O Senador Artur da Távola falou, o Senador Antonio Carlos Valadares falou, e eu pediria a V. Exª para concluir.

O SR. ADEMIR ANDRADE (PSB - PA) - Concluo, Sr. Presidente, reafirmando que o Senador Antonio Carlos Valadares tem toda razão. O Governo interfere no processo de votação no Congresso Nacional, no Senado da República, na Câmara dos Deputados usando todos os meios, com todos os propósitos, como tem feito ao longo dos oito anos em que sou Senador nesta Casa. Tenho acompanhado isso. Essa é uma verdade inegável, inconteste.

Muito obrigado.


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Este texto não substitui o publicado no DSF de 05/06/2002 - Página 10418