Discurso durante a 109ª Sessão Deliberativa Ordinária, no Senado Federal

Registro do falecimento do Padre Romano, na cidade de Ji-Paranã, em Rondônia. Defesa de um modelo mais justo para a Previdência Social.

Autor
Chico Sartori (PSDB - Partido da Social Democracia Brasileira/RO)
Nome completo: Francisco Luiz Sartori
Casa
Senado Federal
Tipo
Discurso
Resumo por assunto
HOMENAGEM. PREVIDENCIA SOCIAL.:
  • Registro do falecimento do Padre Romano, na cidade de Ji-Paranã, em Rondônia. Defesa de um modelo mais justo para a Previdência Social.
Publicação
Publicação no DSF de 11/09/2002 - Página 17589
Assunto
Outros > HOMENAGEM. PREVIDENCIA SOCIAL.
Indexação
  • HOMENAGEM POSTUMA, SACERDOTE, IGREJA CATOLICA, MUNICIPIO, JI-PARANA (RO), ESTADO DE RONDONIA (RO), ELOGIO, VIDA PUBLICA.
  • DEFESA, IMPORTANCIA, REFORMULAÇÃO, PREVIDENCIA SOCIAL, PAIS, MELHORIA, QUALIDADE DE VIDA, IDOSO, REGISTRO, PRECARIEDADE, VIDA, APOSENTADO, ESPECIFICAÇÃO, INSTITUTO NACIONAL DO SEGURO SOCIAL (INSS), NECESSIDADE, IGUALDADE, ATENÇÃO, POLITICA PREVIDENCIARIA.
  • EXPECTATIVA, ELEIÇÃO, CANDIDATO, PRESIDENTE DA REPUBLICA, DEFESA, IMPORTANCIA, REFORMULAÇÃO, PREVIDENCIA SOCIAL.

O SR. CHICO SARTORI (Bloco/PSDB - RO. Pronuncia o seguinte discurso. Sem revisão do orador.) - Sr. Presidente, Srªs. e Srs. Senadores, tenho o penoso dever de registrar o que não me era lícito recusar: o falecimento do Padre Romano da cidade de Ji-Paraná, Estado de Rondônia.

O Padre Romano deixou um exemplo de fé e humildade. Considerado um homem de coração grande, sempre procurava defender as pessoas menos favorecidas. Era muito tranqüilo, acolhedor, estava sempre presente nos eventos das comunidades rurais e era por demais conhecido por agir como um homem grande conselheiro familiar, um grande ensinador dos princípios cristãos, sempre procurando confortar a todos.

Cidadão probo, exemplo para todos os rondonienses, o Padre Romano entra agora no destino do qual ninguém pode fugir, mas, com a morte, não se apagará o luminoso clarão que foi a sua vida cheia de virtudes.

Que Deus o tenha num merecido lugar!

Sr. Presidente, Srªs e Srs. Senadores, também gostaria de falar sobre a grande e tão esperada Previdência Social mais justa.

Durante este período de campanha eleitoral, os candidatos passam, de forma mais efetiva, a ter um contato mais apurado com as populações dos seus diferentes Estados. Ao ouvir das pessoas contactadas de diferentes Estados seus reclamos, problemas e anseios - coisa muito natural e própria dos regimes democráticos -, começamos a sentir mais de perto o drama da nossa realidade.

Nessas minhas andanças pelo País, Sr. Presidente, Srªs e Srs. Senadores, do que mais se reclama é, sem dúvida, da Previdência Social, apesar de, nos últimos anos, ela ter sofrido algumas mudanças vitais para a sua sobrevivência. Mas, Sr. Presidente, mesmo com as reformas implementadas nos últimos anos, continua injusta e imprópria àqueles que dela necessitam.

É preciso continuar a luta de todos nós, Congressistas, e Governantes, para conseguirmos construir um modelo mais justo, que corrija as distorções e aponte soluções eficazes para a sua modernização, que assegure aos idosos benefícios previdenciários que mereçam figurar como garantia de uma velhice digna após tantas décadas trabalhadas.

Infelizmente, Sr. Presidente, caros Colegas Senadores, não tive a oportunidade de participar da reforma previdenciária como Senador da República. No entanto, movido pela preocupação permanente oriunda das ruas por onde passo, nas inúmeras cidades da minha Rondônia, sinto na pele o imenso drama social com o qual convivem nossos idosos.

Precisamos, sim, compreender melhor os nossos idosos pelo que eles fizeram no passado, mais do que isso, pelo que representam de experiência e de lição para os nossos jovens.

Infelizmente, a nossa Previdência ainda continua injusta, e os nossos aposentados do INSS assistem, a cada ano, à atrofia do valor de seus benefícios, exatamente pela inexistência de uma política justa, aberta, que estanque de vez todas as mazelas e distorções históricas enfrentadas pelo nosso sistema previdenciário, no que pese o esforço do nosso Presidente Fernando Henrique Cardoso para corrigi-la.

Não podemos mais continuar nesse vale de lágrimas. Precisamos fazer algo que possa transformar este atual sistema num modelo que busque a distribuição da justiça social com dignidade. Não! Não podemos continuar num sistema em que alguns potentados têm o reajuste que querem, as vantagens que desejam, enquanto que a maioria tem que se contentar com os índices inventados pelos tecnocratas, só para dizer que lhes concederam benefícios.

Portanto, Sr. Presidente, Srªs e Srs. Senadores, invoco desta tribuna a consciência cívica de V. Exªs, para que não esqueçam este meu apelo. Precisamos transformar a nossa Previdência Social em um modelo mais justo, que garanta aos nossos idosos uma qualidade digna de vida.

Aproveito a oportunidade para depositar o meu apelo e a minha confiança no futuro Presidente deste País, nosso companheiro de Bancada, Senador José Serra, que, com sua competência e capacidade de homem público, possa no seu governo reiniciar essa grande luta em defesa da Previdência do povo brasileiro, e que, se Deus e o generoso povo do meu Estado entenderem que eu retorne a esta Casa como Senador da República, terei o maior prazer em contribuir para essa grande luta.

Sr. Presidente, Sras e Srs. Senadores, desejo que o cidadão brasileiro e a cidadã brasileira, ao atingirem a idade para aposentadoria, sejam beneficiados e que não encontrem tanta dificuldade como têm encontrado até hoje. São pessoas com seis ou sete anos já passados da época da aposentadoria e que ainda não a conseguiram.

Era o que eu tinha a dizer.

Muito obrigado, Sr. Presidente.

 


Este texto não substitui o publicado no DSF de 11/09/2002 - Página 17589