Discurso durante a 145ª Sessão Deliberativa Ordinária, no Senado Federal

HOMENAGEM A DOM HENRIQUE FROEHLICH, BISPO DA CIDADE DE DIAMANTINO, PELO SEU JUBILEU DE OURO SACERDOTAL.

Autor
Jonas Pinheiro (PFL - Partido da Frente Liberal/MT)
Nome completo: Jonas Pinheiro da Silva
Casa
Senado Federal
Tipo
Discurso
Resumo por assunto
HOMENAGEM.:
  • HOMENAGEM A DOM HENRIQUE FROEHLICH, BISPO DA CIDADE DE DIAMANTINO, PELO SEU JUBILEU DE OURO SACERDOTAL.
Publicação
Publicação no DSF de 11/12/2002 - Página 25317
Assunto
Outros > HOMENAGEM.
Indexação
  • HOMENAGEM, HENRIQUE FROEHLICH, BISPO, ESTADO DE MATO GROSSO (MT), COMEMORAÇÃO, CONCESSÃO, TITULO, AUTORIDADE RELIGIOSA, IGREJA CATOLICA.

O SR. JONAS PINHEIRO (PFL - MT. Pronuncia o seguinte discurso.) - Sr. Presidente, Srªs e Srs. Senadores, desejo mencionar nesta tribuna, e desejo também que esta minha homenagem fique registrada nos Anais desta Casa, que, no dia 03 de dezembro, Dom Henrique Froehlich, conhecido em Mato Grosso como o Bispo da Floresta e que, atualmente, é Bispo Emérito de Diamantino, está comemorando o seu jubileu de ouro sacerdotal -- cinqüenta anos de vida dedicada a Deus, sem esmorecimentos, sem dúvidas, sem retrocessos.

Dom Henrique Froehlich nasceu no Rio Grande do Sul, no Município de Santa Cruz do Sul, em 22 de junho de 1919. Foi o caçula de uma família de doze filhos. Criado num ambiente religioso, foi fácil ao pequeno Henrique aceder ao convite para tornar-se seminarista, preparando-se para ser padre. Em 03 de dezembro de 1952, o jovem Henrique ordenou-se sacerdote.

Padre Henrique saiu, então, em missão, em nome da Igreja. Foi mandado para o Estado de Mato Grosso. Naquele tempo, uma longa e difícil viagem do Rio Grande do Sul até aquele Estado. Radicou-se, inicialmente, em Utiariti, distante 450 quilômetros da capital, Cuiabá. Lá seria a sede de sua primeira missão. Ali teve seus primeiros contatos com os índios de Mato Grosso e deles não se afastou mais. Ajudou-os muito no que eles precisavam e ensinou a eles de acordo com sua missão, sem, no entanto, jamais desrespeitar-lhes os costumes nem a cultura.

Depois de conhecer várias tribos indígenas e de negociar entre elas e os seringueiros e entre elas e outros ocupantes de terra em Mato Grosso, quando conseguia sempre estabelecer a paz e a concórdia, Padre Henrique foi ficando conhecido, respeitado e amado por toda aquela população.

Em fins de 1961, Padre Henrique foi mandado para Diamantino como Superior da Missão. Lá fez a revolução à sua maneira. Uma revolução no jeito de trabalhar, de modo que os produtores dali pudessem tirar mais proveito da terra e conseguir vender o produto do seu trabalho.

Em 20 de fevereiro de 1972, Padre Henrique foi sagrado Bispo, na Matriz de Santa Cruz do Sul, sua terra natal, mas voltou logo para Mato Grosso. Já como Dom Henrique, continuou com seu trabalho dedicado e firme, em Diamantino. Em 1982, foi mandado para a diocese de Sinop. Ali ele trabalhou durante vários anos.

Quando fez 75 anos de idade, Dom Henrique foi afastado de suas funções de Bispo responsável por aquela diocese e passou a ser considerado Bispo Emérito. Porém, não quis voltar à sua terra natal, o Rio Grande do Sul. Já estava há muitos anos no meio daquele povo mato-grossense tão amado por ele e que também tanto o amava. Permaneceu em Mato Grosso, na condição de Bispo Emérito de Diamantino.

Dom Henrique saiu de tão longe para dedicar toda a sua vida aos mato-grossenses. E nós, naturais daquele Estado ou nele moradores, agradecemos a Deus a grande bênção que nos concedeu, mandando-nos esse Seu servo maravilhoso, que soube, como ninguém, conciliar interesses antagônicos, evangelizar índios sem lhes tirar a identidade, orientar trabalhadores, colonos, cuidar do meio ambiente e, mais que tudo, conquistar a amizade sincera de todos, sem distinção.

De nossa parte, desejamos a Dom Henrique Froehlich, nesta comemoração de seus cinqüenta anos de sacerdócio, as mais efusivas bênçãos de Deus, com muita saúde, muita paz, a mesma firmeza nos propósitos e no trabalho, o mesmo desprendimento em servir o homem como a criatura de Deus.

Muito obrigado.


Este texto não substitui o publicado no DSF de 11/12/2002 - Página 25317